Esdras Marchezan
Da Redação
As polícias Civil e Militar da Paraíba desarticularam, no domingo passado, uma quadrilha formada por estudantes do Rio Grande do Norte, que tentou fraudar o vestibular de uma faculdade privada de medicina na capital paraibana. Os acusados, entre eles duas mulheres, usavam identidades falsas e estavam respondendo às provas no lugar dos candidatos inscritos. Três deles moram em Natal, um em Pilões e o outro em Parnamirim. Pelo crime cada um receberia em torno de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Todos foram presos e autuados em flagrante por formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsificação de documento público e estelionato.
Os estudantes Eriberto Esdras de Oliveira, 20 anos, Allan Lincoln Santos da Silva, 20 anos, Elenilson Paulo Santos, 37 anos, Maria do Desterro Gonçalves Penha, 20 anos, e Kamila Ially da Silva Pontes, 18 anos, foram presos nas salas onde estavam sendo aplicadas as provas do vestibular para o curso de medicina da Facene/Famene.
Os acusados conseguiram ter acesso ao local de provas apresentando documentos falsos, em que constavam os dados dos candidatos que seriam beneficiados com a fraude, mas constando fotos dos acusados. A direção da faculdade descobriu a fraude e chamou a polícia. Com o apoio de pontos eletrônicos e celulares, os acusados receberiam os gabaritos das provas de alguém posicionado do lado de fora do prédio.
O gerente executivo da Polícia Metropolitana de João Pessoa, delegado Manoel Neto Magalhães, disse que as investigações sobre a quadrilha mostram que os acusados são "experts" em fraudar concursos públicos. "Nos depoimentos, eles confessaram que foram contratados por um dos alunos que seriam beneficiados no esquema e receberiam uma quantia em dinheiro para fazer a prova no lugar de outros. Eles vieram do Rio Grande do Norte só para fazer essa prova", disse.
A fraude foi descoberta por volta das 13h30 quando uma aluna, Jamille Dantas Alencar, chegou à sala 6 e percebeu que a sua cadeira já estava ocupada por uma pessoa homônima. Os fiscais foram avisados do problema e descobriram que a outra candidata estava usando nome falso. A jovem que se fazia passar por Jamille Dantas era Kamila Ially da Silva Pontes.
A Polícia foi acionada e iniciou as investigações, que descobriram mais quatro estudantes que estavam participando do esquema e os candidatos que seriam beneficiados. Elenilson Paulo dos Santos se passava por Laurentino Fernandes Nogueira Júnior; Maria do Desterro Gonçalves Penha usava o nome falso de Ataanda Hoara Linhares Júnior, Eriberto Esdras de Oliveira se passava por Ítalo Fernandes do Nascimento e Alan Lincoln Santos Silva pretendia fazer a prova em nome de Vinícius Lincoln Godeiro.
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