quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Golpe do Gilmar dura 24 horas

Ainda não foi desta vez

STF: Gilmar Mendes e José Serra perderam


O STF retomou o julgamento da exigência de apenas 1 documento para votar, após o mal-estar generalizado causado por Gilmar Mendes, ao paralisar a votação, pedindo uma inexplicável vista do processo.


O assunto ganhou ares de crise institucional quando notícias de hoje, deram conta de que o ato de Gilmar, com forte conotação política, se deu após um telefonema de José Serra (PSDB), testemunhado por jornalistas.


Falou-se nos corredores do STF em impeachment (expulsão) de Gilmar Mendes do Supremo. Até a OAB manifestou-se contrariada.


Com isso, a votação foi retomada hoje, e Gilmar Mendes destoou de todos os demais, votando por manter dois documentos na eleição.


Celso de Mello foi o nono a votar, e acompanhou os outros 7 votos, defendendo o fim de dois documentos para votar.


O placar de 7 x 0 ontem já garantia com folga a decisão de que os eleitores que não encontrarem o título de eleitor, poderão votar com outro documento de identidade com foto (como já acontecia nas eleições passadas).


O pedido de vistas feito por Gilmar Mendes, soou como manobra para impedir a decisão de vigorar nas eleições de domingo. A retomada da votação desmanchou qualquer manobra.

Do B. conversa afiada

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ibope: Dilma 50% X 41% de todos os outros

petista ganharia no 1º turno se eleição fosse hoje

Pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria) nos dias 25 a 27 de setembro indica que Dilma Rousseff (PT) está com 50% contra 41% de todos os seus adversários somados. Se a eleição fosse hoje, a petista venceria no primeiro turno.

Para ganhar no primeiro turno é necessário ter, pelo menos, 50% mais 1 de todos os votos válidos (os dados apenas aos candidatos, descontados os brancos e os nulos).

Aqui todas as pesquisas eleitorais.

A pesquisa Ibope dá 27% para José Serra (PSDB). A candidata Marina Silva (PV) aparece com 13%. Os outros candidatos nanicos somados têm 1%. Há também 4% de brancos e nulos e 4% de indecisos.

Essa pesquisa Ibope foi realizada ao longo de 3 dias (25, 26 e 27). Não pode ser comparada com a pesquisa Datafolha, realizada apenas no dia 27 e que deu Dilma com 46%, Serra com 28% e Marina com 14%.

Ainda assim, o levantamento do Ibope (com 3.010 entrevistas e margem de erro máxima de 2 pontos percentuais) é um indicador de que o desfecho da eleição continua pendendo mais para o lado de Dilma Rousseff. Por esse levantamento, a chance de a petista ganhar no primeiro turno está dada como fora da margem de erro.

A seguir, o gráfico com as várias pesquisas Ibope neste ano:

Outro dado interessante do Ibope é sobre a preferência partidárias dos eleitores brasileiros. O PT é disparado, com 27%, o preferido. Entende-se então o apelo à militância que Dilma Rousseff fez nos últimos dias. Trata-se de um apelo que o PSDB e José Serra teriam dificuldade para fazer, pois apenas 5% dos eleitores dizem preferir a sigla tucana. E só 3% afirmam preferir o PV, de Marina Silva. Eis os dados:

Uol

terça-feira, 28 de setembro de 2010


Coimbra vê vitória de Dilma no 1º turno

O presidente do Vox Populi diz que Dilma teria que perder 8 milhões de votos em seis dias para não vencer em 3 de outubro

O jornalista Tales Faria em sua coluna Poder Online, no IG, fez quatro perguntinhas ao presidente do Vox Populi, Marcos Coimbra, que confirmou que o cenário mais provável para a eleição presidencial é a vitória de Dilma no primeiro turno. Veja abaixo, na reprodução da rápida entrevista, a razão.

Marina Silva está crescendo sobre votos de Dilma Rousseff?

– Não dá para dizer. Dilma cresceu tanto após o início do horário gratuito da propaganda eleitoral que roubou votos dos outros dois. Agora, esses votos estão, ao que parece, voltando para eles.

Quantos votos, de fato, Dilma precisa perder para que haja segundo turno?

– Nos dados de nosso tracking (corroborados por vários outros que temos de pesquisas desenvolvidas em paralelo), a vantagem dela para a soma dos outros estava em 12 pontos percentuais ontem. Se 6 pontos passassem dela para os outros, a eleição empataria e o prognóstico de vitória no primeiro turno seria impossível. Como cada ponto equivale a mais ou menos 1,35 milhão de eleitores, isso seria igual a 8 milhoes de eleitores (sem raciocinar com abstenções).

Marina Silva pode ultrapassar José Serra?

– É muito pouco provável, no conjunto do país. Possível em alguns lugares, como a região Norte e o DF. Talvez se consolide no Rio, onde ela já está na frente.

Qual o quadro que o senhor acha mais provável?

Vitória de Dilma no primeiro turno.

Blog Tijolaço do Brizola Neto

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dep. Federal Fátma Bezerra


MEC vai liberar R$ 4 milhões para UFRN realizar 62ª SBPC em Natal

O Secretário Executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, informou hoje, 18, à deputada Fátima Bezerra e ao reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ivonildo Rego, que o MEC vai liberar para a UFRN R$ 4 milhões para a realização da 62ª reunião da SBPC, que acontecerá de 25 a 30 de julho deste ano em Natal.

Segundo a deputada Fátima, além da realização da SBPC, outras questões de interesse da Universidade foram tratadas na reunião, como, investimentos, custeio e pessoal.

Do Jornal Inglês "The Independet"

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.

Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.

Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.

A senhora Rousseff, a filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% – sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.

Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.

Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.

Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.

Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamaram “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos que não viam nada de errado em pegar em armas para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.

A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Nos anos 60 e 70, os membros dessas organizações sequestravam diplomatas estrangeiros para resgatar prisioneiros: um embaixador dos EUA foi trocado por uma dúzia de prisioneiros políticos; um embaixador alemão foi trocado por 40 militantes; um representante suíço, trocado por 70. Eles também balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.

Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda, Claudio Galeno, não sobreviveu às tensões de duas pessoas na correria, em cidades diferentes). Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.

Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.

Ela tinha mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.

Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil e desde então passou a apostar nela para a sua sucessão. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.

A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.

Tradução: Katarina Peixoto

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pesquisa do Diap aponta nomes de possíveis federais reeleitos

Quem entra e quem sai na disputa por uma vaga na Câmara Federal?

DIAP IDENTIFICA 812 CANDIDATOS COM CHANCE DE ELEIÇÃO NA CÂMARA

O DIAP acaba de concluir seu prognóstico com o nome dos 812 candidatos com chance de eleição para as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados. O levantamento abrange todos os 26 estados e o Distrito Federal.
Eis o prognóstico feito pelo Departamento para o Rio Grande do Norte:

Pelo Diap, o PT tem chance de eleger 1 ou 2. Não acredito no segundo nome além da deputada Fátima Bezerra.
O DEM pode eleger ou1 ou 2. Significa que, de acordo com o Diap, as reeleições dos deputados Felipe Maia e Betinho Rosado não estão tão garantidas assim. Ou entra um ou entra o outro, ou entram os 2. Isso pelo prognóstico do Diap.
O PSB pode eleger1 ou 2: aí fica a pergunta: Sandra Rosado ou Adenúbio Melo? Ou os dois?

O PV tem possibilidades, segundo o Diap, de eleger até 2 deputados federais. Ou
1. No caso de dois, Paulo Wagner e Rosy de Sousa. Ou só um: Paulo Wagner?
O PMN elege só um: o deputado Fábio Faria.
O PMDB só um também: vaga do deputado-líder Henrique Alves.
Uma vaga também destinada ao PR: fica com João Maia.
O PSDB, segundo o Diap, pode eleger de zero a1 candidato.
O zero não pegou bem...significa que o partido pode não eleger nenhum. Ou 1: o deputado Rogério Marinho.

Do Blog de Thaisa Galvão

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Wladimir Pomar: Guerra aberta na última semana da campanha

Guerra aberta

por Wladimir Pomar, no Correio da Cidadania

Se antes poderia haver alguma dúvida, entre alguns setores da campanha Dilma, de que a guerra contra a candidata petista se tornaria aberta, suja e sem qualquer limite, talvez a última semana tenha sido a demonstração clara de que tais dúvidas não passavam de ilusões infantis.

Veja, Globo, Folha de S. Paulo, Estadão e outros órgãos da famosa grande imprensa, o chamado quarto poder, não demonstram qualquer preocupação em serem vistos como a artilharia pesada dessa guerra. Suas manchetes diárias e semanais são sempre, inexoravelmente, a pirita garimpada em investigações cuja credibilidade dificilmente pode ser comprovada. Para quem criou o escândalo da Escola Base e outros, forjados nas cozinhas das redações, que diferença faz criar estes, em que se joga o destino da política que essa grande imprensa defende?

“Cartas abertas”, assinadas por “personalidades” que talvez não saibam que seus nomes estão sendo utilizados, repetem pela Internet os antigos e surrados argumentos anti-Lula e anti-PT, que pareciam enterrados desde 2002. Bolsões reacionários de militares da reserva saem a público para ameaçar golpes. FHC compara Lula a Mussolini e apela a forças ocultas para barrar a caminhada do petismo. E, em drops da imprensa, repetem-se os comentários que sustentam as possíveis semelhanças do governo Lula com Vargas e seu fim.

Se a campanha Dilma e a direção do PT continuarem ignorando esse conjunto de sinais de desespero de uma direita reacionária que tinha como certa sua volta ao governo, o caminho para o segundo turno e até para uma derrota podem estar traçados. Essa direita não vai se contentar com a saída de Erenice da Casa Civil e quase certamente jogará novos pacotes podres sobre a mesa, na expectativa de que o governo, o PT e a campanha Dilma continuem cometendo erros, e ignorando a natureza da atual ofensiva oposicionista.

Os dados do Instituto Datafolha, divulgados no dia 16/9, parecem moldados de forma que o PT e a campanha Dilma continuem acreditando que vencerão no primeiro turno, sem necessidade de qualquer reação maior. Dilma marcou 51% das preferências eleitorais, enquanto Serra se manteve com 27% das intenções de voto, e Marina seguiu com 11%. Aparentemente, o melhor dos mundos.

No entanto, podem-se descobrir algumas surpresas nessa pesquisa, desde que se coloque de lado a euforia e se busquem as tendências reais. Entre os eleitores bem informados, a intenção de votos em Dilma desceu para 46%, enquanto em Serra subiu para 33%, e em Marina para 14%. Com isso compreende-se por que a grande imprensa vem martelando incessantemente para ‘informar’ o eleitorado sobre os ‘fatos’ que tem criado nos bastidores, mesmo que tais ‘fatos’ não passem de falsificações. Se conseguir que o conjunto do eleitorado se deixe convencer por essas informações falsas, o segundo turno estará configurado.

É significativo que Dilma tenha caído na preferência do eleitorado, em caso de segundo turno, em estados como Rio Grande do Sul e Paraná, assim como em Brasília. E que sua subida em outros estados e cidades importantes tenha se mantido dentro da margem de erro. Este pode ser um sinal de que o ritmo de crescimento da candidatura Dilma foi afetado pelas denúncias e escândalos criados pela aliança do tucano-pefelismo com a grande imprensa, embora ainda não de forma avassaladora.

Nos próximos quinze dias antes das eleições, se a campanha Dilma e o PT não forem suficientemente ágeis para criar mobilizações massivas, passar ao contra-ataque na diferenciação entre seu projeto político e o projeto de Serra e Marina, e gerar fatos políticos de repercussão, a corrosão da candidatura Dilma pode chegar àquele nível procurado pelo quarto poder.

Feito isso, a grande imprensa continuará convencida de que é capaz de moldar a opinião pública com mentiras e falsificações, da mesma forma que Goebbels e outros gurus da comunicação de massa acreditavam. E, certamente, configurado o segundo turno, virá com armas ainda mais letais. Se a meta da campanha Dilma é evitar que isso aconteça, esta é a semana decisiva para revirar o jogo.

Wladimir Pomar é analista político e escritor.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dono do Vox Populi prevê risco de José Agripino não se reeleger

Jornalista com passagens estreladas pelos programas Manchete Urgente, SBT Repórter e Globo Repórter, Luiz Carlos Azenha repercutiu agora há pouco, em seu blog (www.viomundo.com.br), em que ele diz escrever o que a mídia não vê, declarações do dono do instituto Vox-Populi, Marcos Coimbra, sobre as eleições deste ano.
Além de rever a posição do presidenciável José Serra nas pesquisas, o dono do instituto faz um alerta: o senadorável José Agripino Maia pode "não se reeleger".

B. Thaisa Galvão

Comentário do Blog

No último comício que o DEM fez em Apodi, algumas pessoas que assistiu os discursos dos oradores o pior foi o de zé Agripino, parece que estava bêbado não falando coisa com coisa, a fonte que assistiu disse que o candidato a senador, entre várias asneira que falou uma se referiu ao feijão preto que mandou no tempo da emergência do ano de 1983, mandou esse feijão por conta de uma grande seca, sendo ele o governo do estado criou frentes de trabalho para o povo que passava por muita necessidade. Aqueles que vivenciaram esse período se lembram da humilhação, os trabalhadores sendo comandado por nada menos que o exercito, onde dava as ordens e ai daqueles que não obedecesse, período da ditadura militar, eu mesmo vi um graduado do exercito em uma das frente de trabalho no sítio Urbano colocar uma turma de joelho ao meio dia na arreia quente para fazer a chamada. Será que Zé Agripino que voltar àqueles tempos? Ele é um filhote da ditadura como dizia o saudoso Brizola.


Cadê o feijão?


Um dos símbolos nacionais mais populares; para alguns, uma verdadeira instituição brasileira, traço marcante de nossa tradição gastronômica, o feijão está sumindo da mesa do cidadão. De acordo com o estudo Perfil da Alimentação e Atividade Física da População Brasileira, divulgado este mês pelo Ministério da Saúde, o consumo regular do produto vem caindo.

Rodrigo SenaEm 2006, o feijão estava na mesa de 71,9% dos brasileiros adultos, caindo para um percentual de 65,8% este anoEm 2006, o feijão estava na mesa de 71,9% dos brasileiros adultos, caindo para um percentual de 65,8% este ano
Em 2006, o feijão estava na mesa de 71,9% dos brasileiros adultos, caindo para um percentual de 65,8% este ano.

Entre as causas apontadas está a mudança nos hábitos alimentares da população, que movida no pique de quem trabalha fora, vem deixando de cozinhar e almoçar em casa, optando por restaurantes self-service e por lanchonetes fast-food.

O preparo do feijão é muito demorada. Numa analogia, enquanto a pessoa cata, lava, coloca de molho e cozinha, dá tempo de traçar um sanduíche rapidinho ou montar um prato no quilo.

Segundo a endocrinologista Taísa Macedo, a falta do feijão na mesa do brasileiro reflete a nossa hiper-industrialização. “Preferimos uma coisa rápida, prática, do que uma comida que tenha um preparo mais demorado. Acaba que a gente vai comer e também dar aos nossos filhos uma comida mais calórica, mais salgada.”

Outros estudos demonstram que a baixa no consumo de feijão já vem ocorrendo há algum tempo, em períodos alternados. Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que entre 1972 e 2003 a redução foi de praticamente 40%.

A mesma Conab aponta que do ano passado para cá, o consumo de feijão já caiu 5%.

A nutricionista Jocélia Cristina Guedes de Oliveira, consultora de alguns restaurantes da cidade, acredita que muitos problemas de saúde do brasileiro atualmente estão relacionados com a mudança no hábito nacional de comer o tradicional feijão com arroz na dieta diária.

“Isso está refletindo diretamente na saúde das pessoas, que estão engordando muito. O número de obesos vem crescendo consideravelmente. O feijão com arroz funciona muito bem porque existe nutrientes no feijão que são melhores absorvidos na presença do arros, e vice-versa”, analisa a nutricionista.

Quanto maior o grau de escolaridade, menos feijão na mesa

A pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela dados curiosos sobre a queda no consumo de feijão entre os brasileiros. Um deles é de que quanto maior o grau de escolaridade da população, menos se come o alimento.

Cerca de 70% dos brasileiros com até oito anos de estudo comem feijão regularmente. Aqueles que estudaram de nove a 11 anos representam 64,9% dos pesquisados. Já entre os que estudaram 12 anos ou menos, apenas 51,4% mantêm o hábito de comer feijão pelo menos cinco dias da semana.

A facilidade e a praticidade das comidas semiprontas, enlatados e fast-food ou de self-service é apontada como a causa mais provável para o sumiço do feijão da mesa do cidadão. Mais até do que a questão econômica.

A dona de casa Maricélia da Silva Januário, 39 anos, concorda com o resultado do estudo Perfil da Alimentação e Atividade Física da População Brasileira, principalmente quanto à demora de preparo do feijão.

“Surgiram outros alimentos mais fáceis de se preparar, e as pessoas passaram a preferir eles”, comenta Maricélia. “Se para fazer algo rápido, eu faço uma macarronada... a pessoa pode comer um sanduíche também”, complementa.

Ainda sobre a pesquisa, com relação ao sexo, os homens comem mais feijão do que as mulheres. Cerca de 72% entre eles, e de 60,1% para elas.

Entre as capitais, Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO) são as campeãs de consumo, com praticamente 80% da população adulta. Será que a tradição do tutu e do feijão tropeiro estão por trás disso?

As que menos comem são Macapá (AP), com 30%; Florianópolis (SC), com 35%; e Manaus (AM), com 40%.

Propriedades de tipos

O feijão é um alimento perfeito, de grande valor nutricional, ainda mais se combinado com arroz. Ele é um grão rico em carboidratos, fibras, ferro, potássio, fósforo, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B) e sais minerais. A leguminosa também possui alto valor calórico. Cada 100 gramas possui 330 calorias. Com relação às propriedades fibrosas, cada 100g do produto, 19g são de fibras.

Podendo ser produzido praticamente durante o ano, o feijão é encontrado em vários tipos, sendo o mais populares o preto e o mulatinho. No Nordeste, o verde e o branco são bastante apreciados. Mas existem ainda o fradinho, também conhecido como macassar ou de corda (usado no preparo do acarajé), jalo, rajadinho, canário, gordo, carioca, rabo de tatu, fava.

A dupla feijão com arroz pode substituir até os produtos de origem animal. E pode-se dizer que essa combinação acompanha o brasileiro em todas as fases de sua vida — desde o inocente caldinho de feijão com arroz dado ao bebê, até a exótica e carregada feijoada, prato nacional mais conhecido no exterior.

Dupla balanceada

A endocrinologista Taísa Macedo comenta que o prato típico brasileiro, formado por feijão, arroz e uma “mistura” leia-se carne é bem balanceada. Para ela, o mais preocupante nesse desaparecimento da leguminosa da dieta é de que forma ela está sendo substituída. “Principalmente por aquele macarrãozinho industrializado. Ou então, almoça-se sanduíche, o que a gente vê muito.” Ela aconselha aos pais comerem junto aos filhos, para que sirva de incentivo. “O arroz com feijão é uma dupla completa em nutrientes, saudável e saborosa. E a gente tem que fazer com que a criança goste. Por que a criança do interior come e o da cidade não? Qual é o segredo?”, questiona Taísa.
Izaque Ribeiro- Tribuna do Norte

domingo, 19 de setembro de 2010

Eleições 2010: o que há por trás das pesquisas no RN

Com o estreitamento do período eleitoral, faltando apenas 14 dias para o pleito de 3 de outubro, vai ficando evidente o uso das pesquisas eleitorais como um método utilizado com o objetivo de conquistar o eleitor ainda indeciso. Embora para uns políticos o sobe e desce dos números das pesquisas seja sinônimo de um maior número de votos, para outros candidatos a "dança" dos índices nessa reta final da campanha pode significar a derrocada antecipada. Nos últimos dias com as suspeitas de fraudes em pesquisas do Ibope - um dos institutos mais conceituados do país - nos estados do Amapá e Roraima, na Região Norte do Brasil, acaba colocando em xeque os números apresentados pelos institutos locais porque o eleitor começa a se questionar acerca da veracidade dos dados expostos, independente de onde tenham sido analisados.

O diretor da Consult e presidente da Associação dos Institutos de Pesquisa do Rio Grande do Norte (Assinp), Paulo de Tarso, disse que é necessário informar ao eleitorado potiguar que os grandes institutos terceirizamos pequenos para coletar esses dados. "Por isso acontecem diferenças gritantes em relação aos nossos institutos", afirma. Ele acrescenta que os eleitores precisam estar atentos aos números mostrados, especialmente nesse período que antecede o pleito para não se confundir. "O que acontece é que muitas pessoas comparam os números de uma pesquisa apresentada por um determinado instituto com o de outro que não tem nada a ver", alerta.

Em linhas gerais o eleitor só deve comparar os números apresentados por um instituto com os índices mostrados pelo mesmo instituto anteriormente. Nesse período é comum, mas não correto, candidatos e coligações confrontar pesquisa A com a B, por exemplo, para causar impacto e confundir o eleitor. Claro que sem explicar que os dados são de institutos distintos, coletados em regiões e com um número de entrevistados completamente diferentes. "Essas informações devem ser levadas em consideração e informadas ao eleitor", comentou. Paulo acredita que a tendência é que os índices mostrados até agora se aproximem do resultado das urnas e que uma reviravolta na disputa somente com um fato novo. Quanto ao segundo turno, ele prefere dizer que números mais concretos só a partir de amanhã.
Professor não crê em influência
Na avaliação do professor da UFRN e cientista político, Antônio Spinelli, nesse processo eleitoral alguns institutos perderam a credibilidade devido às suspeitas de fraudes e manipulação de resultados em alguns renomados institutos do país. Ele comenta que as pesquisas não influenciam o eleitor de forma indireta. "Muitos ainda têm aquela de não perder o voto e aí acabam votando em quem está na frente ou no segundo colocado para forçar um segundo turno ou mesmo para que o outro não ganhe", declarou. Porém, o que se tem verificado, nos últimos dias, é uma migração de lideranças para determinadas candidaturas. E essas, sim, exercem influência sobre parcela significativa do eleitorado. O professor diz ser a favor das pesquisas de intenção de voto no período eleitoral como forma de mostrar ao eleitor como se encontra o quadro atual. "É importante lembrar que as pesquisas mostram apenas a preferência do eleitor naquele período da coleta, porém o resultado das urnas geralmente se aproxima", disse.

Por Erta Souza, do Diário de Natal