sexta-feira, 29 de junho de 2012

QUEBRA DE COMPROMISSO DO PC do B


Um ditado muito antigo diz que a coisa mais importante no homem é a palavra, se uma pessoa não cumpre com a mesma não merece confiança, para as pessoas honestas sinceras que cumpre com o que diz basta um sim, não precisando  assinar nenhum documento basta sua palavra que tudo estará resolvido,  com os políticos é ainda pior suas palavras não tem a mínima credibilidade, com raríssimas exceção alguém dessa classe merece alguma  confiança  aqui na terra de  Nossa senhora da Conceição e São João Batista, hoje nesta quinta feira dia 29, dia de são Pedro, ficou claro que  o P C do B também não cumpre com o que promete ,  portanto não merece confiança dos eleitores desse município é mesmo traidor, não é a primeira vez,  com Canindé de França , com pinheiro e agora foi com o PT.   Nas ultimas semanas o partido dos trabalhadores se desdobrou para unir sua base em torno de um projeto político,  mesmo não  sendo do  grado de todos os membros do partido, mas um projeto que ia se construído conjuntamente , entre PT e  P C do B um projeto  político   tendo  o Professor Flaviano Monteiro  como o candidato a prefeito e outros partidos aliados,  as conversas foram longas e envolveu toda direção  estadual do partido dos trabalhadores,  a  Deputada Fátima Bezerra o Deputado Mineiro,  Edilson do  Sindicato Rural, Ecineide   do PDA Santa Cruz  todos que fazem o  PT local e estadual que tinha alguma influência política;  resultado  depois de tudo certo em que o PT  sairia coligado com o P  C do B, o  PT  indicando  o vice na coligação ,  ou seja a menos de vinte e quatro horas das convenções,  fomos avisados que não teremos mais coligação,  alegação por parte do PC  do B?  é  que houve uma reunião com a executiva do partido e   José Maria reivindicou a vaga de vice, uma  desculpa  vazia que não dá para entender pois todas as coversas o mesmo zé Maria  tomava conhecimento e concordava segundo  eles.   Não acredito que isso, aconteceu Po acaso,  teve alguma coisa mais  La de cima , muito em breve   a verdade virá.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Aprovado investimento de 10% do PIB para a educação na Câmara

Comissão especial aprovou destaque mais polêmico do projeto que estabelece diretrizes para a educação no País

A educação brasileira deverá receber investimento de 10% do PIB até 2020, segundo texto do Plano Nacional de Educação aprovado por unanimidade nesta terça-feira pela comissão especial que elaborou e discutiu a proposta no Congresso. O investimento na área era o ponto mais polêmico do projeto, que é discutido há 17 meses e cujo texto principal já foi aprovado no dia 13 de junho.

O investimento foi aprovado nesta terça-feira por meio de destaque do PDT, que cria ainda uma meta intermediária, de 7% do PIB para a área em cinco anos. O relator, Angelo Vanhoni (PT-PR), que havia sugerido 8%, apoiou de última hora a proposta.

Leia também:  Mesmo com 10% do PIB, Brasil levará décadas para atingir desenvolvidos
O percentual de investimento é um dos destaques que foi votado nesta terça-feira. Mais cedo, a comissão aprovou a antecipação da meta de equiparação do salário dos professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. O relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) previa a equiparação até o final da vigência do plano, que é de dez anos. Mas, o destaque dos deputados Antonio Carlos Biffi (PT-MS) e Fátima Bezerra (PT-RN) estabelece a equiparação até o final do sexto ano do PNE, o que corresponde a 2016.

Assim que todos os destaques forem votados, o texto segue para o Senado. O PNE estabelece diretrizes para a área em 10 anos

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Morre, em Recife-PE, o “Padre Pedro Neefs”


Morreu o “Padre Peter Marinus Maria Neefs”, 83, ou simplesmente “Padre Pedro Neefs”, religioso de origem holandesa com enorme trabalho social fincado neste sertão brasileiro. A notícia foi passada através do Twitter pelo jornalista Crispiniano Neto.
O deputado Fernando Mineiro (PT) acrescentou que sepultamento será hoje ainda em Recife-PE. Não foi esclarecida a causa da morte.
Ele tinha superado mais um delicado quadro de saúde, mas faleceu hoje. No final do ano passado, Padre Pedro foi internado com quadro de infecção urinária e insuficiência respiratória. Teve tratamento no Hospital Português (Recife), ganhando alta e retornando ao abrigo de padres na Várzea, em Recife.
Natural da cidade de Breda, Holanda, Neefs nasceu no dia 03 de fevereiro de 1929. Dez anos mais tarde, em 1939, o mundo passava por outro grande impacto, conseqüência da eclosão da 2ª Guerra Mundial.

Padre Pedro: obra edificante
No ano de 1940, foi enviado ao Seminário Menor, onde começou os estudos teológicos. Convidado por um grupo de padres do Sagrado Coração de Jesus, chegou ao Brasil, em 1952, para concluir o seminário maior. No Brasil, Peter Marinus Neefs traduziu o nome para o português e manteve seu sobrenome, assim se transformou em Pedro Neefs. Foi ordenado no dia 1º de dezembro de 1957, no Recife-PE.
Em 1957, retornou a Holanda para ser ordenado padre e celebrar sua primeira missa. Dois anos mais tarde foi enviado a cidade de Beberibe-CE para realizar o trabalho de pároco. No entanto, suas idéias não foram aceitas, sendo “expulso” da paróquia pelos superiores.
Em 1965, Pedro Neefs foi transferido para a paróquia de São João Batista e Nossa Senhora da Conceição, sediada na cidade de Apodi, substituindo o padre Manoel Balbino da Silva, permanecendo em Apodi por um período de quase cinco anos, ou seja, até o ano de 1970, quando foi substituído pelo saudoso e conterrâneo, Padre André Demertetelaeere. Nessa cidade ele foi responsável por grandes conquistas, não para si, e sim, para a população apodiense, como foi o incentivo para a criação de FUNDEVAP e a construção do Estádio Antônio Lopes Filho.
Na Diocese de Mossoró, padre Pedro encontrou apoio. Segundo ele, na realidade era uma diocese com padres muito avançados. Porém, diante do trabalho de repressão e das diferenças de pensamento na própria igreja, padre Pedro disse que nessa época descobriu na diocese de Mossoró “que existia uma igreja oficial e uma igreja do povo”.
Campo Grande
Nesse período, estava sendo inaugurada a Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN). Diante de um boato que seria candidato a prefeito na cidade, fruto do apoio popular e do trabalho desempenhado pelo padre, ele foi afastado pela Diocese de Santa Luzia de Mossoró dos trabalhos como pároco da Paróquia de São João.
Em 5 de agosto de 1979, o padre Pedro Neefs, ícone das lutas e causas sociais, chegava para atuar no município na Paróquia de Santana, na cidade de Campo Grande , quando ainda se chamava Augusto Severo. Nessa cidade sua trajetória de formação política conquistou, na época, seu ápice.
O trabalho desenvolvido em toda paróquia foi o de defender os mais necessitados, principalmente na luta pela reforma agrária, que ganhou força após a disseminação de suas idéias, já que não existia até então. Ao chegar à cidade o pároco se aproximou do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, que prestava assessoria a toda a população ligada ao campo.
O holandês ainda se vinculou aos jovens, onde o trabalho de formação política foi vital na busca do seu ideal. “Na semana santa de 1980, juntou 80 jovens de Campo Grande e fundou o grupo de jovens, que foi o primeiro grupo da cidade”, destacou a coordenadora da Cooperativa Sertão Verde, Zuleide Araújo.
Em 1986, o padre defendeu o direito ao trabalho de várias mães de família apoiando a criação da Associação Comunitária dos Trabalhadores Avulsos e Artesãos de Augusto Severo (ACTAS), que se tornou responsável por absorver toda a produção, vendendo-a em Natal e no mercado exterior, como Holanda.
“Como eu não pertencia a nenhum partido político, fiquei mais livre para o ideal da minha vida de mudar e transformar a vida e a cabeça do povo que botava a culpa em Deus sem assumir o atraso e a pobreza reinante. Quis ensinar que devemos ter nosso futuro em nossas mãos”, disse padre Pedro Neefs.
Ele passou a viver e passar por tratamento de saúde em Recife-PE. Depois de passar vários anos prostrados em uma cadeira de rodas, conseguiu voltar a andar precariamente.
Depois de Apodi, o religioso ainda trabalhou na diocese de Mossoró, sendo mandado várias vezes ao Vaticano em trabalho oficial da igreja. Em 1979 voltou ao Rio Grande do Norte, dessa vez para atuar na cidade de Augusto Severo, hoje Campo Grande. É membro da cadeira nº 17 de da Academia Apodiense de Letras, fundada em 23 de março de 2006, que tem como titular o saudoso Dr. Francisco Alcivan Pinto.
Com informações biográficas do Blog Oeste News.
Fonte B. de C. Santos

Cuidado com
“o alarmismo climático”

Ninguém precisa ficar com complexo de culpa porque usa automóvel.


O programa Entrevista Record, que vai ao ar nesta segunda-feira, às 22h15, na RecordNews, logo após o programa do Heródoto Barbeiro,  exibe importante depoimento do professor José Bueno Conti, doutor em Geografia Física e Livre-docente em Climatologia da USP, autor do livro “ Clima e Meio Ambiente”.

O professor Conti é um dos cientistas e professores signatários da Carta Aberta enviada à Presidenta Dilma, às vésperas da Rio+20:

http://agfdag.wordpress.com/2012/05/19/carta-aberta-a-presidente-dilma-rousseff/

A Carta começa por endossar a tese da Presidenta de que “a fantasia” não tem lugar em discussão sobre meios de promover o crescimento econômico.

Também repudia “as motivações ideológicas, políticas, econômicas e acadêmicas” que tem pautado a discussão sobre o Clima, e se afastaram “dos princípios basilares da prática cientifica”.

Assim, o professor Conti concorda com a Presidenta ao estabelecer a erradicação da pobreza como a prioridade da Rio+20.

Primeiro, Conti refutou que o Homem mude o clima da Terra.

A ação do homem tem efeito limitado, circunscrito – e, não, global.

Ninguém precisa ficar com complexo de culpa porque usa automóvel.

Conti lembra que há 88 vulcões no mundo em atividade, com muito maior impacto sobre o clima global do que o homem.

Que o vapor da água é muito mais importante – e não hã como controlá-lo.

As grandes metrópoles juntas, somadas, com sua poluição localizada, são apenas um por cento da superfície da Terra.

Conti lamenta esse furor contra o petróleo e a proposta alternativa – energia do vento, do sol.

É tudo muito caro, que o pobre não pode consumir.

O petróleo e a energia hidrelétrica são muito mais baratas e acessíveis ao pobre.

A discussão sobre a “descarbonização”, como diz a Carta Aberta, é “desnecessária e economicamente deletéria”.

Conti levou um recorte da Folha, dos anos 50, que anunciava para os proximos 50 anos o derretimento da calota polar e o alagamento de Tóquio pelo aumento do volume da água.

Nos anos 70, foi a ameaça da “dessertificação”.

Como diz a Carta à Presidenta, “o alarmismo ambientalista … terá de ser apeado do atual pedestal de privilégios imerecidos e substituído por uma estratégia que privilegie os princípios cientificos, o bem comum e o bom senso.”

Como disse o professor Conti, os pobres da África, da China, do Brasil não estão preocupados com o “meio ambiente”, mas com comida.

Ninguém deve sair por aí a derrubar árvores.

Mas, o homem não está com essa bola toda.

Não é ele quem aquece a Terra – disse Conti.

E, se daqui a algum tempo, como prevêem Conti e a Ciência, houver um esfriamento da Terra, que papel caberá ao Homem ?


Por Paulo H. Amorim

quinta-feira, 21 de junho de 2012


Chegou a hora da mudança, para o SINTE vote Chapa 2 – Transparência, Compromisso e Verdade. VOTE PRA MUDAR!

Da Redação
DIGA NÃO! AOS 30 ANOS DA MESMA DIREÇÃO.
VOTE CHAPA 2 – TRANSPARENCIA, COMPROMISSO E VERDADE: CORAGEM PRA MUDAR!
Colegas Professores e Funcionários:
Percorremos cada recanto do nosso Estado, sentamos em salas de Professores, Secretarias de Escolas e salas de Coordenadores Pedagógicos, tomamos café na cozinha de cada escola com os nossos colegas funcionários servidores da educação, com o intuito de mostrar propostas para a nossa categoria que está prestes a eleger sua nova diretoria sindical.
Somos a Chapa 2 – somos Professores e Funcionários desejosos de perpetrar um novo fazer sindical, onde o principal objetivo seja a luta em prol da nossa categoria sem conchavos políticos, sem “arrumadinhos” e nem tão pouco com nepotismo e sem o atrelamento a gabinete parlamentar.
O nosso sindicato é maior do que 127 municípios do nosso estado, em numero de eleitores, somos 30.000 aptos a votar e em numero de arrecadação financeira é R$ 350.000,00 mensais quase R$ 4 milhões anual.
Assim sendo, vimos a sua presença solicitar o seu apoio no sentido de: Além do seu voto, nos dar o apoio na fiscalização, para que assim o pleito possa ocorrer de forma transparente e licita.
Obrigada.

terça-feira, 19 de junho de 2012

PNE: relatório é aprovado com investimento de 8% do PIB, com possibilidade de chegar a 10%


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Foi aprovado na quarta (13) na Câmara dos Deputados o texto principal do Plano Nacional da Educação (PL 8035/10). Às vésperas da sessão (12), o relator Angelo Vanhoni (PT-PR) realizou duas alterações na meta 20 do parecer, que trata da execução das metas do Plano. Uma delas é a definição de que o investimento público na Educação será de 8% do Produto Interno Bruto (PIB), de forma direta. A segunda mudança prevê o investimento de 50% dos recursos provenientes dos royalties do Pré-sal no setor, garantindo que, desta forma, ao final de dez anos sejam investidos pelo menos 10% do PIB na área.
Apesar dos 10% finalmente terem sido incorporados ao texto do relatório principal do PNE, os deputados que reivindicavam a aplicação direta desse percentual não ficaram satisfeitos. Segundo eles, os recursos advindos do Pré-Sal ainda não estão garantidos e não se sabe qual é o seu montante.
O Coordenador do Departamento de Funcionários da CNTE, Edmilson Lamparina, acompanhou a votação e tem a mesma opinião sobre o tema. "Ficou a dúvida se realmente os recursos do Pré-sal serão suficientes para se alcançar os 10% para a educação", destacou o dirigente.
Uma das possibilidades levantadas pelos parlamentares seria mudar a lei do Pré-Sal. Outra alternativa seria aprovar destaque ao parecer original mudando o investimento de 8% para 10%, de forma direta. A análise dos destaques ficou agendada para o dia 26 de junho.
 Fonte: CNTE

domingo, 17 de junho de 2012

Luto no SINTE


        É com grande pesar que noticiamos o falecimento do  companheiro Francisco Canindé Silva  no inicio deste domingo.   Canindé como era mais conhecido morava em Natal e era diretor do SINTE estadual, não temos muitos detalhes do trágico acidente que  vitimou  o companheiro Canindé, mas  a noticia que tenho é que o mesmo se deslocava de João  Câmara para natal quando  aconteceu o acidente com seu carro . Depois traremos mais  detalhes.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ELEIÇÕES DO SINTE


            De hoje a oito dia  haverá a eleição para SINTE, na próxima quinta   feira dia 21, portanto;  será realizada as eleição disputadíssima,  onde três chapas concorrerão  direção do  maior sindicato do estado do  Rio Grande do norte SINTE-  Qualquer uma das três chapas que tiver a maioria de votos ganha e leva tudo.   Pessoalmente acho errada essa forma de escolha da diretoria do sindicato, por quê? A luta do sindicato é de todos, as conquista também, e para dirigir o sindicato deveria  ser como   antigamente; um sistema de proporcionalidade  ,  a disputa das chapa existia mas todos tinha o  direito de indicar diretor,  dependo do seu desempenho nas eleições . Concordo com janeayre  que mostra muito bem  em seu site porque o SINTE  se tornou objeto  de  disputa  ferrenha internamente,  chegando  ao ponte excluir companheiros valorosos comos os que hoje são ligados a COLUTAS, C T B  e   até mesmo uma parte de seu próprio grupo.
Veja o que  diz janeayre:

Quero agradecer o carinho e o respeito pelo qual os trabalhadores em educação tem nos recebidos nas escolas por onde passamos, eles trazem o real sentimento de mudança e do novo. Vote chapa 2 – Transparência, Compromisso e Verdade! Por SINTE Autônomo e Democrático. Coragem para Mudar! Esse é o real sentimento da categoria.
Estamos chegando a cada local de trabalho, em cada escola, em cada DIRED e na SEEC apresentando as nossas propostas. Propostas essas que foram construídas no chão da escola. Propostas construídas de acordo com o desejo e o pensar dos trabalhadores em educação.
Trazemos a mesma indagação da categoria e nos perguntamos por que é que alguns companheiros que exercem o cargo de Coordenador Geral de algumas regionais, não assumem e não compartilham com a categoria que são assessores parlamentares e que recebem por essa assessoria uma quantia de R$ 1.000,00. Não consigo entender por que esconder isso da categoria.
Não podemos mais aceitar que o SINTE seja refém de mandato parlamentar e nem de um único partido politico. O sindicato tem que estar a serviço dos trabalhadores em educação. O SINTE tem que ser livre de parlamentares, o SINTE tem que ser independente.
De acordo com o Novo Jornal, edição do mês de março do corrente ano, o SINTE é maior do que 167 municípios do RN, em número de eleitores, pois são 30.000 aptos a votar e uma arrecadação mensal de R$ 350.00,00 e quase R$ 4 Milhões anual.
No dia 21 de junho vote Chapa 2 – Transparência, Compromisso e Verdade! Por SINTE Autônomo e Democrático. Coragem para Mudar!

domingo, 10 de junho de 2012

Pesquisador alerta para erros sobre a seca e o semiárido


"Quando um ano de baixa precipitação assusta a sociedade e os governos, isso é um sinal de que até hoje o semiárido é uma região mal compreendida". É com essa declaração que Haroldo Schistek comenta as notícias de que o semiárido brasileiro enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos. Idealizador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - IRPAA, ele esclarece que "anos de mais baixa precipitação não devem assustar a ninguém, ao contrário, devem ser considerados como fator de produção". Diante das dificuldades enfrentadas pelos sertanejos que dispõem de pouca terra e não têm infraestrutura para enfrentar os períodos mais críticos, Schistek lamenta: "Sabemos que para o povo, agora é a hora de cuidar da vida, ter carro-pipa, achar preço bom para os animais, procurar emprego para alimentar a família. Ir atrás de subsídios do governo. Serão longos meses de sol quente, de poeira e de muitas caminhadas e viagens. Será uma luta, uma batalha, até alcançar a próxima chuva". Schistek destaca que o semiárido está sendo invadido por "mineradoras" e "projetos que expulsam a população, destroem a caatinga, explorando os bens naturais, sem maiores benefícios para as populações locais, causando desertificação". A preservação da Caatinga, enfatiza, é fundamental para garantir a regularidade da temperatura, das chuvas e a fertilidade do solo do semiárido.
Júnior SantosHaroldo Schistek, pesquisador do semiárido: O bioma Caatinga é a garantia para a vida do povo, é o patrimônio nativo do Brasil e é um bem que deve ser herdado de maneira intacta pelos filhos e netos.Haroldo Schistek, pesquisador do semiárido: O bioma Caatinga é a garantia para a vida do povo, é o patrimônio nativo do Brasil e é um bem que deve ser herdado de maneira intacta pelos filhos e netos.

Haroldo Schistek é teólogo pela Universidade de Salzburgo, Áustria, agrônomo pela Universidade de Agricultura em Viena e da Faculdade de Agronomia do Médio São Francisco em Juazeiro, na Bahia. É idealizador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - IRPAA, com sede em Juazeiro, fundado em 1990. Atualmente integra a Coordenação Coletiva do IRPAA como coordenador administrativo.

A imprensa tem informado que a atual seca do semiárido brasileiro é a maior dos últimos 50 anos. É possível fazer distinções entre a seca atual e a de outros momentos, mesmo considerando que este é um processo natural do semiárido brasileiro?

 O termo "seca", a meu ver, não cabe bem no contexto climático do semiárido. A palavra "seca" quer caracterizar uma situação climática excepcional, de baixa pluviosidade, numa região que normalmente apresenta chuvas regulares. Esta definição não se aplica ao semiárido brasileiro. Anos de mais baixa precipitação não devem assustar a ninguém, ao contrário, devem ser considerados como fator de produção. Quando um ano de baixa precipitação assusta a sociedade e os governos, isso é um sinal de que até hoje o semiárido é uma região mal compreendida. Para a natureza, os seus animais e plantas, um ano como este não é nenhuma catástrofe. Em milhares de anos souberam se adaptar e criar resistência. Uma catástrofe, isto sim, é a falta de preparo dos nossos governos. Tiveram três décadas, deste a última grande seca, para não, mais uma vez, serem apanhados de surpresa. Porém, precisam mais uma vez tomar medidas de emergência, gastar somas vultuosas para evitar maiores prejuízos econômicos e mortes da população.

Como as populações do semiárido brasileiro convivem com a seca e com as demais características do semiárido?

Na última grande seca de 1979 a 1983, fui convidado a acompanhar uma equipe de reportagem para retratar os acontecimentos no Sertão nordestino. Partimos de Recife, viajamos longitudinalmente pelo estado da Paraíba e atravessamos Pernambuco, em direção à Bahia. Foi assustador o que vimos. Levas de gente nas estradas, fogões de lenha nas casas, sem nenhuma brasa, armazéns da Cobal saqueados, e frentes de serviço fazendo estradas, que foram levadas pela primeira chuva. Mas quando atravessamos a ponte sobre o rio São Francisco e nos dirigimos para o Distrito de Massaroca, município de Juazeiro, parecia que tínhamos mergulhados em outro mundo. A feira abastecida de tudo que se precisa, farinha, feijão e rapadura, roupas e chocalhos. As árvores em torno eram ocupadas pelas cordas dos jegues e cavalos amarrados e o povo alegremente tomando sua pinga.

Um dos agricultores nos convidou para almoçar. Perguntamos: "Aqui choveu?", porque por onde passamos só vimos fome e miséria. "Choveu nada", foi a resposta, "só sobrou um pouco de mandioca na roça. Nem milho, nem feijão. Mas temos o criatório (cabras e ovelhas) e o pasto para eles é a Caatinga. Aqui é uma grande área de Fundo de Pasto. Aqui ninguém passa necessidade", disse ele. Momentos como esse fizeram descobrir e definir o novo paradigma da convivência com semiárido, jogando para o lixo da história o "combate à seca". E não foi muito diferente agora, com a seca atual: telefonei para a cooperativa de beneficiamento de frutas nativas, como umbu e maracujá do mato, a Coopercuc, que atende aos municípios de Canudos, Uauá e Curaçá, e o presidente me contou que conseguiram facilmente alcançar e até ultrapassar a meta visada, atendendo assim a todas as encomendas. Foram 190.000 toneladas de frutas nativas da Caatinga. E mais: nestas duas semanas passadas inauguraram três minifábricas para beneficiar frutas nativas, dentro das medidas do nosso programa de Recaatingamento. Foram eventos muito festivos, com churrasco de carne de bode, reunindo toda vizinhança do povoado interioriano. Os de fora se admiraram: onde está a seca de que tanto se fala? São comunidades tradicionais, que tiram seu sustento básico da criação de animais de médio porte e onde a Caatinga preservada é o fundamento.

Não podemos generalizar esta situação benigna. Pois a maioria dos agricultores, por circunstâncias históricas e políticas, são obrigados a sobreviver em cima de uma terra pequena e dependendo principalmente do plantio da roça.

A que atribui os impactos ambientais do semiárido brasileiro e a dificuldade de desenvolver a região? Há risco de desertificação no semiárido brasileiro?

Para entender mais sobre nossa região, o que ela oferece, onde ficam os limites e quais são as propostas para uma vida econômica estável, quero destacar alguns elementos. A estiagem recente no semiárido brasileiro se enquadra no comportamento previsível do tipo climático, com suas chuvas irregulares, no tempo e no espaço geográfico. Quer dizer, nunca se sabe quando se terá outra chuva nem em que área ela cairá. Nem se sabe quando iniciará o período chuvoso, nem quando será a última chuva. E tem mais: a irregularidade é muito mais acentuada em certos anos. Não é novidade desde a grande seca dos anos 1980, que a cada 26 anos há uma estiagem forte. São muitos os "ingredientes" que fazem chover ou que impedem a chuva no semiárido brasileiro: A Zona de Convergência Intertropical, el niño, la niña, frentes frias do sul, a temperatura da água da porção do Oceano Atlântico que se encontra entre o Nordeste do Brasil e África. Além das contribuições feitas pelos humanos, através de desmatamentos, plantios extensos de pastos e grãos inadequados, trazendo consequências, uma vez que, a terra despida da sua roupa de Caatinga aquece o ar demasiadamente e, por sua vez, empurra as nuvens em alturas inadequadas. Podemos dizer que a cobertura intacta da Caatinga é o regulador da temperatura e da chuva, mantendo a fertilidade das terras e amenizando as influências naturais sobre o clima.

Com o desmatamento, a expansão urbana e outras formas de ocupação desse espaço geográfico, de forma acelerada e apesar da seca, podemos dizer que o semiárido vive uma fase de transformação?

Estamos numa fase de nova invasão do semiárido, que é mais devastadora que a dos portugueses. São os grandes projetos que expulsam a população, destroem a caatinga, explorando os bens naturais, sem maiores benefícios para as populações locais, causando desertificação. A exemplo das mineradoras, grandes projetos energético e de irrigação. Tais projetos ampliam a concentração de renda, o êxodo rural. Para os grandes fica o lucro, e para o povo ficam as "bolsas". Prometem "emprego" para um povo que não necessita de emprego, pois já tem seu ganho de vida, como homem livre, na agricultura e criação de animais, mas necessita de segurança na terra, e terra, em tamanho adequado para as condições de semiaridez.

O que tem impedido o desenvolvimento social e econômico do semiárido? Pode-se dizer que é a má distribuição de água e não a seca?

O problema não é a má distribuição da água, mas da terra. Precisamos assim, mais uma vez, insistir num fato que muitos preferem não mencionar, por ser incômodo, por tocar em privilégios de uma minoria e de ser perigoso e, em muitos casos, até mortal. Trata-se da questão da terra, ou melhor, do tamanho dela. A Embrapa Semiárido afirma que nas áreas da grande Depressão Sertaneja, as mais secas do Semiárido, uma propriedade necessita de até 300 hectares de terra para ser sustentável, sendo a atividade principal a criação de caprinos e ovinos. Assim, a principal forma de preservar o nosso bioma, a Caatinga, é garantir às famílias um tamanho de terra adequado às condições de semiaridez. Quanto menor a quantidade de chuva na região, mais terra se precisa. Enquanto isso, qual é a realidade? Propriedades de dois, três, dez hectares, enquanto no outro lado da cerca uma única pessoa possui dois, três, dez mil hectares. É preciso elaborar uma proposta de reforma agrária apropriada às condições socioambientais do semiárido. Em muitos casos as famílias possuem terra, são da terra, mas só precisam dela em tamanho suficiente para ter uma produção estável, podendo garantir reservas e assim suportar as instabilidades climáticas. Sendo assim, poderemos esquecer para sempre os programas famigerados como O Bolsa Família, carros-pipa, cestas de alimentos e, ultimamente, O "Bolsa Estiagem". Evidentemente, o tamanho da terra necessário para viver bem no semiárido varia de região para região, depende da chuva, da fertilidade do solo, da formação topográfica. Mas sempre é maior do que de fato as famílias possuem, ou o que o Incra disponibiliza nos seus assentamentos e é alcançável financeiramente pela cédula da terra.

Como avalia o desenvolvimento do semiárido nos últimos anos? Como os sertanejos convivem com os períodos de seca?

Um jeito que o povo encontrou de viver bem no semiárido é se organizando em comunidades de Fundo de Pasto, forma tradicional de posse de terra no semiárido, remota desde as Sesmarias, e atende a esta característica: preservação e viabilidade econômica. As áreas de pasto não são individualizadas, não possuem cercas para separar cada propriedade. Os animais de todos os proprietários pastam livremente em toda a área, deslocando-se sempre para aquelas manchas verdes onde choveu recentemente. Com isso eles evitam superpastoreio e garantem animais bem alimentados. Organizando dessa maneira a terra, de forma coletiva, a área necessária por família pode ser bem menor, mesmo na Depressão Sertaneja: entre 80 e 100 hectares. A área do Fundo de Pasto fica sob a responsabilidade de uma associação, dos próprios donos. Temos belos exemplos de como essa forma organizacional eleva a consciência ambiental e protege a Caatinga, como na região de Canudos, por exemplo.

Que políticas públicas são necessárias para garantir o desenvolvimento do social, econômico e ambiental do semiárido?

O bioma Caatinga é a garantia para a vida do povo, é o patrimônio nativo do Brasil e é um bem que deve ser herdado de maneira intacta pelos filhos e netos. Onde a Caatinga não existe mais, os efeitos de estiagens são muito mais devastadores. Portanto, menciono oito preceitos da produção apropriada para o semiárido.

1. Perseguir a sustentabilidade para não ocorrer desertificação: criação de animais de maneira inadequada, animais impróprios para o semiárido, desnudação de grandes áreas e plantas que não suportam o clima, além da concentração fundiária, são as causas da desertificação.

2. Recaatingamento para repor a vegetação e riqueza da Caatinga perdida.

3. Tamanho da terra: os zoneamentos agroecológicos realizados pela Embrapa precisam, além de mostrar o uso correto da terra, conforme a configuração edafoclimático, indicar também a área mínima para que uma propriedade seja viável, mesmo em anos mais secos. Esses dados devem ser a base para titulação de terras e assentamentos do Incra.

4. Priorizar a produção animal de pequeno e médio porte, pois o semiárido é por excelência uma região pecuária.

5. Para manter a riqueza da Caatinga e seu aproveitamento racional para a criação de animais e extrativismo, precisa-se do manejo correto, fazer reservas alimentares para os meses sem chuva e maiores do que para um ano, para não precisar comprar "farelos" na cidade. Isso deve ser o ponto de partida, para a Assistência Técnica e Extensão Rural.

6. Em regiões, microclimas/nichos climáticos, onde a agricultura pode ser indicada, é indispensável a escolha de plantas que consigam lidar com a grande irregularidade das chuvas. Porém, para que o agricultor tenha depois sucesso na venda dos seus produtos, espera-se mais flexibilidade dos órgãos estaduais na promoção de sua comercialização. Assim, o Seguro Safra pode ser algo do passado ou então existirá somente para anos extremos.

7. O extrativismo e consequente beneficiamento e comercialização a exemplo do Umbu, do maracujá do mato e outros, tem mostrado o grande potencial financeiro e também em termos de preservação do bioma, quando a agricultura familiar assume a etapa da transformação dos produtos primários. A inclusão destes produtos nos programas locais de alimentação deve ser prioridade de todos os níveis governamentais. Não há como tolerar que uma prefeitura compre doce de goiaba, de péssima qualidade, de um fornecedor do Rio Grande do Sul, enquanto na porta são disponíveis produtos locais, orgânicos e reconhecidos pela qualidade.

8. Devido ao grande potencial da Caatinga e a pouquíssima expressividade de áreas irrigadas, somente em torno de 2% do semiárido são economicamente aptos para a irrigação, as universidades de agronomia e escolas técnicas do Semiárido devem concentrar esforços para um ensino agronômico dirigido para a região.
 Haroldo Schistek, agrônmo e pesquisador do semiárido: T. Norte
Curiosidade

O dia 11 é tido na numerologia como um número ligado ao azar e às tragédias. Até mesmo tempo, os estudiosos da Bíblia o têm como um número cabalístico. Dois são os motivos básicos dessa crença. O primeiro é a venda de José, pelos 11 irmãos, num dia 11. A outra é a venda do próprio Jesus por Judas Escariotes, que, segundo os curiosos, teria ocorrido às 11h de um dia fatídico. Empreendimentos cujos protagonistas desejam sucesso evitam sempre o dia onde para inaugurações, lançamentos, inícios. Alguns eventos trágicos ocorridos em datas de 11 em diferentes países dão sustentação à crendice: 11 de março de 2011, tsunami seguido de terremoto no Japão; 11 de janeiro de 2011, catástrofe por enchentes no Rio de Janeiro; 11 de setembro de 1973, golpe militar no Chile e assassinato de Salvador Allende; 11 de setembro de 2001, ataque às torres gêmeas, 11 de março de 2004, explosão simultânea de trens na Espanha, por terroristas. Como estudioso da cultura popular, não acredito nessas coisas, mas as estudo com muita curiosidade. Talvez seja como dizem os espanhóis: Yo non lo creo, mas que hay, hay. Por isso, muita gente evita iniciar qualquer processo de disputa numa data de 11 e ainda mais às 11h, horário da venda de Jesus Cristo.
Crispiniano Neto: J. de Fato

terça-feira, 5 de junho de 2012

União repassa complementação do Fundeb


Já está disponível nas contas correntes dos estados, do Distrito Federal e dos municípios a quinta parcela da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) depositou no último dia 31 de maio a soma de R$ 606,8 milhões.
Neste ano, a complementação da União contempla nove estados e seus municípios, os quais não alcançaram com sua própria arrecadação o valor mínimo nacional por aluno estabelecido para 2012, que é de R$ 2.096,68. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
Principal fonte de financiamento da educação básica pública, o Fundeb é formado por percentuais de vários impostos e transferências constitucionais, como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Pelo menos 60% dos recursos devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais.
O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, compreendendo, entre outras ações, o pagamento de profissionais ligados à educação, como auxiliares administrativos e merendeiras; formação continuada de professores; aquisição de equipamentos e construção de escolas.

UF
Quinta parcela - maio 2012
AL
25.641.022,25
AM
18.419.721,92
BA
145.544.961,80
CE
71.418.466,29
MA
133.772.350,93
PA
142.365.546,92
PB
9.916.319,40
PE
34.110.708,80
PI
25.692.082,79
Total
606.881.181,10

sexta-feira, 1 de junho de 2012


13 municípios do RN cancelam São João por causa de seca
Municípios preferiram não realizar festejos em face da situação de emergência que enfrentam devido à estiagem.

A seca que castiga o interior do Estado levou 13 municípios a suspender os tradicionais festejos de São João. A decisão foi tomada após deliberação de representantes da Associação dos Municípios do Oeste do Rio Grande do Norte – AMORN, nesta semana, em de Pau dos Ferros.

Para os prefeitos, seria um contrassenso realizar os festejos estando as cidades sob o estado de emergência decretado em razão da seca.

Também foi levado em consideração as orientações do Procurador Chefe do Ministério Público de Contas junto ao TCE/RN, Thiago Guterres, no seminário de Gestão Pública promovida pela FEMURN, e do Procurador do Ministério Público Federal, Ronaldo Pinheiro.

Veja abaixo as prefeituras que cancelaram suas festividades:

1. Coronel João Pessoa
2. Francisco Dantas
3. Frutuoso Gomes
4. Itaú
5. Martins
6. Messias Targino
7. Paraná
8. Pilões
9. Portalegre
10. Riacho da Cruz
11. Rodolfo Fernandes
12. Severiano Melo
13. Venha ver
Fonte: Porta  Nominuto.com