domingo, 21 de dezembro de 2014

zé, Dr Janot: 
conhecem a Lista de Furnas ?

Quem sabe a gente descobre de que vive o Cerra ?​
O Juiz Moro, de onde vazam as delações seletivas e uma lista com um único tucano – morto ! – e o Procurador Geral da Republica, Dr Janot talvez não se tenham dado conta de que a Lista de Furnas acaba de ser NOVAMENTE autenticada.

Essa peça histórica, de autoria de um certo Dimas Toledo – talvez o Aécio Never saiba de quem se trata – foi autenticada pelo Ministério Público, ao arquivar ação contra o deputado Rogério Correia, da Assembleia de Minas.

Ela lembra muito uma das três questões pendentes contra Aécio Never, também adormecida numa das gavetas do Dr Janot.

Aparentemente, o Dr Moro advoga a tese de que os condenados na Petrobras precisam ser, antes, condenados na “opinião pública”.

É o que aparentemente instruiu o trabalho inesquecível do Juiz Joaquim Barbosa, relator do mensalão e presidente da Corte Suprema.

“Opinião pública”, no Judiciário brasileiro, como se viu no julgamento do mensalão (o do PT), é a opinião publicada no PiG, como diria o Paulo Moreira Leite.

A opinião do povo brasileiro, que a Vox do Marcos Coimbra captou, essa não tem a mínima importância.

Nem os 54 milhões de votos que consagraram a Dilma.

O que interessa, como diria o ACM (avô), é o que sai no jn …

A Lista de Furnas é uma Caixa Dois exemplar.

Quantas cabeças rolaram, quantas vidas correram risco para que o caso fosse abafado.

Se transformasse numa “maçã podre”.

Sumisse.

Como na Satiagraha.

O destemido Juiz De Sanctis foi promovido para cuidar dos velhinhos aposentados.

O Dr Paulo Lacerda foi rifado para Portugal.

E o delegado Protógenes corre o risco de ir em cana.

Viva (a Justiça d)o Brasil !

E o Dantas ?

Bem, esse é “brilhante”.

Mas, a Lista de Furnas está aí, persistente.

E, como a Castelo de Areia, que jaz sob gaveta do sereno ministro Barroso do Supremo, de vez em quando reaparece, firme e forte !

(Breve, o impoluto Ministro Fux relatará o RE 680967 que legitima, definitivamente, a Satiagraha.)

Sumiu a Lista de Furnas, mas da “opinião pública”.

Já que o Dr Moro prega a “transparência” no PiG e o Dr Janot , além de indicar a Presidenta da Petrobras, se compromete a não deixar pedra sobre pedra, talvez seja o caso de eles darem uma olhada nessa gorda lista.

No Padim Pade Cerra, por exemplo.

Talvez uma investigação profunda sobre a Lista de Furnas ajude a esclarecer de que vive o Cerra …

O Cerra é inimputável, como se sabe.

Ele escapou da Privataria Tucana, das ambulâncias super-faturadas, do trensalão, já que o zé da Justiça teve a gentileza de convoca-lo a depor DEPOIS da eleição.

O Cerra é difícil pegar.

Mas, quem sabe se esclareçam as eleições de Aécio e Alckmin ?

Ou de Eduardo Cunha, cuja virgindade o PiG reinstalou …

E a PF do zé ?

Já investigou a Lista de Furnas ?

Ou afogou-se no lago da represa ?

E o jatinho sem dono do Eduardo Campos, o “da nova política”?

A PF do zé já ouviu falar em jatinho que não tenha dono ?

O Eduardo Campos aparece na lista do Dr Moro.

O que talvez provoque algum constrangimento na Casa Grande de Pernambuco, a autêntica, e na Bláblárina.

Mas, sabe como é, amigo navegante, o Eduardo é outro: está morto.

E a PF do zé – não deixe de assistir a trepidante TV Afiada sobre o “novo Governo” – só vai descobrir quem é o dono do jatinho quando a Bláblárina conseguir explicar como a sustentabilidade se sustenta no sustentável.

Não deixe de ver o gráfico explicativo sobre a distribuição da Lista de Furnas.

A decisão judicial sobre sua autenticidade.

E divirta-se com os contemplados.

99,99% são tucanos gordos ou tucanos camuflados.

Gordíssimos !

http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com.br/)

PRESIDÊNCIA

José Serra – PSDB-SP
7.000.000,00


GOVERNADOR-SP

Geraldo Alckimin – PSDB-SP
9.300.000,00


GOVERNADOR-MG

Aécio Neves – PSDB-MG
5.500.000,00


SENADORES – RJ


Sérgio Cabral – PMDB-RJ
500.000,00

Arthur da Távola – PSDB-RJ
350.000,00

Marcelo Crivella – PL-RJ
250.000,00


SENADORES-MG


Eduardo Azeredo – PSDB-MG
550.000,00

Hélio Costa – PMDB-MG
400.000,00

Zezé Perrella – PFL-MG
350.000,00


DEPUTADOS-BA

Juthay Jr. – PSDB-BA
270.000,00

Paulo Magalhães – PFL-BA
250.000,00

Fábio Souto – PFL-BA
200.000,00

ACM Neto – PFL-BA
150.000,00

Luiz Carreira – PFL-BA
100.000,00

Jairo Carneiro – PFL-BA
100.000,00

João Almeida – PSDB-BA
75.000,00

Gerson Gabrielli – PFL-BA
75.000,00

João Leão – PL-BA
75.000,00

Rogério Nunes
75.000,00

José Carlos Aleluia – PFL-BA
75.000,00

José Rocha – PFL-BA
70.000,00

Aroldo Cedraz – PFL-BA
50.000,00

Coriolano Sales – PFL-BA
50.000,00


DEPUTADOS-ES

Luis Paulo Velloso Lucas – PSDB-ES
350.000,00

José Carlos Fonseca / Francisco Gomide – PFL-ES
100.000,00

Nilton Baiano – PPB-ES
50.000,00


DEPUTADOS-MA


Remi Trinta – PL-MA
100.000,00


DEPUTADOS-MG
Dimas Fabiano Jr. – PPB-MG
250.000,00

Danilo de Castro – PSDB-MG
250.000,00

Mauro Lopes – PMDB-MG
200.000,00

Anderson Adauto -PL-MG
200.000,00

Saraiva Felipe – PMDB-MG
150.000,00

Herculano Anghinetti – PSDB-MG
150.000,00

Osmânio Pereira – PSDB-MG
150.000,00

Toninho Andrada – PSDB-MG
150.000,00

Márcio Reinaldo – PPB-MG
150.000,00

Vanessa Lucas – PSDB-MG
150.000,00

José Militão – PTB-MG
150.000,00

Márcio Reinaldo Dias Moreira – PPB-MG
150.000,00

João Leite – PSB-MG
150.000,00

Gil Pereira – PPB-MG
150.000,00

Agostinho Patrus – PTB-MG
150.000,00

Ana Maria Vieira – PSDB-MG
150.000,00

Antônio Júlio – PSDB-MG
150.000,00

Alencar da Silveira Jr. – PDT-MG
150.000,00

Carlos Melles – PFL-MG
100.000,00

Roberto Brant – PFL-MG
100.000,00

Ronaldo Vasconcelos – PMDB-MG
100.000,00

Nárcio Rodrigues – PSDB-MG
100.000,00

Odelmo Leão – PPB-MG
100.000,00

Marcelino Siqueira
100.000,00

Jaiminho Martins – PFL-MG
100.000,00

João Magalhães – PMDB-MG
100.000,00

Júlio Delgado – PPS-MG
100.000,00

Aracely de Paula – PL-MG
100.000,00

José Santana – PL-MG
100.000,00

Mário Assad Jr. – PL-MG
100.000,00

Sebastião Navarro – PFL-MG
100.000,00

Djalma Diniz – PSDB-MG
100.000,00

Luiz Humberto Carneiro – PSDB-MG
75.000,00

Alberto Bejani – PTB-MG
75.000,00

Jairo Lessa – PL-MG
75.000,00

Athos – PPS-MG
75.000,00

Pastor George – PTB-MG
75.000,00

Pinduca Ferreira – PPB-MG
75.000,00

Bispo Gilberto – PMDB-MG
75.000,00

Reminho Aloise – PFL-MG
75.000,00

Domingos Sávio – PSDB-MG
75.000,00

Ermano Batista – PSDB-MG
75.000,00

Elbe Brandão – PSDB-MG
75.000,00

Paulo Piau – PPS-MG
75.000,00

Gustavo Valadares – PFL-MG
75.000,00

Custódio Mattos – PSDB-MG
75.000,00

Paulo César DE Freitas – PRTB-MG
75.000,00

Fábio Avelar – PTB-MG
75.000,00

Leonardo Quintão – PMDB-MG
55.000,00

Fahim Sawan – PSDB-MG
55.000,00

Sebastião Costa da Silva – PFL-MG
55.000,00

Amílcar Martins
55.000,00

Ermano Batista – PSDB-MG
55.000,00

Romeu Anízio Jorge – PPB-MG
55.000,00

Dilzon Melo – PTB-MG
55.000,00

Maria Olívia – PSDB-MG
55.000,00

Mário Rodrigues
40.000,00

Rafael Guerra – PSDB-MG
40.000,00

Eduardo Barbosa – PSDB-MG
35.000,00


DEPUTADOS-MT 


Pedro Henry – PPB-MT
100.000,00


DEPUTADOS-PE


Inocêncio de Oliveira – PFL-PE
185.000,00

Severino Cavalcante – PPB-PE
180.000,00

Joaquim Francisco – PFL-PE
150.000,00

Armando Monteiro – PTB-PE
150.000,00

Pedro Correa – PPB-PE
150.000,00

Raul Jungmann – PMDB-PE
150.000,00

José Múcio – PTB-PE
150.000,00


DEPUTADOS-PI

Ciro Nogueira -    PPB-PI    
150.000,00


DEPUTADOS-PR
José Janene – PPB-PR
150.000,00

José Borba – PMDB-PR
150.000,00

Francisco Luiz Gomide – PR
100.000,00

Affonso Camargo – PSDB-PR
75.000,00

Aberlardo Lupion – PFL-PR
75.000,00

Ricardo Barros – PPB-PR
75.000,00

Eduardo Sciarra – PFL-PR
75.000,00

Affonso Camargo – PSB-PR
50.000,00


DEPUTADOS-RJ

Paulo Feijó – PSDB-RJ
150.000,00

Márcio Fortes – PSDB-RJ
150.000,00

Alexandre Santos – PSDB-RJ
100.000,00

Alice Tamborindeguy – PSDB-RJ
100.000,00

Andréia Zito – PSDB-RJ
70.000,00     

Luiz Paulo – PSDB-RJ
70.000,00

Eduardo Paes – PSDB-RJ
250.000,00     

Francisco Dornelles – PPB-RJ
200.000,00

Rodrigo Maia – PFL-RJ
200.000,00

Arold de Oliveira – PFL-RJ
150.000,00

Bispo Rodrigues – PL-RJ
150.000,00

Washinton Reis – PMDB-RJ
100.000,00

Leonardo Picciane – PMDB-RJ
100.000,00

Nelson Bornier – PMDB-RJ
100.000,00

Eduardo Cunha – PMDB-RJ
100.000,00

Roberto Jefferson – PTB-RJ
75.000,00

Almerinda de Carvalho – PMDB-RJ
75.000,00

Dr. Carlão – PRONA-RJ
75.000,00

Jair Bolsonaro – PPB-RJ
50.000,00

Simão Sessim – PPB-RJ
50.000,00

Júlio Lopes – PPB-RJ
50.000,00

Dr. Heleno – PSC-RJ
50.000,00

Pastor Almir – PL-RJ
50.000,00


DEPUTADOS-SC


Gervásio Silva – PFL-SC
75.000,00

Zonta – PPB-SC
75.000,00

Paulo Bauer – PFL-SC
75.000,00

Serafim Venzon – PSDB-SC
75.000,00

João Pizzolatti – PPB-SC
75.000,00

Fernando Coruja – PPS-SC
75.000,00


DEPUTADOS-SP

Valdemar Costa Neto – PL-SP
250.000.00

Vadão Gomes – PPB-SP
150.000,00

Antonio Carlos Pannunzio – PSDB-SP
150.000,00

Aberto Goldman – PSDB-SP
150.000,00

Walter Feldman – PSDB-SP
100.000,00

Gilberto Kassab – PFL-SP
100.000,00

João Batista – PFL-SP
100.000,00

Luis Antônio Fleury – PTB-SP
100.000,00

Medeiros – PTB-SP
100.000,00

Nelson Marquezelly – PTB-SP
100.000,00

Robson Tuma – PFL-SP
100.000,00

Arnaldo Faria de Sá – PTB-SP
100.000,00

Zulaiê Cobra – PSDB-SP
75.000,00

Chico Sardelli – PFL-SP
75.000,00

Xico Graziano – PSDB-SP
75.000,00

Dimas Ramalho – PPS-SP
75.000,00

Antonio Carlos Mendes – PSDB-SP
75.000,00

Luiz Carlos Santos – PFL-SP
70.000,00

João Baptista – PFL-SP
70.000,00

Aluízio Nunes Ferreira – PSDB-SP
50.000,00

Carlos Sampaio – PSDB-SP
50.000,00

Lobbe Neto – PSDB-SP
50.000,00

Silvio Torres – PSDB-SP
50.000,00

Walter Barelli – PSDB-SP
50.000,00


E os deputado separados por partidos:

















quarta-feira, 17 de dezembro de 2014


dilmanova Como explicar este fenômeno Dilma, que sobe no Ibope?
Para quem lê, vê e ouve diariamente os principais veículos da imprensa brasileira, a popularidade da presidente Dilma Rousseff deveria estar abaixo do res do chão. Depois de apanhar sem dó nem piedade feito cão sem dono da mídia familiar tucana, antes, durante e, principalmente, depois de ser reeleita presidente da República, eis que a pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira mostra que aconteceu tudo exatamente ao contrário do que a feroz oposição comandada pela dupla FHC-Aécio poderia esperar.
Como os analistas e especialistas de plantão irão explicar que a aprovação ao governo Dilma, em meio à enxurrada de denúncias de corrupção na Petrobras, não só não tenha caído, como ainda subiu dois pontos? Entre os entrevistados pelo Ibope, em pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o índice de "ótimo" ou "bom" passou de 38% para 40%, enquanto a avaliação negativa caiu de 28% em setembro para 27% em dezembro.
A aprovação pessoal da presidente subiu para 52% (era de 45% em setembro) e a desaprovação caiu de 46% para 41%. O índice dos que confiam em Dilma também cresceu: de 45% passou para 51%, e o dos que não confiam nela caiu na mesma proporção, de 50% para 44%.
A própria reeleição de Dilma, apesar de todos os ventos contrários, já poderia ser considerada algo entre o milagre e o fenômeno. Melhorar seus índices no Ibope, então, depois de tudo o que aconteceu nas últimas semanas, em que a presidente não teve um único minuto de trégua, o que é?
Peço a ajuda dos caros leitores do Balaio para responder a esta pergunta intrigante, já que ela foge à minha pobre capacidade de análise. O mais incrível é que 44% dos entrevistados avaliaram que a maioria das notícias divulgadas neste período foram desfavoráveis a Dilma (este índice era de 32% em setembro).
Se, mesmo assim, a maioria aprovou a presidente, de duas uma: a imprensa já não está com essa bola toda, e a população encontrou outras formas para se informar fora da grande mídia, ou Dilma é mesmo um fenômeno de resiliência que ainda não foi explicado pelos livros dos nossos sábios cientistas políticos.
Como explicar?
Balaio do Kostocho

sábado, 13 de dezembro de 2014

Lava Jato volta a encontrar digitais tucanas em empreiteira investigada

Mídia silencia e confirma que o comportamento do PSDB e de sua imprensa aliada continua o mesmo: varrer a corrupção dos seus para debaixo do tapete

federal.JPG
Investigações sobre corrupção no Brasil voltam a esbarrar em tucanos, com silêncio da mídia
Sem manchete "espetaculosa", sem repercussão nos portais de seus jornais e sem chamada no televisivo Jornal Nacional, a revista Época, da Globo, publicou na terça-feira (9) que, a operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) apreendeu, três semanas atrás, na sede da empreiteira Camargo Corrêa, uma tabela que relaciona políticos, obras e valores em dólares. Suspeita-se que a lista indique propinas pagas pela empreiteira entre os anos de 1990 e 1995.
Entre os políticos listados, segundo a revista, estão o ex-governador de São Paulo Mario Covas (PSDB), falecido em 2001; o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que nos anos 1990 foi deputado federal; Jorge Maluly Netto (falecido em 2012), que foi deputado e depois prefeito de Araçatuba pelo então PFL (hoje DEM);  e o atual suplente de José Serra no Senado, José Aníbal (PSDB), na época também deputado federal.
RBAcamargo_correa_v2 (1).jpg
Trecho da lista apreendida na empreiteira: possível lista de propinas
José Aníbal aparece três vezes na lista. Os valores associados a ele, segundo o documento, somam US$ 90 mil. O primeiro, de US$ 40 mil, relacionado a um projeto de "canalização, pavimentação e ponte" em Botucatu (interior de São Paulo). Os demais valores (US$ 30 mil e US$ 20 mil respectivamente), a um projeto que envolvia canalização, pavimentação e a construção de uma barragem em Jundiaí, também no interior paulista.
Esta não é a primeira vez que uma investigação da Polícia Federal encontra digitais dos tucanos nos cofres de empreiteiras.
Em 2009, a mesma Camargo Corrêa foi alvo da operação Castelo de Areia, que apurava suspeitas de corrupção e pagamento de propina a políticos para a obtenção de contratos com o governo. Na casa de um diretor da empresa, a PF apreendeu uma planilha cheia de siglas, nomes e números. Na ocasião, muitos atribuíram àquela planilha o caráter de prova definitiva de como o caixa dois da Camargo era gerido. Siglas e nomes da planilha foram entendidos como se fossem de políticos a quem se destinavam propinas.
Isso nunca foi comprovado, faltou uma investigação aprofundada e a Castelo de Areia teve curta duração e pouco impacto. O Superior Tribunal de Justiça suspendeu a investigação em 2010 e anulou todas as provas, entre elas a tal planilha. A Procuradoria-Geral da República recorreu ao Supremo Tribunal Federal, mas depois de quatro anos o STF ainda não se manifestou.
A reportagem da Época desta terça não cita todos os nomes de políticos e os partidos da oposição que foram flagrados na operação Castelo de Areia, mas de acordo com mesma revista, que em 2009 publicou reportagem  sob o título "Lavagem, doações ilegais a  políticos, superfaturamento...", os policiais federais passaram um ano ouvindo telefonemas e abrindo mensagens de e-mails de conhecidos doleiros de São Paulo e do Rio de Janeiro, em busca de provas sobre uma rede de evasão de divisas e lavagem de dinheiro dentro da Camargo Corrêa.
RBAoposiçao.jpg
Trecho de matéria da Época de 2009: Maia citado nominalmente
Quando, porém, passou a ouvir os diretores que faziam negócios com os doleiros investigados, a PF esbarrou também no caixa de contribuições políticas da construtora – e encontrou indícios de doações ilegais  para os partidos PSDB, DEM, PMDB, PPS, PDT, PP e PSB. O senador José Agripino Maia (DEM-RN) é citado nominalmente na reportagem .
Na ocasião, a Polícia Federal em São Paulo prendeu, também em 2009, quatro diretores da empreiteira, duas secretárias e três doleiros, todos acusados de praticar crimes como evasão de divisas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e operação de instituição financeira sem autorização. De acordo com decisão do juiz Fausto de Sanctis, que determinou a prisão de todos, a PF demonstrou que o grupo teria usado pelo menos quatro empresas de fachada para remeter irregularmente recursos da empreiteira para o exterior e poderia ter participado de um esquema de superfaturamento na construção de uma refinaria.
Em conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça, os quatro tratavam dos negócios por códigos que envolviam nomes de animais. A PF calculou que o grupo teria remetido  para o exterior mais de R$ 20 milhões por meio daquele esquema.
Havia  ainda indícios de que o grupo pode ter participado do superfaturamento da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. As conversas gravadas mostram o diretor Pietro Bianchi pedindo, com urgência, o transporte de dinheiro vivo em Recife. De acordo com a PF, o pedido poderia estar relacionado à construção da refinaria. Naquele ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) já suspeitava de superfaturamento em alguns itens da obra.
Agora, com a Lava Jato em curso e novos fortes indícios de participação de tucanos de alta plumagem em negócios obscuros, parece até que estamos assistindo uma refilmagem da mesma história. Se os acontecimentos das planilhas sobre os anos 90 e a Operação Castelo de Areia não tivessem sido engavetados, a depuração que se pretende fazer hoje já poderia ter ocorrido no passado.
No entanto, por se tratar de políticos do PSDB, a imprensa tradicional tirou logo de pauta e os tucanos trataram de abafar. Assim, o assunto caiu no esquecimento, os inquéritos foram arquivados ou continuam parados nas gavetas, e a Polícia Federal não pode prosseguir na investigação sem ordem judicial para seguir o caminho do dinheiro e chegar aos destinatários finais de propinas.
Aliás, a CPMI da Petrobras, criada pela oposição para coincidir com a campanha eleitoral, perdeu o ímpeto quando as investigações da Lava Jato passaram a "ir longe demais" atingindo o tucanato, seus aliados nos estados e seus altos financiadores de campanha. Já está encerrando seus trabalhos sem alarde.
Hoje, quem está no papel de presidente do PSDB é o senador Aécio Neves. Não cabe acusá-lo por supostos atos de seus sucessores no comando do partido, mas o comportamento tucano e de sua imprensa aliada continua o mesmo: varrer a corrupção dos seus para debaixo do tapete, em vez de investigar a todos e "cortar na própria carne", se for preciso.
Do Amigos do presidente Lula
.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014


Lava Jato chega em Aécio e em contas suspeitas de campanha tucana

Já há indícios de que o PSDB pode ter cometido os erros de que acusa o PT. Veremos a quanto irá a disposição do partido e da velha mídia para frear a marcha natural da democracia brasileira
por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 09/12/2014 16:40, última modificação 09/12/2014 17:40
locamax.jpg
Empresa que tem como único cliente o PSDB: nome da firma que consta do endereço fornecido é outro
Uma pequena nota publicada hoje (9), na Folha de S.Paulo, indica que a Operação Lava Jato está encostando no candidato derrotado Aécio Neves (PSDB). Agentes da Polícia Federal responsáveis pelas investigações apreenderam no escritório da empresa UTC Participações, em São Paulo, anotações que mostram o interesse de algumas empreiteiras no andamento da CPI da Petrobras no Congresso.
Pelos papeis encontrados, diz a nota da Folha que Aécio foi procurado pela Construtora Norberto Odebrecht para não se aprofundar nos trabalhos da CPI e que os senadores também tucanos Álvaro Dias (PR) e Mario Couto (PA) teriam sido escolhidos por Aécio para "fazer circo".
montagem.jpg
Junte a esse fato o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada acusando o então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra – morto em março deste ano –, de o assediar e extorquir R$ 10 milhões para que a CPI da Petrobras aberta em julho de 2009 no Senado fosse encerrada antes que o ex-funcionário da estatal fosse implicado. Segundo Costa, o tucano disse a ele que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010.
Aos que tomaram seu depoimento prestado sob delação premiada, agora na Operação Lava Jato, Costa afirmou que os R$ 10 milhões foram pagos em 2010 a Guerra, e só depois que aquela CPI da Petrobras foi encerrada sem punições, em dezembro de 2009. Aécio Neves na época era governador de Minas, com ambição de concorrer à Presidência da República. Desistiu e saiu candidato ao Senado.
Atualmente, os tucanos voltam sua artilharia para pressionar pela reprovação de contas de campanha da presidenta Dilma Rousseff, hipótese reforçada pela relatoria da análise nas mãos do ministro Gilmar Mendes.
Mas uma outra notinha, desta vez no jornal O Estado de S. Paulo, pode ser o início da operação abafa sobre as contas de campanha do tucano. Segundo a matéria, há indícios de uso de caixa dois e de empresas de fachada na campanha de Aécio Neves.
Um caso é o da empresa Marcelo Martins ME. Segundo as contas apresentadas à Justiça Eleitoral, a firma recebeu R$ 1,4 milhão entre os dias 31 de julho e 19 de setembro de 2014, por publicidade em placas, estandartes e faixas.
A microempresa foi constituída em julho deste ano, mesmo mês em que iniciou a emissão de faturas para a campanha de Aécio, a qual foi sua cliente exclusiva, segundo os dados da Justiça Eleitoral. Mas o que mais chamou atenção foi que, no endereço da empresa, em Sorocaba (SP), funciona a sede de outra empresa, a Logmax Logística e Transporte, que aparentemente nada tem a ver com a empresa de impressão e da qual Marcelo Martins, dono da empresa de impressão, não é sócio, segundo dados da Junta Comercial de São Paulo.
Até o momento, porém, além da notinha, nenhum veículo da imprensa tradicional foi até Sorocaba conferir a realidade.
Claro que pode ser que a Marcelo Martins Impressão ME não tenha cometido ilícitos, mas pelos indícios é preciso conferir. Se a empresa fosse fornecedora da campanha petista, será que seria ignorada como está sendo? Ou haveria equipes de repórteres virando Sorocaba ao avesso, vasculhando a vida dos donos das duas empresas e suas conexões?
O PSDB aposta suas fichas no tapetão do Judiciário para ainda tentar reverter a derrota sofrida nas eleições presidenciais. Depois de fazer alarde com boatos na internet sobre boletins de urnas falsificados e pedir auditoria da totalização dos votos ao Tribunal Superior Federal (TSE), teve os dados colocados à disposição para fazer a auditoria que bem entendesse, mas o partido não tocou mais no assunto.
Agora que há indícios de que pode ter cometido os erros de que acusa o PT, veremos a quanto irá sua disposição para frear a marcha natural da democracia brasileira.
Amigos do Presidente Lula