domingo, 6 de setembro de 2015

Papa abre as portas do Vaticano para imigrantes


Pontífice conclamou paróquias, conventos e mosteiros europeus a fazerem o mesmo


CIDADE DO VATICANO - O Vaticano abrigará duas famílias de refugiados, anunciou o Papa Francisco neste domingo. O Pontíficie conclamou as paróquias católicas, conventos e mosteiros em toda a Europa a fazerem o mesmo.

O Papa citou Madre Teresa, freira albanesa conhecida por seu trabalho de ajuda a pessoas pobres na Índia.

- Que cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada mosteiro, cada santuário na Europa sedie uma família, começando com a minha diocese de Roma - acrescentou o Pontífice.
Fonte Conv Afiada

domingo, 2 de agosto de 2015

Terrorismo contra o PT... Pode.

 

A direita ensandecida está esquecendo que os petistas são de carne e osso, têm sentimentos, têm consciência política e defendem um projeto que, apesar de tudo, tem um balanço positivo no Brasil, com repercussões mais que positivas nas quatro “pruvenças” do mundo, desde as mais humildes tribos africanas aos mais luxuosos salões americanos, asiáticos e europeus. A direita está saindo do campo da disputa política para a provocação, da provocação para a agressão, o confronto físico; da queda de braço, do cabo de guerra para o perigoso pantanal da guerra aberta. À base de fogo e de explosões. Prender petistas sem provas por práticas políticas que os outros partidos sempre fizeram e continuam fazendo e o fazem concomitantemente, é uma desculpa esfarrapada para criminalizar o partido, enfraquecer o governo e inviabilizar Lula como candidato em 2018. Só. Combater a corrupção ninguém quer, porque o outro lado está eivado dela e não se move uma palha contra, a ponto de investigador ter a cara de pau de dizer que não sabe o que significa a sigla “FHC”... É complicado, por não ser democrático, ver-se uma mídia inteirinha tomando partido contra um partido, contra um governo e até contra o País, quando isto interessa ao projeto de criminalizar, satanizar, acusar, caluniar, julgar, prender e riscar do mapa o PT. E o que é mais grave, ver-se a Justiça, o Poder Judiciário não só ser conivente com esta bandalheira, mas acima de tudo, fazer parte dela. Ver-se uma Polícia Federal se tornar polícia política e, ao contrário do que já é condenável quando as polícias políticas são defensoras dos governos, esta se dar ao luxo de conspirar e agir contra o governo por dentro do governo, à custa do governo, a serviço da oposição, com os mesmos fins com que sua banda podre agiu durante a ditadura. Manter um tesoureiro de partido preso porque recebeu dinheiro de uma empresa, legalizadamente, da mesma forma que a campanha adversária recebeu e recebeu um valor ainda maior. Para desespero desta direita enlouquecida o povo não aceita seu discurso explosivo, inflamado, porra-louca. Os petistas estão firmes com o partido, se organizam, debatem, mas se mantém nos limites da disputa política civilizada, dentro dos limites da legalidade. Ao invés de perder filiados, o PT os ganha. Novos filiados chegam aos milhares. Mas... nesta semana, jogaram uma bomba no Instituto Lula; não é a primeira vez que agridem fisicamente um espaço do PT. Duas sedes municipais já foram queimadas. São três atos de terrorismo físico, além do terrorismo midiático, jurídico, ideológico e político. Continuemos nas Notas Curtas:

Até quando?
Resta saber até onde, até quando, o partido, enquanto instituição vai aceitar ser agredido por terroristas e não encontrar abrigo nas instituições que cuidam da preservação e do respeito à lei, até quando o PT vai continuar dando a outra face e arranjando mais outra e mais outras e mais outras faces a apanhar. E... O que é mais difícil, até quando o PT, enquanto direção partidária vai conseguir segurar dois milhões de filiados e cinquenta milhões de simpatizantes. 

Dá para segurar?
Será que no meio dessa imensidade de gente, de corações, de mentes, de sentimentos, vai ser possível controlar o desejo de alguém revidar. E começar uma situação de instabilidade capaz de tirar a paz do País?

Querem a guerra?
Só que, cabe perguntar: não é isso mesmo que a direita está querendo? Particularmente, acho que sim. Mas tem muita gente que aceita a provocação e pode, a qualquer hora, perder a paciência e partir pro pau.

Pode aqui, pode ali
Isso é muito, mas muito ruim. Mas também é muito possível, porque se vai ficando provado que terrorismo contra o PT, pode. De repente, alguém – ou “alguéns” – pode se dar ao direito de pensar que contra os terroristas ou seus padrinhos, também pode.
Prosa &verso  C. Neto

terça-feira, 2 de junho de 2015

Duas pesquisas divulgadas na semana passada por Ibope e Vox Populi sobre como os brasileiros se sentem em relação ao futuro mostram como a grande mídia joga contra o país para desgastar o governo, ao privilegiar e exagerar no noticiário negativo.
Para 41% dos brasileiros, segundo o Ibope, a imprensa mostra a situação econômica do país mais negativa do que na realidade o cidadão percebe. "Isso revela que os níveis de contradição entre a realidade e o que a mídia publica chegaram a graus altíssimos", constata Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, em entrevista a Helder Lima, da Rede Brasil Atual.
Esta contradição apontada por Leal Filho pode ser explicada pelos números da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2014", também do Ibope: 75% dos 18.312 entrevistados em 848 municípios nunca lê jornal e 85% nunca lê qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros leem jornais diariamente. Acrescento: é este noticiário, porém, que serve de matéria prima e alimenta os comentários das redes sociais nas novas plataformas da mídia eletrônica.
Na mesma linha, pesquisa nacional do Vox Populi sobre sentimentos e expectativas a respeito da economia  revela que a opinião pública vive um pesadelo. Quase metade da população estima uma inflação mensal superior a 20% até o final do ano e apenas 7% dos entrevistados sabem que hoje menos de dez indivíduos em cada cem estão desempregados, enquanto 38% imaginam que a proporção de brasileiros sem emprego já ultrapassa os 40%.
"A nova pesquisa mostra que a quase totalidade dos brasileiros depois de ser bombardeada durante tanto tempo com a noção de "crise", perdeu a capacidade de enxergar com realismo a situação da economia", analisa Marcos Coimbra, do Vox Populi, em artigo publicado na última edição da revista Carta Capital, sob o título "A crise e suas interpretações".
Na abertura do texto, Coimbra se pergunta: "Quanto mal uma mídia partidarizada pode causar a um País? Que prejuízos a irresponsabilidade dos veículos de comunicação traz à sociedade?"
E ele mesmo responde mais adiante: "Todos sabem quão importante é o papel das expectativas na vida econômica. Quando a maioria se convence de que as coisas não vão bem, seu comportamento tende a produzir aquilo que teme: a desaceleração da economia e a diminuição do investimento público. A "crise" é, em grande parte, provocada pelas expectativas".
Os números do Ibope confirmam o que diz Coimbra: enquanto os dados das pesquisas mais recentes indicam uma inflação anual em torno de 8%, uma em cada três das 2.002 pessoas ouvidas não sabe apontar corretamente quais são os atuais níveis. Para 19%, ela já estaria acima dos 12% ao ano.
"Há uma contradição entre a realidade e o que é pauta. Essa contradição se mantém há muito tempo, e agora num grau de distanciamento muito maior. E isso explica a percepção da sociedade e do cidadão revelada nesses números".
Como se estivessem participando juntos de um debate, os dois analistas chegam às mesmas conclusões sobre diferentes pesquisas, e Coimbra lembra um ponto importante: "Ninguém defende que a população seja mantida na ignorância em relação aos problemas enfrentados pela economia. Mas vemos outra coisa. A mídia hegemônica deseduca ao deformar a realidade e por nada fazer para seus leitores e espectadores desenvolverem uma visão realista e informada do País. Fabrica assustados para produzir insatisfeitos".
Em 1968, o ano do AI_5, o golpe dentro do golpe, Caetano Veloso já cantava em "Alegria, Alegria":

E vamos que vamos. Para onde?
Extraído do B. do Kotscho

domingo, 17 de maio de 2015

Fernando Lucena: “Rogério Marinho é o homem do Saco Preto e deveria usar tornozeleira eletrônica”

O vereador, Fernando Lucena responderá amanhã o deputado federal, Rogério Marinho que fez severas acusações ao PT na convenção do PSDB de Parnamirim, chegando ao ponto de dizer: “Eu, como deputado, não tenho problema em confrontar um petista e dizer que‘vocês roubaram o país”.
Lucena disse que Rogério Marinho antes de fazer criticar o PT e falar de corrupção deveria explicar porque o relatório da Comissão Especial de Investigação que apurou o Escândalo do Saco Preto da Urbana desapareceu do arquivo da Câmara Municipal de Natal quando ele foi presidente. Ele deveria usar tornozeleira eletrônica para o povo saber por onde ele está andando.
O vereador do PT disse que Rogério Marinho responde um processo no STF por super faturamento de um anexo que ele construiu na Câmara para colocar o nome do avô dele e hoje o prédio está caindo e interditado porque está rachado. ” se Rogério Marinho fizer um túnel em Alcaçuz para fugir, nenhum presidiário tem coragem de entrar” disse Lucena sobre o deputado Rogério Saco Preto como ele é conhecido.
“Na URBANA até os urubus do lixão conhecia as coisas de Rogério” finalizou o vereador
Do B. Primo.

sábado, 2 de maio de 2015

Globo centra fogo em Lula


De um lado, temos o exemplo do ex-presidente FHC, que viaja o mundo falando mal do Brasil.
Do mesmo lado, o exemplo do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que saiu do governo, abriu a Gávea Investimento e a vendeu ao JP Morgan. Ficou bilionário oferecendo todo o tipo de informação privilegiada que obteve enquanto foi governo.
De outro, o ex-presidente Lula, que usa o seu capital político para ampliar as exportações de serviços das empresas brasileiras, gerando empregos e renda para o país.
Quem é o bandido?
Para a Globo, é Lula.
A matéria da Época, o braço da Globo no mercado de revistas semanais, é um primor de mentira e manipulação.
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O primeiro parágrafo nos permite vislumbrar a aparência e o odor do chorume da reportagem como um todo:
“Quando entregou a faixa presidencial a sua pupila, Dilma Rousseff, em janeiro de 2011, o petista Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Palácio do Planalto, mas não o poder. Saiu de Brasília com um capital político imenso, incomparável na história recente do Brasil. Manteve-se influente no PT, no governo e junto aos líderes da América Latina e da África – líderes, muitos deles tiranetes, que conhecera e seduzira em seus oito anos como presidente, a fim de, sobretudo, mover a caneta de seus respectivos governos em favor das empresas brasileiras. Mais especificamente, em favor das grandes empreiteiras do país, contratadas por esses mesmos governos estrangeiros para tocar obras bilionárias com dinheiro, na verdade, do Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, presidido até hoje pelo executivo Luciano Coutinho, apadrinhado de Lula.”
*
E dá-lhe infográficos, aqueles mesmos que nunca fizeram para a Operação Zelotes.
Uma liderança política não se esgota no cargo que ocupa. Claro que Lula se manteve “influente no PT, no governo e junto aos líderes da América Latina e da África”. Influência não é crime, sobretudo se ela nasce do sufrágio universal e do prestígio de ter realizado um bom governo.
Influência perniciosa é a da Globo, que nasce da ditadura.
Em seguida, a matéria fala em “tiranetes, que [Lula] conhecera e seduzira em seus oito anos como presidente.”
Afora o estilo Veja, grosseiro e preconceituoso, temos aqui um modelo maravilhoso de hipocrisia.
A Globo, antes de exportar novelas para um país, avalia se o líder político desse país é chamado de tiranete?
O primeiro mundo se tornou primeiro mundo não apenas fazendo acordos com “tiranetes”, mas ele mesmo implantando tiranias mundo à fora. Os Estados Unidos, por exemplo, fez isso aqui. Ajudou a instalar uma ditadura no Brasil, e daí ampliou seus negócios com o país.
No caso do Brasil, as empresas brasileiras estão tentando exportar para quem está interessado em comprar. Ponto.
Nos EUA, ex-presidentes que ajudam empresas americanas a ampliarem seus negócios no exterior são tratados com estadistas e patriotas.
Aqui, Lula é tratado como bandido.
Europa é fechada para nossas empresas, em virtude de suas rígidas (embora disfarçadas) políticas de reserva de mercado. Os EUA são mais abertos, mas a concorrência é imensa com as próprias companhias americanas. Mesmo assim, uma empreiteira brasileira – a mesma Odebrecht, que a Globo tenta criminalizar – está construindo o aeroporto de Miami.
Fechando o parágrafo, a mentira final, de que as obras são tocadas “com dinheiro do BNDES”.
Ora, o BNDES serve para quê? Para emprestar dinheiro às empresas brasileiras.
É empréstimo. O empresário pega e depois paga, com juros e correção monetária.
Uma das linhas mais avançadas do BNDES, em termos de incentivo ao desenvolvimento da nossa economia, é justamente o financiamento à exportação de serviços. O BNDES empresta e recebe de volta. É assim que o BNDES ganha dinheiro. A Globo está saudosa do tempo em que o BNDES era o seu banco privado? Ou melhor, seu sócio?
Do B. o Cafezinho.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Fidel Castro vota em eleições municipais em Cuba


Aos 88 anos, Fidel Castro registrou seu voto para as eleições municipais em Cuba
Apesar do voto não ser obrigatório em Cuba, até mesmo o ex-ditador Fidel Castro, 88, participou das eleições municipais realizadas neste domingo (19).
De acordo com a imprensa estatal local, Fidel votou de sua residência, em Havana. Como prevê a legislação, um representante de sua zona eleitoral buscou o voto e o depositou em uma urna instalada na Plaza de la Revolución.

Pleito

As autoridades eleitorais cubanas divulgaram que mais de 6,4 milhões de pessoas votaram, o que representa cerca de 76% dos eleitores do país.
Os representantes escolhidos serão “delegados” que representam as regiões onde moram diante de problemas da comunidade local.
Eles fazem parte das chamadas Assembleias Municipais do Poder Popular.

Opositores

Dois opositores entraram na corrida eleitoral pela primeira vez em Cuba, apesar de terem admitido derrota nas urnas. Hildebrando Chaviano, de 65 anos, e Yuniel López, de 26, foram escolhidos em uma espécie de eleição primária para representar bairros da região da capital, Havana.
Apesar de os dois se definirem como opositores ao regime castrista, nenhum deles participa de qualquer espécie de grupo dissidente.
Blog do Primo

quarta-feira, 1 de abril de 2015


"Sete em cada dez jovens tendem a aceitar suborno em forma de presente _ Maioria dos profissionais de até 24 anos hesita em denunciar corrupção, indica pesquisa".
A manchete do R7 neste domingo, em matéria assinada pela colega Joyce Carla (ver íntegra no link), baseada em pesquisa da ICTS Protiviti, empresa de consultoria e serviços, é a meu ver a mais grave ameaça para o futuro do país, já assolado por tantos casos de corrupção e de sonegação de impostos, os grandes ralos do dinheiro público.
Acima de todas as outras, estamos vivendo uma profunda crise de caráter, de valores e de princípios. É inevitável associar esta preocupante pesquisa sobre o perfil ético dos jovens profissionais das corporações brasileiras com as denúncias divulgadas esta semana sobre a quadrilha que agia no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, em que algumas das maiores empresas brasileiras criaram uma espécie de parceria público-privada para lesar o Tesouro Nacional em bilhões de reais, deixando no chinelo o que foi apurado até agora pela Operação Lava-Jato.
Os recursos das empresas contra autuações da Receita Federal eram julgados por servidores da Fazenda junto com representantes do sindicalismo patronal. "Nenhum outro país digno de menção tem um sistema semelhante", constata Elio Gaspari em seu artigo dominical na Folha.
Os números são assustadores, segundo os dados revelados pelo jornalista. "No Carf tramitam 105 mil processos com R$ 520 bilhões em autuações contestadas. A PF já achou 70 processos com desfechos suspeitos. Nove extinguiram cobranças que iam a R$ 6 bilhões. Se procurarem direito acharão cinco cobranças que valiam R$ 10 bilhões e viraram pó".
Entre as grandes empresas investigadas citadas em reportagem do Estadão, estão os bancos Bradesco (R$ 2,7 bilhões), Santander (R$ 3,3 bilhões), Safra (R$ 767 milhões), BankBoston (R$ 106 milhões) e Pactual, e mais Ford, Mitsubishi, BR Foods, Camargo Correa, Light e Petrobras. Segundo o jornal, o grupo RBS, afiliado da Rede Globo, está sendo investigado pelo pagamento de R$ 15 milhões para que sumisse do mapa um débito de R$ 150 milhões. São tantos milhões e bilhões desaparecidos nesta selva da terra de ninguém que a gente corre o risco de se perder.
A Operação Zelotes, deflagrada na quinta-feira, investiga os crimes de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Um estudo feito por procuradores da Fazenda Nacional, que já comentei aqui, estima que, em 2015, a sonegação de impostos deve bater na casa dos R$ 500 bilhões.  Se todos pagassem o que devem, em lugar de contratar bons advogados e pagar propinas, o governo federal certamente nem precisaria brigar tanto pelo seu pacote fiscal, que se destina mais a cortar gastos do que em aumentar a arrecadação.
Com estes exemplos vindos do andar de cima, não espanta a conclusão a que chegou Maurício Reggio, sócio-diretor do ICTS. "As pessoas estão acostumadas a pensar a corrupção como algo de fora, dos políticos, das autoridades. Não percebem as próprias atitudes. Com isso, têm um padrão para fora e não para si próprios". Dos 8.712 profissionais de 121 empresas pesquisadas, 82% admitiram aceitar atos antiéticos e 68% hesitam em denunciar casos de corrupção dos quais tomam conhecimento. Talvez muitos deles possam ser encontrados nas ruas e nas redes sociais nas manifestações contra a corrupção.
É esta desenfreada hipocrisia nacional que está minando os alicerces da nossa jovem democracia e colocando em risco o nosso futuro como Nação civilizada.
Vida que segue.
Do B. do Kotscho

segunda-feira, 23 de março de 2015

Atores, cineastas e músicos na lista do “suiçalão” do HSBC



Entre os 8.667 brasileiros que integravam a lista de correntistas secretos do HSBC da Suíça, em 2006/2007, há pelo menos 16 nomes da cultura nacional. Atores, atrizes, cineastas, músicos, escritores, publicitários e apresentadores de TV estão nas planilhas vazadas por um ex-funcionário do banco, informa o jornal O Globo.Um levantamento nas leis de fomento revela que muitos deles costumam receber verbas públicas para desenvolver suas atividades. Não se pode, porém, conectar o dinheiro captado aos recursos bancários na Suíça. Todas as personalidades citadas negam ter as contas. Pelas leis brasileiras, só comete crime quem não declara à Receita Federal e ao Banco Central possuir conta no exterior. Nomes da cultura nacional, ligados a música, TV, cinema e literatura, estão na lista dos 8.667 brasileiros que tinham contas numeradas - cujos donos são identificados apenas por um código - no HSBC da Suíça entre 2006 e 2007, segundo levantamento feito pelo Globo 

Há casos de personalidades que, nos últimos anos, por meio de leis de fomento à cultura, como a Lei Rouanet e o Fundo Nacional de Cultura, receberam recursos públicos para desenvolver atividades artísticas. Não é possível, porém, fazer conexão entre o dinheiro captado e os recursos que circularam nas contas bancárias na Suíça.
 Quatro membros da família de Jorge Amado constam dos arquivos extraídos da filial do banco em Genebra pelo ex-técnico de informática Hervé Falciani. Além do escritor, que morreu em 2001, aparecem na lista sua mulher Zélia Gattai, falecida em 2008, e os dois filhos: a editora gráfica Paloma e o escritor João Jorge. Segundo o HSBC, a conta da família na Suíça foi aberta seis meses antes da morte de Jorge e, em 2006/2007, estava zerada.

O cineasta Andrew Waddington, mais conhecido como Andrucha, também é listado como dono de uma conta numerada no banco suíço. Sócio da produtora Conspiração Filmes, ele aparece nos registros dividindo uma conta com seu irmão Ricardo Waddington, que hoje é diretor da TV Globo. Em 2006 e 2007, a conta dos dois não tinha saldo.

O também cineasta Hector Babenco surge com um registro de correntista aberto em abril de 1988 e fechado em junho de 1992.

Os atores Claudia Raia e Edson Celulari, que se separaram em 2010, são identificados como donos de uma conta conjunta que, em 2006/2007, guardava um total de US$ 135,7 mil.

LEI ROUANET E FUNDO NACIONAL DE CULTURA

O nome do ator Francisco Cuoco também aparece na lista do SwissLeaks. E ainda há mais duas atrizes nos arquivos do HSBC: Maitê Proença e Marília Pêra. A primeira consta como tendo aberto uma conta em Genebra em abril de 1990. Em 2006/2007, Maitê tinha US$ 585,2 mil em seu nome. Marília, por sua vez, aparece com um registro de abertura de conta em fevereiro de 1999. Em 2006/2007, ela dispunha de US$ 834 mil.

O apresentador Jô Soares é relacionado a quatro contas numeradas, abertas entre abril de 1988 e janeiro de 2003. Em 2006/2007, todas elas estavam zeradas. Nos documentos do banco, Jô surge associado a duas pessoas jurídicas: a Lequatre Foundation, de Liechtenstein, e a Orindale Trading, das Ilhas Virgens Britânicas. Os dois países são considerados paraísos fiscais.

Também constam na lista de brasileiros o músico Tom Jobim, que morreu em 1994. Ele dividiu uma conta com a mulher, Ana Lontra Jobim, que, por sua vez, ainda aparece como dona de outras duas contas. O publicitário Roberto Medina surge nos registros como correntista entre os anos 1990 e 2000. Em 2006/2007, a conta dele estava zerada.

Na lista, constam ainda nomes de celebridades cujas contas bancárias são de período anterior à sua condição de pessoa pública.

Com exceção de Jô Soares e Ricardo Waddington, os artistas e intelectuais listados nas planilhas do HSBC de Genebra desenvolveram ou participaram de trabalhos financiados, em parte, por dinheiro de fomento à cultura.

Claudia Raia, por meio da Raia Produções, captou, de 2009 a 2015, R$ 7,4 milhões via Lei Rouanet para os musicais "Pernas pro ar", "Charlie Chaplin" e "Raia 30 Anos". Edson Celulari, por meio da Cinelari Produções Artísticas, captou, de 1997 a 2012, R$ 2,6 milhões para as peças "D. Quixote de lugar nenhum", "Fim do jogo", "Nem um dia se passa sem notícias suas" e "Dom Juan".

A Conspiração Filmes, de Andrucha, captou R$ 13,4 milhões, conforme dados do Ministério da Cultura (MinC). O dinheiro foi liberado para projetos como "Taça do Mundo é Nossa Casseta & Planeta O Filme", "Matador" e "Eu Tu Eles".

Marília Pêra, através da Peramel Produções Artísticas, captou R$ 100 mil via Lei Rouanet para montar e divulgar a peça "A filha da...", que estreou em 2002 com a própria Marília em cena.

A HB Filmes, de Hector Babenco, captou R$ 16,2 milhões para trabalhos como o filme "Carandiru" e a peça de teatro "Hell".

Ainda segundo dados do MinC, a empresa Rock World, de Roberto Medina, captou R$ 13,6 milhões para o Rock in Rio 2013 e 2015.

A empresa M. Proença Produções Artísticas, de Maitê, captou R$ 966,9 mil via Lei Rouanet para as peças "Achadas e perdidas", "Isabel" e "À beira do abismo me cresceram asas".

O ator Francisco Cuoco já atuou em peça patrocinada em 2009 pela estatal Eletrobras ("Deus é química"). Em 2011, estrelou "Três homens baixos", com apoio da Lei Rouanet.

A Fundação Casa de Jorge Amado, que funciona em Salvador, conta com apoio do MinC. Segundo a assessoria da pasta, entre 2009 e 2012, recebeu do Fundo Nacional de Cultura R$ 477 mil e captou pela Lei Rouanet R$ 1,2 milhão.

Na mesma lei, a Fundação Tom Jobim captou R$ 1,7 milhão. O dinheiro foi usado em eventos como a exposição "Tom Jobim, música e natureza".

VALORES NO EXTERIOR PRECISAM SER DECLARADOS

De acordo com a legislação brasileira, enviar e manter dinheiro no exterior não é necessariamente um crime. Isso só acontece quando o contribuinte não declara à Receita Federal e ao Banco Central que mantém valores fora do país.

Nesse caso, o cidadão pode ser processado por evasão de divisas e por sonegação fiscal. Se tiver cometido outro crime anteriormente, também pode acabar respondendo por lavagem de dinheiro.

Por suspeitar da origem dos recursos depositados pelos correntistas do HSBC na Suíça, a Receita, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Polícia Federal já investigam o caso.

A suspeita se deve, sobretudo, ao fato de as contas de Genebra serem numeradas, e os clientes, identificados apenas por um código alfanumérico.

Desde 8 de fevereiro, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), composto por 185 jornalistas de mais de 65 países, publica reportagens com base nas planilhas que foram vazadas em 2008 pelo ex-funcionário do banco Hervé Falciani. As informações são do Globo.
Bog do P. Lula

domingo, 1 de março de 2015

Publicado em 01/03/15 às 12h04

A marcha dos derrotados tucanos e seus sabujos

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Marcha da Família em São Paulo, no dia 19 de março de 1964 / Foto: Reprodução/Capa Correio da Manhã
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As "marchadeiras" estão de volta. Foi também num mês de março, 51 anos atrás, que as senhoras da UCF (União Cívica Feminina) e do MAF (Movimento de Arregimentação Feminina) saíram às ruas de São Paulo na "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", a senha para o golpe de 1964 desencadeado apenas 12 dias depois, que jogaria o país numa ditadura militar por longos 21 anos.
Estava no centro da cidade neste dia 19 de março. Vi a elegante multidão, calculada em 500 mil pessoas, que saíra da praça da República, atravessando o Viaduto do Chá e marchando em direção à catedral na praça da Sé, gritando palavras de ordem e empunhando faixas contra a subversão e a corrupção: "Um, dois, três, Brizola no xadrez. Se tiver lugar, vai o Jango também". Jango era João Goulart, o presidente da República, e Leonel Brizola, seu cunhado e governador do Rio Grande do Sul, ambos gaúchos.
O objetivo era um só: derrubar o governo e vingar a derrota imposta aos paulistas em 1932, como registrou no dia seguinte a Folha de S. Paulo: "A disposição de São Paulo e de todos os recantos da pátria para defender a Constituição e os princípios democráticos, dentro do mesmo espírito que ditou a Revolução de 32, originou ontem o maior movimento cívico já observado em nosso Estado".
As mulheres foram na frente, acompanhadas pela criadagem das suas residências e funcionários das empresas dos maridos, dispensados do cartão de ponto naquele dia. Na retaguarda, sem dar as caras na rua, ficaram os mentores da conspiração armada pelo complexo empresarial-midiático-militar, com o apoio dos Estados Unidos, reunidos no Ipes (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática). O resto é história que hoje pode ser pesquisada no Google.
***
A função de um jornalista é contar o que está acontecendo nos dias atuais, sem brigar com os fatos, gostando ou não deles, mas para entende-los é preciso recuar no tempo e buscar as raízes das crises cíclicas vividas pela nossa jovem República, como esta de agora. É uma das poucas vantagens de se ficar velho nesta profissão.
Naqueles dias de 1964, quando tinha acabado de completar 16 anos, vivíamos o auge da Guerra Fria, com o mundo dividido ao meio entre o capitalismo dos Estados Unidos e o comunismo da União Soviética.
A Guerra Fria acabou junto com a União Soviética, as siglas Ipes, Ibad, UCF e MAF sumiram na poeira, a ditadura morreu de velhice e os militares estão nos quartéis, fora da cena política, cumprindo suas missões constitucionais, não há navios da esquadra americana rondando as costas brasileiras, acabamos de sair da sétima eleição presidencial consecutiva após a redemocratização do país, mas tem gente poderosa, principalmente na burguesia paulista, que ainda vive com o espírito de 1932 e 1964.
Só o que não mudou foram os barões da mídia, que continuam exatamente os mesmos, utilizando os mesmos métodos. Essa gente não esquece, não aprende e não perdoa. Se ontem o inimigo a ser abatido era Getúlio Vargas e, mais tarde, foram os seus herdeiros políticos Jango e Brizola, hoje são Lula e Dilma. Em lugar dos gaúchos, os inimigos são os nordestinos que votam no PT. Para combate-los, os udenistas que levaram Vargas ao suicídio, criaram vários partidos e acabou sobrando só o PSDB.
***
No ano passado, sentiram que poderiam ganhar as eleições com Aécio Neves e varrer o PT do mapa. Ficaram muito animados, jogaram no tudo ou nada, e acabaram sendo derrotados pela quarta vez seguida. Perderam por pouco mais de três milhões de votos, mas não se conformaram, e logo começaram a falar em impeachment (até pediram um parecer a renomado jurista) e a promover pequenos protestos do "Fora Dilma", que fracassaram em público e renda.
Com o agravamento da crise política, econômica e ética enfrentada pelo governo petista, tendo como epicentro a Petrobras, que eles já combatiam desde a criação da empresa no último governo Vargas, sem que a presidente e o partido mostrem poder de reação, os derrotados de 2014 e seus sabujos resolveram organizar e jogar todas as suas fichas numa nova marcha programada para o próximo dia 15 de março.
Agora, a CUT e vários movimentos sociais resolveram também promover um ato em defesa da Petrobras, diante da sede da empresa em São Paulo, marcada para o dia 13. Só para lembrar: 13 de março de 1964 foi o dia do célebre Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, que marcou a guinada à esquerda de Jango e o início do fim do seu governo.
E adivinhem quem estava lá, ao lado do presidente, defendendo as reformas de base e a indústria nacional? José Serra. Sim, o próprio, que agora está do outro lado, muito animado com o ato do "Fora Dilma" do dia 15.
Como presidente da União Brasileira de Estudantes, o jovem Serra, aos 22 anos, fez um dos discursos mais radicais daquela noite. "A questão básica do meu discurso era a mobilização antigolpe, que tínhamos de nos mobilizar", lembraria ele, 50 anos depois, em entrevista à Folha.
***
Reunidos em São Paulo na sexta-feira, os caciques do PSDB, liderados por Fernando Henrique Cardoso, com a participação do mesmo José Serra, anunciaram que defendem as manifestações pelo impeachment de Dilma, mas sem envolver o partido, e avisaram que não irão ao ato marcado para a avenida Paulista. "Quanto mais populares, mais fortes serão os protestos", justificou Aécio Neves, o presidenciável tucano derrotado.
Assim como os mentores da grande "Marcha da Família", os tucanos preferem ficar na moita e ver tudo da janela, sem suar a camisa. O que vier é lucro. A mobilização deve ficar por conta das lideranças anônimas nas redes sociais e da mídia aliada.
O clima radicalizado e cada vez mais agressivo dos dois lados, na cidade e no país, às vezes me faz lembrar os dias tumultuados que antecederam o golpe de 1964, mas é evidente que tudo mudou no Brasil e no mundo, tornando imprevisíveis o tamanho e as repercussões da marcha dos derrotados inconformados.
Está claro também que o ato mobilizará setores além do tucanato udenista e seus sabujos, dos mais variados partidos e tendências políticas, à esquerda e à direita, inclusive eleitores petistas que votaram em Dilma há apenas quatro meses, e se mostram descontentes com os rumos do governo no segundo mandato.
Basta dizer que hoje apenas um entre cada quatro brasileiros apoia o governo Dilma-2 (23% de ótimo e bom no último Datafolha), que também só tem o apoio garantido de um em cada quatro parlamentares na Câmara comandada pelo seu desafeto Eduardo Cunha.
Aconteça o que acontecer, não se deve esperar coisa boa nos dias seguintes, pois o que realmente move os organizadores deste ato, por tudo que já foi divulgado nas redes sociais, é o ódio ao PT e aos nordestinos, e a vingança contra as vitórias de Lula e Dilma nas últimas eleições presidenciais.
Só espero que a história não se repita, nem como farsa.
Vida que segue.
Balaio do Kostoch

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Lucena: “José Agripino era a reserva moral e se desmancha como castelo de areia”

Vereador afirma que senador do DEM trilha caminho idêntico ao de Demóstenes Torres e tende a ser cassado

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Lembra o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, que foi cassado em 2012 pelo Senado por quebra de decoro parlamentar por favorecer o bicheiro Carlos Cachoeira, ficando inelegível por oito anos? Pois bem, para o vereador petista Fernando Lucena, o senador potiguar José Agripino Maia (DEM) trilha o mesmo caminho. “Acho que o caminho de Agripino está parecido com o de Demóstenes, também tido à época como uma reserva moral da direita, mas que caiu como castelo de areia. Infelizmente é o que está acontecendo”, disse o vereador, ao falar com a reportagem de O Jornal de Hoje nesta manhã.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino. O pedido tem por base a delação premiada do empresário George Olímpio, pivô do esquema de corrupção da inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Conversas gravadas pelo empresário comprometeriam José Agripino, que teria solicitado e recebido mais de R$ 1 milhão em propina para ser lobista do esquema junto ao governo do DEM no Estado, a cargo da então correligionária do senador, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Para Lucena, é lamentável que o senador Agripino esteja envolvido em um escândalo como esse. “Você não aponte os defeitos dos outros com os dedos melados. Agripino era a reserva moral da direita e agora se desmancha como castelo de areia”, frisou o vereador, ao fazer referência à postura de Agripino de sempre atacar o governo federal, durante as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da atual presidente Dilma Rousseff.
Apesar da crítica, o vereador ressalta que o momento como um todo está sendo péssimo para classe política. Ele compara a atividade política com a do Poder Judiciário, destacando que os escândalos, embora existam em todos os poderes, ganham maior destaque na política. “Isso não é bom. É muito triste para a classe política, porque ela vem sofrendo muito. Os outros poderes, como o Judiciário, têm escândalos, mas não rendem na mídia, mas quando é político, fazem um carnaval. Hoje em dia, para ter vida pública decente e limpa, a pessoa nivela por baixo e não por cima”, frisou.
Conhecido como “metralhadora humana”, por criticar sem dó nem piedade as mazelas da administração pública e as incoerências políticas, Lucena mantém a posição de que a corrupção é uma praga. Ele defende a pena de morte para corrupto, por considerar ser crime que destrói a sociedade em massa e em cadeia. “O corrupto é mais criminoso que o estuprador. O estuprador estupra quatro mulheres e é preso, mas o corrupto mata a criança, tira curativo do hospital, é um câncer social, e fica impune. O corrupto está em todos os partidos. Ninguém venha dar uma de santinho. Tem bandido em todos os partidos. Se o PT tem, tem que ser punido. Se o PSDB e o DEM têm, a mesma coisa. O partido não pode ser culpado, porque é apenas quem elege; o instrumento da sociedade para ter representação”.
Prefeitura de Natal é omissa ao não cobrar  dívida milionária do Seturn
Presidente da CEI do SETURN, o vereador Fernando Lucena criticou a omissão da prefeitura de Natal quanto ao cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Pelos termos do documento, assinado em 2008 por Carlos Eduardo, todas as frotas de ônibus deveriam ser adaptadas a pessoas com deficiência física, sob o risco de multa diária de R$ 10 mil reais. Pelos cálculos da Procuradoria da Câmara, a multa, atualizada, seria, hoje, de R$ 19 milhões, e deveria ser paga pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivos do Rio Grande do Norte (SETURN).
“Em cima disso o prefeito baixou um decreto, de número 8.519, de 27 de agosto de 2008, com a regulamentação do TAC. E esse decreto não foi revogado. Como não houve o cumprimento, inclusive a entrega dos 20 micro-ônibus, o TAC está valendo e a Prefeitura não cobra ao SETURN a multa de R$ 19 milhões”, diz Lucena, afirmando que a CEI do SETURN está comprovando que a relação da entidade com a STTU “é promíscua e diria que totalmente afronta o cidadão natalense”, afirmou, defendendo que essa relação tem que ser revista.  Para ele, se não existisse a STTU, seria muito bom para Natal, porque é um órgão que não funciona e é omisso, fazendo apenas o que o SETURN determina.
“Nós vamos defender a apuração rigorosa disso. Vamos encaminhar ao Ministério Público”, afirmou o vereador, informando que a CEI chegará a termo em maio, quando o relatório deverá ser votado pelos vereadores. Entre as medidas que já se encontram prontas para ser encaminhadas por meio da CEI está a regulamentação do transporte público. “O empresário quer ganhar dinheiro, mas não pode ganhar de forma irregular”.
“Falta óleo de peroba na cara de pau de Rogério Marinho”
Lucena criticou o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), por criticar o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, mas permitir que vereadores do PSDB apoiem a gestão municipal na Câmara de Vereadores. “O que falta para Rogério é óleo de peroba na cara de pau dele”, afirmou o vereador, afirmando que Rogério é da leva de políticos potiguares afeitos a sugar governos, debilitando-os, abandonando-os e traindo-os ao final. Foi assim com Micarla de Sousa na Prefeitura de Natal e Rosalba Ciarlini na gestão estadual. Ainda conforme Lucena, neste caso, o PSDB do tucano segue a mesma linha do PMDB de Henrique Alves e do PR do ex-deputado federal João Maia.
“Rogério critica o prefeito duramente, e seu partido apoia o prefeito na Câmara. A sociedade acompanha e o povo não tolera mais oportunismo e carreirismo. Chupa a laranja e joga o bagaço fora. Rogério Marinho tem que ter posicionamento. Como presidente estadual do PSDB ele fala mal do prefeito, mas o seu partido está na Câmara apoiando. Isso mostra falsidade ideológica do ponto de vista político”, analisou Lucena.
“Robinson vai surpreender na gestão assim como surpreendeu na eleição”
Ao avaliar os quase dois meses de gestão do governador Robinson Faria (PSD), Lucena afirmou que o governante estadual irá “surpreender na administração como surpreendeu nas eleições”. Para o petista, “Robinson vai fazer um grande governo, e já mostra isso com o pagamento em dia dos servidores, a retomada do Centro de Convenções, o pagamento do piso salarial dos professores”. Para o petista, enquanto em governos passados, neste momento havia greves, no atual governo isso não se dá justamente pela postura do novo governo de cumprir com a palavra. “Nos governos passados os professores já estavam em greve. Estamos vendo piso salarial dos professores sendo pago. Os professores veem diferentes governos. Robinson vai recuperar o Rio Grande do Norte”.
Apesar do otimismo, Lucena lembra que a situação do Estado é precária. “A situação do governo é de pegar cadáver na pedra do ITEP”, afirma. “Robinson está pegando o Estado na UTI”, comparou, criticando a sanha oposicionista que não deixa sequer o novo governo se estabelecer e já parte para críticas precipitadas e raivosas. “Já vi políticos fazendo pronunciamento cobrando do governo com menos 60 dias. É muito interessante. São os mesmos políticos que passaram 50 anos no governo e nunca cobraram. Era tudo calado, com eles tudo mamando. E agora coabram de Robinson que nem esquentou a cadeira ainda. Ninguém acredita. Acho que Robinson será um grande governador e se depender do PT vai fazer esse grande governo”. ?
“Estão tirando nomes da Lava Jato”
Sobre a operação Lava Jato, que investiga o Petrolão, Lucena acredita que estão retirando nomes de políticos envolvidos da denúncia. Entre os nomes retirados estariam o do atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o do ex-deputado federal Henrique Alves. A denúncia era para ter saído no início de fevereiro, mas até agora não saiu e está prevista para amanhã.
“Está atrasada. O procurador demorou demais. A lista foi anunciada e o Supremo tinha pedido informações. Seria entregue no dia 2 de fevereiro, no fim do mês, e não foi feito. Nós já sabemos que o presidente da Câmara foi retirado da denúncia. E outros que estão sendo retirados”, disse Lucena. “Estão tirando nome da lista. Tirando quem está com rabo preso, e colocando quem não está. Eu não confio”, frisou.
Fonte: Jornal de Hoje

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Agripino Maia, presidente do DEM é acusado de receber R$ 1 milhão em propina


Um empresário do Rio Grande do Norte admitiu ter pagado propina para aprovar, na Assembleia Legislativa, uma lei sob medida para os seus negócios no Detran estadual. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, George Olímpio contou ter dado dinheiro ao atual presidente da Assembleia, ao ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), já falecido, ao filho da ex-governadora Wilma Faria (PSB), Lauro Maia, e ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do DEM, ex-líder do partido e coordenador-geral da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB).A fraude, de acordo com ele, começou com a prestação de serviços de cartório de seu instituto para o Detran do Rio Grande do Norte. Cabia à empresa de George cobrar uma taxa de cada contrato de carro financiado no estado. Segundo ele, de cada R$ 75 cobrados pelo serviço, R$ 15 foram distribuídos como propina a integrantes do governo entre 2008 e 2011.

O empresário contou que, em seguida, comprou o apoio de políticos locais para aprovar uma lei que tornava obrigatória a inspeção veicular no estado, inclusive para carros zero km. Caberia novamente à sua empresa o comando dos serviços, mas o negócio foi barrado pelo Ministério Público por suspeita de fraude. As revelações da Operação Sinal Fechado, na época, levaram à prisão em caráter preventivo o então suplente de Agripino, João Faustino (PSDB-RN), acusado de atuar como lobista do grupo,  como mostrou o Congresso em Foco. (Tucano suplente de Agripino é preso em Natal)

Em entrevista ao Fantástico, George Olímpio afirmou que deu R$ 1 milhão a Agripino após pedido feito pelo senador. O delator afirma que Agripino lhe disse, inicialmente, ter conhecimento de que ele havia destinado R$ 5 milhões para a campanha de Iberê. O empresário contestou a informação e disse que havia repassado R$ 1 milhão ao então governador.

“Ele [Agripino] disse: pois é, e tal, como é que você pode participar da nossa campanha? Eu falei R$ 200 mil. Disse: tenho condições de lhe conseguir esse dinheiro já. Estou lhe dando esses R$ 200 mil, na semana que vem lhe dou R$ 100 mil. Ele disse: ‘pronto, aí vai faltar R$ 700 mil para dar a mesma coisa que você deu para a campanha de Iberê’. Para mim, aquilo foi um aviso bastante claro de que ou você participa ou você perde a inspeção. Uma forma muito sutil, mas uma forma de chantagem. R$ 1,15 milhão foram dados em troca de manter a inspeção”, disse o delator ao Fantástico.

Residência oficial

O empresário contou, ainda, que o esquema de corrupção era negociado na residência oficial da então governadora Wilma de Faria, hoje vice-prefeita de Natal. O negociador, segundo ele, era Lauro Maia, filho de Wilma. “A gente marca o encontro no escritório, exatamente para eu repassar esse dinheiro a ele. Todo mês era feito o encontro de contas”, afirmou o delator.

George disse ter contado com o apoio do atual presidente da Assembleia, o deputado estadual Ezequiel Ferreira (PMDB), para aprovar a obrigatoriedade da inspeção veicular sem qualquer discussão nas comissões temáticas da Casa. “Eu digo: de quanto é que seria essa ajuda? Aí o Ezequiel me diz: George, uns 500 mil. Eu tenho como pagar 300 mil. Eu dou 150 quando for aprovado e os outros 150 você me divide em três vezes”, contou o delator. Ezequiel foi denunciado semana passado pelo crime de corrupção passiva.

Faturamento bilionário

Em 2011, quando o esquema da inspeção veicular veio à tona com a Operação Sinal Fechado, 34 envolvidos foram denunciados, inclusive o empresário. Mas só no ano passado ele decidiu colaborar com as investigações.

Com essa fraude, o grupo criminoso pretendia faturar R$ 1 bilhão ao longo de 20 anos de exploração de uma concessão pública, segundo o Ministério Público.

“Ele estava se sentindo abandonado pelos comparsas, pelos demais membros da organização criminosa e ele, temendo ser responsabilizado penalmente sozinho, procurou o Ministério Público em troca de colaborar para ter a obtenção de alguma espécie de benefício”, disse a promotora de Justiça Keiviany Silva de Sena. Assim como Lauro Maia, Ezequiel e a família de Iberê negaram qualquer envolvimento com o caso. Do congresso em foco, e foi publicado um notinha no fim da página da Uol

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Tirar Dilma e Lula do jogo: o PSDB só pensa nisso

Para refletirmos durante o Carnaval: o que move o PSDB, qual é o seu projeto de país, além da obsessão em derrubar Dilma e tirar Lula do jogo?
A julgar pelas manifestações dos seus representantes no Congresso Nacional e a guerra de extermínio desfechada nos últimos dias por seus robôs na internet, nada mais interessa.
Para alcançar estes objetivos, vale tudo, até se aliar a bolsonaros e caiados, e entregar o comando das oposições a um "aliado" do governo, o todo-poderoso presidente da Câmara, Eduardo Cunha. 
Ou alguém acredita que os tucanos estão realmente preocupados com os destinos da Petrobras, a vida da população e os rumos do país?
Outro dia perguntei no JRN ao deputado Carlos Sampaio, lider do PSDB na Câmara, quais eram os projetos do partido para 2015, além de pedir a criação de CPIs para investigar o governo. Sampaio deu uma resposta genérica e não consigo me lembrar de nenhum tema relevante.
Todas as iniciativas políticas, desde a reabertura dos trabalhos do Congresso há duas semanas, não partiram nem do governo nem da oposição, mas do suprapartidário Eduardo Cunha.
Por onde andam os caciques tucanos? Que fim levou Aécio Neves, o presidente do partido e candidato derrotado por pouco nas últimas eleições? Parece um vagalume, que vez ou outra acende em Brasília, solta uma nota ou faz um discurso, e some novamente. Alckmin, outro nome apontado como possível candidato em 2018, dedica-se atualmente apenas a achar água em São Paulo para evitar o racionamento. Serra só se movimenta nos bastidores. E FHC continua FHC.
O fato é que 2018 ainda está muito longe e o PSDB simplesmente não se conforma com a quarta derrota seguida para o PT. Desde o primeiro minuto após a reeleição de Dilma, o partido só pensa em encontrar atalhos para voltar ao poder, só pensa nisso.
Por isso, mesmo que não assumam esta bandeira abertamente agora, o impeachment tornou-se o caminho mais curto para a retomada do Palácio do Planalto, como fica claro nas convocações feitas pelas redes sociais para o protesto do "Fora Dilma" marcado para o dia 15 de março.    
O dilema tucano é que não bastará tirar Dilma. É preciso, antes, tirar Lula do jogo. É o que leva o PSDB a jogar todas as suas fichas no Judiciário e na mídia, a bordo da Operação Lava-Jato, como se tivessem descoberto um novo Plano Real.
A quem pensam que enganam? E o país que se dane.
Do B. do Kotscho.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015



Deputado Kelps diz que no RN há professores que não merecem o que ganham
O deputado estadual Kelps Lima afirmou que no estado do Rio Grande do Norte há professores que não merecem o que ganham, pois, segundo ele, produzem muito pouco. A declaração foi dada nesta quinta-feira (12), durante a votação do projeto de lei que reajusta o salário dos professores e especialistas em educação da rede estadual.
Na ocasião, o deputado convocou à assembleia para fazer um debate sobre a meritocracia, abrindo caminho para a possibilidade de implantação desse sistema na rede estadual de ensino. A Coordenadora Geral do SINTE/RN, Fátima Cardoso, criticou o discurso do deputado. “O deputado (Kelps Lima) tem à frente dele um microfone num ambiente climatizado, um bom salário e não é avaliado. Nós profissionais da educação temos alunos, salas quentes, ambiente insalubre e um salário irrisório. Fica o nosso protesto a este tipo de manifestação e conduta de anti profissionalismo”, critica a sindicalista.
SINTERN