terça-feira, 11 de novembro de 2008

Olhaí o PAC chinês, gente!

11/11/2008

Está nos sites e jornais do mundo inteiro. A China lança seu Plano de Aceleração do Crescimento. A direita brasileira agora aplaude, esquecendo que se trata do mesmo pacote lançado por Lula há um ano atrás.

Só tem três diferenças: 1) que Lula saiu na frente; 2) que diminui a Carga Fiscal em 17,6 bilhões, o que Lula já o fez há três anos em 21 bilhões e 3) porque lá tem que consertar tudo que foi destruído por um terremoto e aqui não houve terremoto.
Diante da crise financeira internacional, o governo da China anunciou neste final de semana um pacote econômico de grandes proporções, cuja principal finalidade será estimular sua demanda doméstica. As cifras anunciadas ultrapassam os US$ 585 bilhões.
Conheça os 10 pontos principais do pacote, dividido por setores:
Habitação: construir moradias mais acessíveis aos chineses de baixa renda, a fim de eliminar as favelas. Será ampliado um programa piloto para reconstruir as moradias rurais. Os nômades serão estimulados a se estabelecer em locais apropriados.
Infra-estrutura rural: acelerar a construção de infra-estrutura desse setor. As estradas e a rede de eletricidade no campo serão melhoradas, assim como serão intensificados os esforços para impulsionar o uso de gás metano e para garantir a chegada de água potável até essas regiões. Essa parte do plano também inclui acelerar o projeto de desvio da água do Norte para o Sul. A conservação da água em áreas de risco será fortalecida.
Transporte: acelerar a expansão da rede de transporte. Serão ampliadas as linhas férreas e haverá a construção de mais aeroporto no oeste do país. As redes de eletricidade urbanas serão modernizadas.
Saúde e Educação: reforçar os serviços de saúde a partir da melhora do sistema médico de base. O desenvolvimento dos setores cultural e educativo e a construção de escolas secundárias nas áreas rurais e à oeste será acelerado.
Meio ambiente: melhorar a proteção do meio ambiente elevando a construção de instalações de saneamento básico, bem como prevenir a contaminação da água em áreas-chave do país. Acelerar os programas de cinturões verdes e de semeadura de bosques naturais. Incrementar o apoio aos projetos de conservação de energia e de controle da contaminação.
Indústria: elevar a inovação e a reestruturação industrial e apoiar o desenvolvimento de indústrias de alta tecnologia e de serviço.
Recuperação/obras: acelerar a reconstrução nas áreas afetadas pelo terremoto de 12 de maio.
Investimentos: elevar os investimentos médios nas áreas rurais e urbanas. Incrementar os subsídios mínimos anuais para a compra de cereais e produtos agrícolas em geral. Incrementar os fundos de pensão dos funcionários de empresas e as subvenções para aqueles que executam serviços especiais.
Impostos: ampliar as reformas das normas do imposto de valor agregado para todas as indústrias, medida que reduzirá a carga corporativa fiscal em cerca de US$ 17,6 bilhões. A modernização tecnológica será estimulada.
Finanças: Elevar o apoio financeiro para manter o crescimento econômico. Eliminar as cotas de crédito aos credores comerciais. Incrementar apropriadamente o crédito bancário para projetos prioritários, áreas rurais, empresas de menor porte, inovação técnica e racionalização industrial por meio de fusões e aquisições.
Lá na China pode. Lá pode até comunismo...

Crispiniano Neto: prosa & verso

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