sexta-feira, 28 de março de 2014

O palanque do acordão, por Fernando Mineiro

Diógenes Dantas,
mineiro_pt_370A chapa do acordão anunciada hoje é uma síntese da mesmice que se repete em nosso Estado há quase 40 anos.
Em vez de olhar para frente, o chapão da acomodação entre o PMDB e seus aliados olha para trás: tem o apoio dos 7 ex-governadores que vêm do passado para oferecer ao povo as mesmas e não cumpridas promessas de futuro.
Começando por Lavoisier Maia, nomeado governador pela ditadura militar, que sucedeu Tarcísio Maia, pai de José Agripino, prefeito biônico de Natal, também nomeado pelo regime militar, o palanque do acordão é uma rede de nomes, sobrenomes, parentescos, correligionários e ex-adversários novos correligionários.
Dele não faz parte, ainda, a atual governadora do DEM, que recebeu apoio do PMDB até o ano passado, mas que hoje tem a rejeição da imensa maioria dos norte-rio-grandenses e até do seu próprio partido.
Os grandes ausentes do palanque do acordão são os projetos ou as propostas para enfrentar os verdadeiros problemas do Estado, agravados ainda mais nos últimos 4 anos.
Nada une o palanque do acordão a não ser o medo político um do outro, a desconfiança mútua entre seus membros e o vergonhoso rateio das vagas em disputa nas próximas eleições.
Mas a falta mais sentida neste palanque do acordão, onde se fazem ironicamente presentes todos os responsáveis pelos destinos do Estado em quase meio século, é o povo – os interesses justos e as necessidades reais do povo, que sabe, hoje, não existir melhor palanque do que as ruas, e que vai saber enfrentar e derrotar tamanha desfaçatez política, escolhendo entre a mesmice e a possibilidade real de mudança.
Fernando Mineiro (Deputado Estadual PT-RN)

quarta-feira, 26 de março de 2014

Aliados de Henrique são a ‘cara’ dos últimos 40 anos no RN, critica Fernando Mineiro

Deputado petista critica formação de palanque com PSB de Wilma, PMDB de Garibaldi e DEM de Agripino

Mineiro: “Precisamos montar outro padrão de debate e buscar alternativas. É isso que nós estamos construindo, o PT e o PSD”. Foto: Divulgação
Mineiro: “Precisamos montar outro padrão de debate e buscar alternativas. É isso que nós estamos construindo, o PT e o PSD”. Foto: Divulgação
Alex Viana
Repórter de Política
Todos os últimos ex-governadores do Rio Grande do Norte, de quatro décadas para cá, apoiarão a candidatura do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) a governador do Estado, desde Lavoisier Maia (PSB), passando por José Agripino (DEM), Geraldo Melo (PMDB), Vivaldo Costa (Pros), Garibaldi Filho (PMDB), Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB), deixando de fora apenas Fernando Freire, que está fora da política.
A constatação é do deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Segundo ele, o palanque em torno do presidente da Câmara dos Deputados representa a “síntese dos últimos 40 anos, síntese de onde o nosso estado chegou”, afirmou, em entrevista ao Jornal de Hoje.
“Na verdade, o palanque que está se montando em torno de Henrique é o palanque da síntese dos últimos 40 anos. Tem o apoio de todos os ex-governadores, de Lavoisier até hoje. É a síntese de onde o nosso estado chegou”, afirmou Mineiro, defendendo a necessidade de se debater novos rumos para o Estado. “Precisamos montar outro padrão de debate e buscar alternativas. E é isso que nós estamos construindo, o PT e o PSD”, afirmou o petista.
Ao falar de alternativas, Mineiro se refere à chapa que deverá ser apresentada pela oposição, liderada pelo vice-governador Robinson Faria (PSD), como candidato a governador, e pela deputada federal Fátima Bezerra (PT), candidata ao Senado Federal. Segundo ele, o objetivo do grupo será “furar esse cerco que está sendo montando de uma unanimidade que será muito negativa para o RN. Unanimidade que não discute, não debate os problemas”.
Mineiro é o segundo deputado estadual que se pronuncia de modo negativo em relação ao passado recente do Rio Grande do Norte. O primeiro foi o deputado José Dias (PSD). A tese de ambos é que, nas quatro últimas décadas, o estado não soube driblar as dificuldades e desenvolver a contento. Para chegar a tal conclusão, basta comparar o RN aos vizinhos estados de Pernambuco e Ceará e, mais recentemente, da própria Paraíba. “Não é critica, é constatação”, afirma Mineiro.
ROBINSON
O deputado Fernando Mineiro confirmou a candidatura de Robinson a governador do Rio Grande do Norte. Ele criticou setores da mídia e da própria classe política, que estariam fomentando boatos de desistência do líder estadual do PSD. “A política está tendo como combustível a fofoca, em vez de debater os problemas do Estado”, afirma. “A resposta que nós temos é a programação entre PT e PSD, para conversar com os filiados na região”.
Nesta terça, o PT divulgou a agenda de trabalho conjunta com o PSD para o mês de abril, quando estão previsto encontros regionais em todo o Estado. As reuniões terão como objetivo debater os desafios e potencialidades de cada região e construir um projeto político-administrativo para o Rio Grande do Norte. “Vamos sair conversando com o PT e com o PSD em todo o Estado, trabalhando a chapa Robinson e Fátima”, disse o petista.
Intituladas “Encontros regionais: construindo um novo Rio Grande do Norte”, as reuniões entre PT e PSD terão início no dia 5 de abril nas cidades de Apodi e Assú. Já no dia 6 de abril, os integrantes do PT e PSD seguem para o Agreste, com o Encontro Regional em Monte Alegre. No dia 10 de abril, o debate ocorrerá em São Gonçalo do Amarante e no dia 11, em Ceará-mirim. As datas dos próximos encontros serão divulgadas em breve.
“Cimento que dá unidade no palanque é a desconfiança e o medo”
O deputado Fernando Mineiro afirmou que o Rio Grande do Norte se modernizou, não é mais um estado sob o jugo de grupos políticos. “O estado se modernizou, não tem mais estado encabrestado, que uma só visão domina. Tem claro ainda um grande domínio da política tradicional, mas houve mudança e nós acreditamos nela”, disse o petista, defendendo uma reorganização do Estado, o que deve ser feito via propostas.
“Precisamos reorganizar o Estado e acho que o nosso sucesso está ligado diretamente à nossa capacidade de apresentar propostas para o Estado. O que sinto é que tem um amplo espaço para crescer. Porque em todos os lugares existem no mínimo dois lados. Por mais que se faça um acordo de gabinetes, quando chegar à vida como ela é, nós vamos ter reações. As pessoas vão mudar e se posicionar de forma diferente”, observou.
DESCONFIANÇA
Ainda segundo Mineiro, a chapa Robinson e Fátima leva vantagem no atual processo eleitoral em construção porque no palanque adversário “o cimento que dá unidade é a desconfiança e o medo”. Na sua avaliação, o palanque do deputado Henrique e da vice-prefeita Wilma de Faria “é formado não porque se tem propostas, mas porque um tem medo do outro”.
Mineiro critica ainda o móvel da unidade política adversária, que teria como objetivo “ratear os espaços” entre eles. “Fizeram um acordo para poder ratear os espaços. Como isso refletirá na população? Vamos saber. O debate está aberto”, analisa.
Fonte: Jornal de Hoje

quinta-feira, 20 de março de 2014

PT não deve nada ao PMDB


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Passou despercebido um excelente estudo feito pelo Valor, publicado na terça-feira, sobre o jogo de alianças do PMDB com os dois maiores partidos, PT e PSDB.
A reportagem é muito boa, mas talvez o texto tenha ficado meio complicado, e não se procurou a opinião dos verdadeiros interessados no assunto, os políticos. Essa falta de repercussão também prejudicou a circulação da matéria.
Ou talvez a mídia não tenha tido interesse em divulgá-la por conta da própria constatação inevitável que se tira a partir dela.
A constatação é que, tecnicamente falando, em termos de apoios em eleições estaduais, o PT não tem nada a dever ao PMDB.
Evidentemente, o assunto é complexo. O PT deve ter cedido tanto ao PMDB nas últimas eleições estaduais por conta de acordos para obter apoio parlamentar.
Mas, por isso mesmo, a “rebelião” dos parlamentares do PMDB adquire uma conotação ainda mais esverdeada, de traição a um compromisso político.
O Valor descobriu que, nas últimas eleições estaduais, a equação de apoios entre PT e PMDB foi bastante desequilibrada, em favor do PMDB. O PT tem dado generoso apoio a candidatos do PMDB, em grandes estados da federação, enquanto a recíproca do PMDB ao PT em eleições estaduais tem sido tímida e apenas em estados pequenos.
Nas últimas eleições estaduais, de 2010, o PMDB apresentou 13 candidatos a governador. O PT apoiou 7 deles. Já o PT teve, no mesmo ano, 10 candidatos a governador, dos quais apenas 2 receberam apoio do PMDB.
aliancas
Agora pegue-se essa informação, misture-a à ação do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, e à agressividade do governo Cabral para detonar a candidatura própria do PT no estado do Rio.
Resultado: o PMDB não tem moral para impedir o PT de lançar Lindbergh ao governo do estado. O PMDB tem dívida com o PT em eleições estaduais, e sua atuação no Parlamento, que poderia justificar esse desequilíbrio, tem se caracterizado por um conservadorismo pesado que traz grande prejuízo político ao governo. Reforma política? Regulamentação da mídia? Reforma tributária? O PMDB trava tudo, e o governo Dilma paga o pato por essa paralisia.
Apesar disso, a aliança entre PT e PMDB foi importante para dar um mínimo de estabilidade legislativa ao governo. Só que, a partir de 2015, o PMDB deverá encolher, e não por culpa da “hegemonia do PT”, mas por anomia do próprio PMDB, que não está se aprofundando no debate social. O PMDB espalha seus tentáculos por toda a parte, inclusive à esquerda, mas está se deixando contaminar pelo conservadorismo midiático. Não pode culpar o PT por estar perdendo espaço. Culpe a si mesmo. O eleitor brasileiro já provou que sua preferência é por candidatos que ajudem os pobres. Se o PMDB acreditar na mídia, irá para o brejo, junto com os partidos que já seguiram por esse triste caminho, como PPS e DEM.
A partir de 2015, teremos a chance de aprimorar o parlamento, embora as perspectivas não sejam assim tão otimistas, por causa da falta de uma reforma política e da manutenção da influência do dinheiro sobre os resultados eleitorais.
Entretanto, política tem seus mistérios, e o povo brasileiro, quem sabe, pode nos surpreender positivamente e varrer para longe boa parte desses fisiológicos, mais interessados em jogadas palacianas e lobbies espúrios do que em representar verdadeiramente os interesses da maioria da população.
O apoio do PMDB para a “governabilidade” só será importante se: 1) o PMDB parar de fazer o jogo de uma mídia aliada às forças do atraso e aceitar fazer reformas importantes para o futuro do país; 2) convencer o eleitor de que pretende defender reformas reais, em prol do interesse popular, e com isso ampliar sua base no parlamento.
NaniGovernabilidade
-Blog o Cafezinho

terça-feira, 18 de março de 2014

Novos empregos dobram em fevereiro: é a “crise” da Dilma


12 10 2011 11 40 12 linha de montagem da yamaha Novos empregos dobram em fevereiro: é a crise da Dilma
"Brasil dobra criação de empregos formais em fevereiro".
Não sou eu quem está dizendo, mas a Folha. Só que se engana quem imagina que esta é a manchete do jornal. Nem saiu na primeira página. A notícia mais importante para os trabalhadores brasileiros saiu num pé de página do caderno Mercado.
É assim que costuma agir a nossa isenta imprensa, ao contrário da máxima de Rubens Ricupero: o que é bom a gente esconde; a notícia ruim é superdimensionada e ganha todos os destaques, como se pode ler na manchete de capa do caderno: "Rombo do setor elétrico pode subir R$10 bi". Na mesma página, outra previsão catastrófica: "Luz levará inflação ao topo da meta, fiz FGV". Poder, tudo pode. O problema é que raramente estas previsões se confirmam, e depois ninguém fala mais nisso.
No mesmo dia, no mesmo país, na direção oposta, o site de política Brasil 247 mostra os primeiros números da economia em 2014, todos eles positivos: "Com prévia de crescimento de 2,26% em janeiro, aumento de 3,1% na atividade industrial, criação 111% maior de empregos no primeiro mês do ano sobre mesmo período de 2013 e manutenção de investimentos, economia real deixa pregadores da catástrofe falando sozinhos".
O aumento de 3,1% na indústria foi medido pelos economistas do Banco Itau, lideres implacáveis da bancada financeira de oposição ao governo, que também verificou um aumento de 2,1% no comércio varejista.
O que vão dizer agora os analistas, colunistas, comentaristas e blogueiros que vinham anunciando a "crise" final do governo Dilma? Depois, eles ficam surpresos com as pesquisas que apontam folgada liderança de Dilma na corrida presidencial, não entendendo como os fatos e os eleitores se recusam a obedecer às suas apocalípticas previsões sobre a chegada do fim do mundo.
No próximo final de semana, deve ser divulgada nova pesquisa Ibope e aí veremos de novo aquele chorrilho de explicações dos "especialistas" tentando entender o "fenômeno" da presidente, que é diariamente massacrada na mídia e continua com altos índices de aprovação para o seu governo. Os sábios só se esquecem de uma coisa: o que importa para a maioria dos trabalhadores/eleitores é justamente o nível de emprego e de renda, que continuam mostrando números positivos.
Arranca-rabos no Congresso Nacional entre o governo, o PMDB e o PT, palanques estaduais, fofocas sobre as "regalias" de ex-dirigentes do PT presos na Papuda, problemas nos estádios da Copa do Mundo, críticas sobre a modesta minirreforma ministerial _ tudo isso passa longe da cabeça do eleitor na hora de decidir o seu voto. Vai ver no ponto de ônibus se alguém sabe quem é Eduardo Cunha.
Se está satisfeito com a vida que leva, com o emprego e a renda que conquistou, vota pela continuidade; caso contrário, vota na oposição, desde que alguém lhe apresente um bom motivo para isso e lhe garanta uma vida melhor com propostas concretas e não só discursos. Até agora, não apareceu este personagem, e já andam falando até em colocar FHC como vice de Aécio Neves para salvar a candidatura tucana, enquanto Eduardo Campos e Marina Silva ainda discutem a relação antes de oficializar o casamento várias vezes adiado.
Entre a vida real e a vida retratada pela mídia há um abismo cada vez maior.
Do Balaio do Kotoscho

segunda-feira, 17 de março de 2014

Radicalização da campanha não é opção. É inevitável, pelas deformações brasileiras



angeli2
Eu fico impressionado, algumas vezes, com a  generosidade de quem acha  que uma campanha eleitoral para a presidência, no Brasil, pode ser tratada com completa serenidade, com a discussão de propostas e projetos e com a apresentação honesta de rumos para a administração do país.
Não pode, infelizmente, embora a gente deva tentar todo o tempo.
Porque existe um processo perverso no Brasil que transforma discordância em ódio, oposição em golpismo e comunicação em propaganda.
E um fator que explica e torna isso inevitável: a nossa mídia, onde mais que não haver pluralismo existe uma espécie de ditadura de um partido único, cada vez menos ético e mais agressivo.
Fossem apenas figuras como  Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Diego Mainardi e quejandos, nada de mais. Em todos os países existe uma direita hidrófoba, vide a  Fox nos Estados Unidos.
Mas não é isso: os jornais e as televisões se tornaram de uma pobreza tamanha que repetem, como uma só voz, as mesmas baboseiras, promovem as mesmas figuras esdrúxulas, repetem as mesmas “verdades” enunciadas por imbecis.
Basta uma rápida olhada no noticiário.
Não há absolutamente nada de positivo ou meramente razoável se passando no país.
Achamos um mar de petróleo, e nossa petroleira vai falir.
Contornamos o pior momento da seca no sistema hidrelétrico do Sudeste (que hoje acumula 35,9% de sua capacidade, 1,3%% a mais que no início do mês, e tivemos uma queda superior a 10% na demanda de energia) e os jornais estão lotados de análises sobre um agravamento  da crise no setor energético.
Em tudo é assim.
O desemprego nunca foi tão baixo, mas vai subir.
A inadimplência caiu, mas vai subir.
A inflação vai estourar, o governo não vai poupar.
Os automóveis vendem, os aviões enchem, os imóveis não baixam de preço.
Mas o país vive um crise profunda e uma estagnação total.
Não há mais jornalismo, mas uma “torcida” despudorada por um desastre econômico.
E por um desastre civilizatório.
Um presidente do STF transborda-se em autoritarismo e é saudado como o “salvador da ética”.
Um apresentadora de televisão defende linchamentos e é acolhida como símbolo da liberdade de expressão.
Um deputado de conhecidos interesses por negócios à sombra é usado como exemplo de que o Governo “desvaloriza” o parlamento, apenas porque não lhe cede á chantagem.
A mediocridade da mídia espalhou-se por uma parcela da classe média e ela própria trata de amplificar os rosnados caninos de grupelhos fascistoides – de direita assumida ou de pretensa esquerda – que advogam os meios mais violentos e autoritários de intervenção política: desde os quebra-quebras até o golpe militar.
Sob o beneplácito de uma elite que despreza seu país, uma sub-elite transforma-se numa feroz matilha a rasgar o tecido social ligeiramente mais justo que se vem tecendo.
Volta a imperar, pelo foco seletivo da mídia, a ideia de que “O Brasil é mesmo uma m…” e que, aqui, nada tem futuro.
Se baixarmos a guarda para isso, em nome de uma cândida tolerância, aí mesmo não o teremos: teremos passado.
Não baixar a guarda não se confunde com agressividade, mas muito menos ainda com a covardia.
Porque ser covarde é transigir com o direito do povo brasileiro a uma Nação e um futuro.
Tudo o mais é aceitável, menos isso.
Do  Tijolaçodo Brizola Neto

quinta-feira, 13 de março de 2014

Fátima participa do anúncio de R$ 335 milhões para mobilidade no RN

- Publicado por Robson Pires

fatima VLT
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (13) R$ 3,85 bilhões para investimentos em mobilidade urbana em Brasília, Goiânia, Natal, Palmas, João Pessoa, São Luís e Campo Grande. Natal receberá R$ 335 milhões do Pacto da Mobilidade Urbana.
Após a solenidade, a deputada federal Fátima Bezerra (PT), que luta desde o início do governo Lula pela implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) cumprimentou e agradeceu a presidenta Dilma em nome de Natal e Região Metropolitana por esse importante investimento do Governo Federal para o RN. “Finalmente o sonho do VLT começa a ser concretizado”, destacou.
Em tempo
Essa conquista se deu graças ao empenho da deputada que ao longo desse processo participou de reuniões com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, com o secretário do PAC, Mauricio Muniz, com o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, com o então Diretor-Presidente da CBTU, Francisco Colombo, para que o projeto fosse incluído no PAC Mobilidade Grandes Cidades. Esses investimentos se somam aos R$ 154 milhões que já foram liberados para aquisição dos 12 veículos (VLT) para a CBTU de Natal.



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quarta-feira, 12 de março de 2014

Qual o preço da vitória do blocão contra o governo?


 
A oposição, aí incluindo seus tentáculos na mídia, tem o direito de comemorar a derrota política imposta pelo chamado “blocão” contra o governo nesta terça-feira, ao criar uma comissão para investigar negócios da Petrobrás na Holanda.
É uma vitória que vale especialmente para a centro-direita (ou direita mesmo) que apóia o governo de má vontade, apenas por apego ao poder, como é o caso de parcela do PMDB e quase todo PSD, cujos membros saíram do DEM à procura de sombra e água fresca.
Entretanto, esse movimento tem dois lados.
De um lado, mostra a força do blocão, que agora tentará usar isso para ampliar as chantagens contra o governo.
De outro, revela, para o governo, quem são seus verdadeiros aliados, e quem está pronto para lhe passar a perna na primeira oportunidade.
Em ano de eleição, é muito bom saber, com certeza, quem está do seu lado de verdade.
O Congresso tem 513 deputados. O blocão conseguiu exatamente a metade do total: 257 deputados.
A turma de Eduardo Cunha assinou uma declaração de guerra. Uma guerra surda, porque entre aliados em tese, mas por isso mesmo ainda mais fratricida e sangrenta.
No Painel da Folha, há a informação de que Eduardo Cunha disse a Michel Temer que o PT tem um “projeto hegemônico que afasta aos poucos os partidos da coalização”.
Pode até ser. Mas Cunha tem um ponto-fraco. Ele confia demais em jogadas palacianas, e esquece que o poder político, seja do PT, seja do PMDB, seja do governo, seja da oposição, só tem uma fonte real: o voto.
O PMDB foi o único partido da base que perdeu filiados em 2013. Por quê? Porque não está mudando. Não está discutindo teses, programas, ideologias, projetos de país. O adversário do PMDB não é o PT, é seu próprio espelho. É um partido grande, capilarizado, que governa milhares de municípios, e que poderia contribuir muito mais para o debate político nacional se investisse mais em… debates, e menos em figuras questionáveis como Eduardo Cunha.
Afinal, o que quer o PMDB? Que o PT, ou qualquer partido que estiver no governo, lhe garanta algum tipo de cota fixa, imutável, em troca de seu apoio no Congresso?
Na verdade, o PMDB faz um jogo duplo. Ele apóia o governo, de um lado, mas surfa no antipetismo, de outro. Até aí tudo bem, é da política.
Mas haverá um momento em que o partido terá de se decidir. Essa postura de ameaçar o governo com um possível apoio a Aécio Neves apenas ridiculariza o PMDB, porque revela um partido sem substância, disposto a apoiar qualquer um, desde que lhe pague bem. Ao agir assim, as eleições se tornarão cada vez mais caras para o PMDB, porque ele terá cada vez menos o voto das pessoas politizadas, e precisará cada vez mais do voto fisiológico, comprado a peso de ouro de um eleitor cada vez mais cético, num mercado eleitoral cada vez mais competitivo.
Tem uma senhora cujos serviços de faxina eu contrato de vez em quando que me contou uma coisa engraçada. È triste por um lado, até porque isso não deve ser legal, mas engraçado também. Os políticos lhe dão dinheiro para que ela distribua aos eleitores da região. Compra de voto descarada. O eleitor vai à casa dela, dá o número do título, e recebe R$ 50.
Aí entra a parte engraçada. Tem eleitor que vendeu seu voto para mais de cinco candidatos diferentes. Ou seja, o político, quando pensa que está enganando o eleitor, está é levando uma rasteira, merecida, do cidadão. O cidadão pega o dinheiro, evidentemente porque está precisando, mas não vota no candidato que lhe deu o recurso. Ou pode até votar num daqueles que lhe deu dinheiro, mas vota naquele de sua preferência. Ou seja, o recurso à compra de voto fica cada vez mais caro, pois o voto é secreto, protegendo o eleitor.
Voltando à “vitória” do blocão sobre o governo, tenho a impressão que muitos parlamentares que se recusaram a participar do jogo sujo de chantagem política liderado por Eduardo Cunha se identificarão com esta frase de Darcy Ribeiro, que o colega de Twitter, Mario Marona, lembrou nesta manhã, ao publicar a foto abaixo.
“Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.
blocao
O blocão, foto de Pedro Ladeira, na 1ª página da Folha de hoje
Do B. o Cafezinho

Obras de transposição do rio São Francisco serão concluídas em 2015, prevê ministro

- Publicado por Robson Pires
ministro integração
O ministro da Integração, Francisco Teixeira, disse nesta quarta-feira (12) que 75% das obras do Projeto de Integração do rio São Francisco serão concluídos até dezembro. Segundo o governo, 55,5% do total previsto já estão concluídos. O balanço das obras de transposição do rio São Francisco foi apresentado em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), que promove ciclo de debates sobre o tema.
O ministério prevê a entrega de 100 quilômetros de canais em cada eixo em dezembro de 2014. A expectativa é de que todas as obras, que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sejam concluídas até dezembro de 2015. “A meta é avançar em média 2% ao mês para que possamos chegar com 75% dessas obras concluídas até o final deste ano e ficar os 25% [restantes] para o ano seguinte”, disse.
Estão em construção canais, aquedutos e barragens naquela que vem sem classificada pelo governo de “maior obra de infraestrutura hídrica do país”. O objetivo principal é garantir água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

sábado, 8 de março de 2014

Posições de Wilma e Fátima definem chapas majoritárias no pleito de 2014


Ex-governadora e deputada são cobiçadas por pré-candidatos para composição das chapas majoritárias

No Dia da Mulher, comemorado internacionalmente neste sábado, uma realidade está visível para todos: duas mulheres vão definir os rumos da política potiguar nos próximos meses, Wilma de Faria (PSB) e Fátima Bezerra (PT). Com popularidade em alta junto ao eleitorado, as duas podem ser colocadas como as “noivas” do pleito e, não por acaso, estão sendo disputadas de forma acirrada pelos partidos e pré-candidatos para a composição de chapas majoritárias. Os caminhos escolhidos por elas poderão confirmar candidaturas e, até mesmo, vencedores da disputa política que está por vir.
Para quem duvida, a confirmação é simples e pode ser facilmente testada pelas condições políticas que as duas atravessam. Fátima Bezerra, deputada federal mais votada em 2010, vive a expectativa de disputar pela primeira vez o Senado Federal, apoiada por um grande número de potenciais eleitores, graças aos trabalhos feitos no setor da educação, sobretudo, com a conquista de diversos IFRNs para o interior do Estado.
Dessa forma, a candidatura dela, por sinal, é quase uma imposição do PT nacional para aumentar o número de senadores do partido em 2015. Agora, a aproximação dela do PSD começa a fortalecer a candidatura do vice-governador e pré-candidato ao Governo, Robinson Faria. Afinal, acaba por ser o “apoio de peso” que Robinson procurava desde que afirmou que tinha interesse em disputar o governo, ainda em 2013.
Ainda há dúvida de que Fátima é forte? Pois bem: na última pesquisa de intenção de voto publicada pela Consult, em dezembro de 2013, a ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, ganharia com boa margem de votos de todos os adversários – incluindo o ministro Garibaldi Filho, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, o empresário Fernando Bezerra e o vice-governador Robinson. A vitória mais apertada, quase um empate técnico, seria, justamente, se ela disputasse o Senado contra Fátima.
Essa situação, inclusive, pode ser um dos fatores que atrasa a definição sobre o destino da própria Wilma de Faria. Ela aceitaria disputar o Senado contra Fátima, desde que não seja para compor uma chapa contra um candidato “fraco” para o Governo. Porque se isso for acontecer, para Wilma, é melhor disputar o próprio Governo, onde teria mais chances de ganhar.
E se a ex-governadora não se decide, o PMDB – partido que já confirmou que lançará um nome ao Governo, mas não disse quem – não escolhe o candidato. Isso porque, para a sigla, ter o apoio de Wilma de Faria (ou melhor, tirá-la da disputa para o Governo) é fundamental para que o projeto possa ser confirmado. Hoje, o partido de Henrique, Garibaldi e Fernando Bezerra sabe que uma disputa direta contra a ex-governadora significa uma redução das chances de vitória.
Dessa forma, pode-se dizer que está nas mãos de Wilma e Fátima Bezerra a definição do pleito de 2014 – ou, pelo menos, de quem serão os candidatos. Se confirmar o apoio a Robinson e a composição da chapa disputando o Senado, Fátima confirma a candidatura do PSD. Consequentemente, deixa Wilma mais “exigente” com relação a quem ela vai escolher para ficar ao lado dela na disputa deste ano (e se vai escolher alguém para disputar o Governo ou vai ela mesmo para o pleito). Se a ex-governadora for para a disputa pelo Senado, deixa o caminho livre para o PMDB. Se for para o Governo, pode forçar os peemedebistas a lançarem (a contra gosto) o ministro e ex-governador Garibaldi – e pode até fazer Robinson Faria pensar duas vezes antes de concorrer ao Executivo.
EFEITO DILMA
A pergunta que pode ser feita diante disso é: se Wilma e Fátima são tão fortes, porque as duas não se juntam para a disputa de 2014? Porque há outra mulher impedindo isso, a presidente da República, Dilma Rousseff. Tendo o PSB pré-lançado a candidatura própria à Presidência e o PT decidido proibir o “fortalecimento do palanque adversário”, as duas siglas estariam proibidas de se aliar para o pleito deste ano.

Sendo assim, o PT no Rio Grande do Norte veta a presença de Wilma numa chapa majoritária, o que impede uma eventual composição entre Fátima para o Senado e Wilma para o Governo. Ou mesmo uma composição de Wilma para o Senado e outro nome para o Governo, apoiado pelos petistas (com indicação de vice-governador ou suplente de senador).
Ext.do  j. de hoje

sexta-feira, 7 de março de 2014

Secom / Ibope divulgam raio-x da mídia brasileira

Pesquisa divulgada na sexta-feira (7/3) pelo ministro-chefe da Secretaria da Comunicação Social, Thomas Traumann, apresenta um relato inédito dos hábitos de consumo de mídia por parte dos brasileiros [ver abaixo]. Trata-se do primeiro levantamento efetivamente nacional sobre o uso dos meios de comunicação, com amostras representativas dos 26 estados e do Distrito Federal, que deverá ser repetido anualmente.
A metodologia tende a dar mais visibilidade aos meios de longo alcance, como a televisão e a internet. Essa é uma grande qualidade do estudo, uma vez que os levantamentos feitos por instituições privadas que representam as próprias empresas de comunicação cobrem apenas os grandes centros e o alcance da mídia mais concentrada. A realidade nacional é diferente daquela que se vê a partir de São Paulo, Rio ou Brasília.
O resultado mostra que assistir televisão é hábito de 97% dos brasileiros de todas as idades, gêneros, nível de renda, escolaridade ou localização geográfica. O rádio ainda tem grande penetração, citado por 61% dos entrevistados, e, tratando-se de uma pesquisa nacional, que inclui os lugares mais remotos do país, surpreende que 47% dos consultados tenham declarado o hábito de acessar a internet.
A leitura de jornais diariamente é hábito de apenas 6% das pessoas (25% dizem ler um jornal por semana) e 7% costumam ler revistas semanais.
Há algumas curiosidades interessantes nos gráficos, como o tempo dedicado por homens e mulheres à televisão, nos dias úteis e nos finais de semana, e a diferença de uso em cidades pequenas e nas regiões urbanas com mais de 500 mil habitantes: em média, a TV fica ligada mais de 3 horas por dia. Durante a semana, predominam os programas jornalísticos ou de notícias, com 80% de citações entre três respostas por ordem de lembrança, seguidos pelas telenovelas, com 48%. Aos sábados e domingos, a preferência muda para programas de auditório, com 79% das preferências; jornalismo passa a 35% e programas de esporte aparecem com 27% das escolhas.
Jornais semanários
O rádio também apresenta um perfil de alta intensidade, com o aparelho ligado cerca de 3 horas por dia, durante toda a semana. Há uma concentração maior de ouvintes na região Sul, enquanto no Centro-Oeste e na região Norte, por exemplo, mais de 50% afirmam nunca ouvir o rádio. Trata-se, também de um meio preferido pelas mulheres, tanto em frequência quanto em intensidade, com uma audiência mais relevante entre os maiores de 65 anos.
A internet aparece como o meio de comunicação que mais cresce entre os brasileiros. Um quarto da população já acessa a rede diariamente: de segunda a sexta-feira, com uma intensidade média de 3h39 minutos, e durante 3h49 nos finais de semana. Os usuários estão concentrados na faixa etária de até 25 anos, com 77% do total de entrevistados e predominância entre moradores das grandes cidades e pessoas com renda mais alta e maior escolaridade. A maioria dos usuários (84%) acessa a internet pelo computador, mas 40% também usam o celular para entrar na rede.
Um aspecto fundamental para o estudo do uso da mídia pode ser observado nos dados referentes ao tempo dedicado a redes sociais, principalmente o Facebook: 68,5% dizem utilizar preferencialmente os sites de relacionamento de segunda a sexta e 70,8% nos finais de semana. Entre os sites noticiosos nacionais, os mais acessados são os portais do grupo Globo, Globo.com e G1.com, seguidos pelo UOL e R7.com.
Sobre a leitura de jornais, a pesquisa não apenas confirma que se trata de um meio pouco usado pelos brasileiros, mas também que, na prática, os diários se transformam em semanários: enquanto 75% afirmaram nunca ler jornais, 6% declaram o hábito de leitura diária e 25% costumam ler jornal uma vez por semana. A primeira escolha dos leitores é por notícias locais (33% das citações), seguida por esportes (25%), notícias policiais (16%) e fofocas sobre novelas e celebridades (16%). Os títulos mais citados são os chamados populares e de baixo custo.
Interessante notar também que 19% dos entrevistados afirmam confiar sempre nas notícias de jornais impressos, enquanto 34% confiam “muitas vezes”, 39% confiam “poucas vezes” e 6% “nunca confiam”.
Dos três jornais considerados de circulação nacional, O Globo é lembrado por apenas 3,8% dos consultados, a Folha de S. Paulo é citada por 2,1% e O Estado de S. Paulo, por 1,3% dos entrevistados.
Do B. o Cafezinho

quarta-feira, 5 de março de 2014

Quarta-feira de Cinzas inicia a preparação para vivermos o Mistério Pascal

quarta de cinzas
Com a imposição das cinzas, se inicia uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus. Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: “matanoeiete”, que quer dizer “Convertei-vos”. Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras “Convertei-vos e crede no Evangelho” e com a expressão “Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás”, convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.
Fonte:  Robson pires