Professores da rede estadual vão parar atividades nos dias 26 e 27
João Maria AlvesEDUCAÇÃO - Fátima Cardoso explica o índice de 39% reivindicado pela categoria
Os professores da rede estadual paralisam as atividades nos dias 26 e 27 de agosto. Através da pequena greve, a categoria tem a intenção de pressionar o governo para conseguir reajuste salarial de 39%. Segundo Fátima Cardoso, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN), o índice foi calculado com base no piso salarial previsto pelo governo federal.
De acordo com a lei sancionada pelo presidente Lula, o menor salário pago aos professores não poderá ser inferior a R$ 950 a partir de 2009. “Se o gestor considerar que pode oferecer remuneração mais alta aos servidores, não precisa esperar até o ano que vem. O aumento pode ser concedido antes”, explica Fátima. Ela informou que o secretário Rui Pereira receberá a comissão de negociação no dia 25 de agosto.
“O secretário afirmou que trará respostas para a categoria. Quanto ao problema dos estagiários, ele disse que falou com a governadora sobre quantos professores concursados pode chamar, dependendo dos limites da lei de responsabilidade fiscal”, declarou. A pauta de reivindicações inclui o pedido para a secretaria avançar com o encaminhamento dos processos de promoção dos professores, que se acumulam em 45 mil documentos.
“Nós queremos que os processos sejam resolvidos. A maioria é relativa às promoções de letras. Cada letra significa aumento de 5% sobre o salário. Tem professores que têm até seis letras, ou seja, acumulam perdas de 30% nos rendimentos”, explica Fátima. Dentre os processos, existem outros pedidos que estão arquivados desde 1995.
O sindicato aproveita as reuniões da campanha salarial para reivindicar que os funcionários sejam reconhecidos como profissionais da educação, possibilitando a criação do plano de cargos e salários específico para os servidores. “Existe um projeto de lei no senado com essa proposta e nós acreditamos na possibilidade de ser colocada em prática aqui no Estado”. Na opinião da sindicalista, as autoridades têm que se sensibilizar porque os funcionários também se qualificam e precisam ser reconhecidos. “Muitos trabalhadores da educação continuam como auxiliar de serviços gerais quando já têm formação em nível superior. Os profissionais devem ser valorizados”.
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