“Temos que tirar a lei do papel e levá-la ao chão das escolas”

Piso em debate na Comissão de Educação

CNTE participa de audiência pública sobre o Piso salarial Nacional na Câmara dos Deputados
Deputados da Frente Parlamentar em defesa do Piso Salarial Profissional Nacional dos professores e da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Dos Deputados se reuniram, na manhã desta quinta-feira (2), com a CNTE e os sindicatos afiliados para analisar a implementação do piso salarial nacional do magistério nos estados e municípios.

A coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Piso, Fátima Bezerra (PT – RN), elogiou o trabalho da CNTE na mobilização dos professores. “Temos consciência de que temos que lutar para tirar a lei do papel e levá-la ao chão das escolas. A atuação da Confederação é decisiva e insubstituível nessa luta”, diz.

Em seguida o presidente da CNTE, Roberto Leão, lembrou que a lei do piso foi aprovada por unanimidade pelos deputados e que todos devem se mobilizar para defendê-la. Segundo ele, se a lei for aplicada, “já é um começo para pavimentar o caminho na busca por uma educação pública de qualidade. Por isso, é importante que o movimento cresça para tornar o piso uma realidade”, afirma. Ele agradeceu o apoio dos sindicatos: “A participação das entidades tem sido fundamental”.

Os representantes sindicatos comentaram a situação salarial dos professores nos seus estados. Os governadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Yeda Crusius (PSDB-RS) foram duramente criticados. “A prioridade de Yeda é destruir a educação no Rio Grande do Sul”, disse a presidente da Cpers, Rejane Oliveira. Já a representante do Sindiute-MG, Inês Camargo, afirmou que Aécio é contra o vencimento básico de R$ 950.

Manifestação

Às 14h, mais 400 professores vão protestar pela garantia do piso em frente ao Supremo Tribunal Federal. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) informou, na abertura do debate, que foi agendada para as 15h a audiência com ministros do STF para falar sobre o julgamento do mérito da ADI 4167.

No protesto, a CNTE vai apresentar a lista com mais de 4 mil nomes de pessoas que assinaram, pela internet, o manifesto em defesa do piso. Também serão distribuídos panfletos com as reivindicações dos professores.