terça-feira, 21 de abril de 2009

PSTU expulsa sindicalistas do partido

Sônia Godeiro, expulsa do partido com mais cinco membros, revela que diretoria nacional de legenda desvia recursos de sindicatos para campanhas eleitorais

Um grupo de militantes do PSTU — alguns dos quais personagens constantes em manifestações sindicais e greves no serviço público — foi expulso do partido. Entre os militantes que deixam a legenda estão Sônia Godeiro, do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, e Juvêncio Hemetério, do Sindicato dos Bancários. Também receberam a punição Wilson Farias, do Sindsaúde; Marcos Tinôco, do SindBancários; Gisélia Rocha, do Sindicato dos Servidores Federais; e Valério Fonseca, advogado e assessor jurídico. Outros 13 filiados resolveram deixar o PSTU em solidariedade aos expulsos.

As versões dos punidos e da direção local do PSTU sobre os motivos do rompimento são conflitantes. Sônia Godeiro e Valério Fonseca afirmam que os dirigentes do partido exigiam que os filiados com cargos nas direções dos sindicatos “aparelhassem” as entidades. Na linguagem dos militantes “aparelhar” significa usar a estrutura do sindicato em benefício do partido.

Sônia Godeiro diz que recebeu a orientação para só contratar funcionários no Sindsaude que fossem ligados ao PSTU. Ela afirma também que Juvêncio teria recebido uma ordem para transferir recursos do Sindicato dos Bancários à chapa de oposição que concorria numa eleição sindical, em São Paulo. “Não éramos dóceis a essas determinações, por isso nos expulsaram”, afirma Sônia Godeiro.

Presidente do PSTU no Rio Grande do Norte, Dario Barbosa nega as acusações dos militantes expulsos. Ele afirma que existe uma discussão nacional sobre como deve ser a atuação dos filiados ao PSTU nos sindicatos. E a direção nacional da legenda decidiu que alguns desses filiados devem sair das direções sindicais, porque estariam distantes da base.

Dario Barbosa acrescenta que não houve autoritarismo nessa decisão. E desmente as acusações de “aparelhismo”. Ele afirma desconhecer a ordem para transferência de R$ 30 mil a uma campanha eleitoral de um sindicato e diz não existir a orientação para a contratação de filiados do partido. Dário acrescenta que a decisão do partido foi pelo afastamento dos sindicalistas e não pela expulsão. Mas a atitude deles de fazer as acusações ao PSTU afasta a possibilidade de retorno.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticias/106644.html


Nota do Blog
A maioria dos membros desse partido são professores e faz uma forte oposição ao SINTE a nível de estado; aqui em Apodi eles tem transito livre na regional, a partir das eleições da mesma quando professor Dário Barbosa e sua equipe deu total apoio a atual direção.

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