Wilma: aliança com Garibaldi acabou
Ivanízio Ramos
A aliança que uniu a governadora Wilma de Faria (PSB) e o presidente do Senado, Garibaldi Filho (PMDB) nas eleições em Natal foi restrita às circunstâncias eleitorais de 2008 e já acabou. A certeza de que os dois passaram a seguir em direções opostas foi sinalizada pela governadora ao conversar com jornalistas, nesta segunda, no almoço de confraternização natalina oferecido à imprensa no Olimpo Tirol. Na oportunidade, Wilma de Faria disse que a aliança acabou e cobrou de Garibaldi que traga ao estado alguma obra importante para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte, na condição de ‘‘terceira pessoa mais poderosa do país’’. ‘‘Não somos aliados. A aliança acabou quando acabou a eleição’’, comentou a governadora.
Wilma de Faria disse que Garibaldi ‘‘tem força suficiente’’ para trazer benefícios para o estado, mas ainda não trouxe. ‘‘Eu acho que ele está se saindo muito bem como presidente do Senado, como legislador, mas está faltando trazer grandes benefícios para o estado. O senador Garibaldi Filho hoje é a terceira pessoa em termos de poder do país. Era o momento e oportunidade dele trazer para a sua terra algo especial e isso ainda não aconteceu’’, criticou. A governadora disse que já conversou com Garibaldi sobre o assunto e deu várias sugestões, especialmente a de ampliação do porto de Natal, que considera obra fundamental para o estado. ‘‘Precisamos de outro terminal graneleiro para trazer para cá grandes empresas, para que tenhamos nossas exportações saindo daqui, o que é fundamental para o nosso estado e era o momento dele conseguir como presidente do Congresso Nacional’’, reforçou.
Falando sobre o quadro político-partidário que se desenha no RN, a governadora afirmou que uma possível candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo do estado não está entre as que ela cogita apoiar. ‘‘Não. Nossa aliança é com o presidente Lula. Nossa aliança é com os partidos que estão hoje na nossa base. A gente já foi aliado do DEM, mas com o DEM nos apoiando. E foi no momento em que o apoio foi no segundo turno, na minha eleição de 2002’’, comentou. ‘‘Uma aliança com o DEM é remota, depende muito do nosso partido, o PSB, a nível nacional. O nosso partido tem também as suas determinações em termos de aliança, ele orienta os partidos preferenciais para nos aliarmos’’.
A governadora reforçou que continua com a mesma base aliada ‘‘vitoriosa em 2006’’, incluindo nela o PV, da prefeita eleita Micarla de Sousa. ‘‘Até agora nós continuamos com a mesma base aliada que tínhamos antes: PR, PMN, PTB, PP, PCdoB, o PV também’’. Wilma de Faria disse que o candidato a governador do grupo deve sair desta aliança, e que trabalha para que o nome do postulante seja definido ‘‘até julho, ou até dezembro’’ de 2009. ‘‘Eu quero chegar até dezembro, porque acho que julho é muito sonho’’.
Juliska Azevedo
Da equipe do Diário de Natal
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