segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Memoria Política



Monsenhor Walfredo Gurgel completaria 100 anos na próxima terça-feira, caso inda fosse vivo.


Um homem que definia a política como algo transitório, que não justificava a intriga e o ódio, assim era descrito. O religioso que se Tornou governador Walfredo Gurgel, que, se vivo ainda fosse completaria 100 anos na próxima terça-feira. 2 de dezembro, no município de Caicó.

Eleito Governador do Rio Grande do Norte em 1966, com o apoio de Aluízio Alves, Walfredo Gurgel sempre dizia que o “importante era conservar as amizades, porque elas sim deviam ser duradouras”.

Em depoimento a um especial publicado no jornal Tribuna do Norte, o historiador Bianor Medeiros, biógrafo de Valfredo Gurgel, afirma que a postura era sempre serena e equilibrada. “A cada resposta que dava, a qualquer esclarecimento que prestava, a cada aparte que recebia, sempre se erguia como verdadeiro estadista, diplomata, sereno e seguro”, frisou.

Antes de ser governador do Estado. Walfredo Gurgel estreou na política elegendo-se deputado federal em 1945, participando da assembléia Nacional Constituinte de 1946.Convido pelo governador Georgino Avelino, ele ingressou nos quadro do partido Social Democrático(PSD).

Em 1960, conseguiu se eleger vice- governador do Estado, com Aluízio Alves governador. Presidiu, nessa função, conforme previa alei da época, a Assembléia Legislativa estadual. Não a concluir o seu mandato, porque após outra vitória nas urnas, em 1962, chegou ao senado da República, com grande votação, tato o credenciou para ser eleito governador quatro anos depois, tendo como vice Clóvis Mota. Ele foi eleito em meio a uma crise institucional que o país vivia por conta da ditadura militar implantada no Brasil após 1964, Walfredo Gurgel chegou ao Governo do Estado apoiado por um dos maiores opositores do regime autoritário, o seu sucessor Aluízio Alves.

Walfredo Gurgel faleceu em 3 de novembro de 1971, um mês após os médicos constatarem que ele sofria de câncer pulmonar.

Antes da política, Walfredo Gurgel dedicou à educação

Antes de enveredar pela política, Walfredo Gurgel se dedicou à religião. Desde criança, dele sonhava ser padre, mas sua mãe, viúva e pobre, não tinha condições de bancar seus estudos em seminário.

Para realizar seu sonho, Walfredo Gurgel contou com o apoio do bispo diocesano dom Jose Pereira Alves. Assim, em 3 de fevereiro de 1922, o menino que vendia banana nas ruas de Caicó ingressou no Seminário de São Pedro, em Roma, só retornando ao Brasil em 1932. “aluno laureado, ao lado do santo gênio, padre Monte, foi contemplado com uma bolsa de estudo para, em Roma, cursar filosofia e Teologia”. Concluindo esses dois cursos, “doutorou-se, a seguir, em Direito Canônico, universidade Gregoriana, ordenou-se padre no dia 15 de outubro de 1931, na capela pontifício Colégio Pio-Americano”, avaliou o

Biografo Bianor Medeiros. Walfredo Gurgel se tornou vigário de Acari, freguesia de Nossa Senhora da Guia e, depois de Caicó.

O padre sempre teve a educação como bandeira de luta e logo as lideranças políticas da região do Seridó viram nele um bom nome para ingressaer na política. “contador, administrador da obra em andamento e, ainda, sobrava-lhe tempo para treinar os times de futebol, de vôlei a assistir aos ensaios da banda de música, que organizava e que tinha, como regente, o querido e estimado mestre Bedé”, disse Bainor Medeiros.

O mossoroense

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