sexta-feira, 11 de julho de 2008

CONSUMO DE ENERGIA

Casas no Nordeste têm atendimento de energia igual à média nacional
Além de comprovar que o consumo de energia elétrica das residências da região Nordeste ultrapassou o consumo da região Sul, o estudo Consumo Residencial de Energia Elétrica na região Nordeste, divulgado nesta quarta-feira (9), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), constatou que a taxa de atendimento do serviço de energia elétrica nas residências nordestinas, pela primeira vez, praticamente se iguala à média brasileira.

“Esse é um outro dado simbólico da redução das desigualdades no país: enquanto a cobertura do fornecimento no Brasil passou de 92% para 96%, entre 2003 e 2007, este mesmo crescimento observado no Nordeste foi de 86% para 95%, no mesmo período”, informou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

Para a EPE, a alteração gradual no retrato do consumo residencial nordestino de energia elétrica se justifica pela expansão do consumo médio por domicílios, na evolução do número de domicílios atendidos, no aumento da renda da população e devido aos programas sociais de transferência de recursos.

“Este quadro está diretamente ligado também ao aumento da renda e aos programas sociais de transferência de recursos do governo federal [em especial o Bolsa família] e ao programa de inclusão elétrica Luz para Todos”, ressaltou Tolmasquim.

Embora concentre metade das famílias pobres do país, a região Nordeste sofreu uma influência favorável maior do aumento real do salário mínimo nacional, que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE, em 2007, registrou um ganho real de 35,7% desde 2003, o que equivale a aproximadamente dois terços de todo o ganho real acumulado desde 1996.

O estudo também destaca a influência dos programas sociais de transferência de renda do governo como fator determinante para o aumento do consumo médio de energia por domicílio no Nordeste do país.

A região recebeu mais de R$ 13 bilhões através do Programa Bolsa Família, desde 2003, ano de criação do benefício. “Esse volume de recursos equivale a cerca de 53% dos R$ 24,5 bilhões liberados para todo o país por este e por outros programas de inclusão social, no mesmo período”, disse Tolmasquim.

Agência Brasil

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