segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Declarações de Henrique afastam PMDB do DEM nas eleições de 2010

Publicado no Dia 07/02/2009

Carlos Skarlack

Alberto Leandro

Henrique Eduardo (PMDB) esnoba proposta da senadora Rosalba de aliança do PMDB com democratas

Algumas décadas depois de ter um filho ilustre, o médico Dix-sept Rosado ocupando o Governo do Estado, o município de Mossoró, vislumbra a perspectiva de, novamente, voltar a ocupar o cargo mais importante da política do Rio Grande do Norte , através da senadora Rosalba Ciarlini.

A despeito da longa distância que nos separa das eleições de 2010, a ex-prefeita mossoroense, por três vezes, desponta como favorita ao posto de Chefe do Executivo Estadual. Principalmente, a partir de sua vitória para o Senado da República, em 2006.
O favoritismo momentâneo de Rosalba, é tanto, que seus correligionários mais apaixonados e, até mesmo setores da imprensa do Estado, até a consideram uma "governadora em férias". Todavia, o que hoje é um sonho, pode, no futuro, se transformar em pesadelo.

Essa assertiva fica patente, a cada nova mexida nas pedras do tabuleiro político-partidário do Estado. Da capital, ao interior, vozes dissonantes da operação - leia-se projeto - Rosalba 2010, começam a ecoar. Tanto de outros partidos, como até mesmo, de alguns aliados de DEM.

O melhor - ou pior - exemplo é a posição do deputado federal Henrique Eduardo, presidente estadual do PMDB. O líder peemedebista, simplesmente, rechaçou, neste sábado, palavras da própria Rosalba, através do jornal que controla, a Tribuna do Norte, em Natal.

Instado a avaliar declarações de Rosalba, que ontem, defendeu via imprensa, uma aliança do DEM com o PMDB, para 2010, Henrique Alves foi claro e taxativo.

Disse que "não vê como (o PMDB) se compor com o DEM no Estado, diante da incompatibilidade nacional, já que o Democratas é oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PMDB integra a base do governo".

Henrique foi mais além, e afirmou que "a aliança dos peemedebistas no Rio Grande do Norte passarão, necessariamente, pela base de partidos que apóiam o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva".

Embora tenha afirmado nutrir simpatia por Rosalba Ciarlini, destacando acreditar na boa intenção da senadora, quando ela afirma que deseja estar no mesmo palanque do PMDB, Henrique esnobou a posição da ex-prefeita mossoroense, declarando que "o PMDB se prende a um projeto muito próximo ao presidente Lula".

Lembrando que a situação do PMDB, no governo federal, é confortável, e destacando a grande aprovação da administração de Lula, o dirigente do PMDB considerou que seria muito difícil se unir a um partido como o DEM, de Rosalba, que faz oposição ao presidente da República.

"É muito difícil nos aliarmos a um partido radical no Congresso Nacional em relação ao Governo Federal", afirmou Henrique, emendando que "Isso cria, a meu ver, uma incompatibilidade muito grave".

Rosalba enfrenta resistência de outras lideranças estaduais

O deputado federal Henrique Eduardo Alves, é apenas a última voz a se levantar, criando obstáculo ao projeto de candidatura da senadora Rosalba Ciarlini ao Governo do Estado.

Outros nomes de peso dentro do PMDB, como o deputado estadual José Dias, tem se postado, de forma perenctória, contra a aliança da agremiação, com o DEM da senadora mossoroense.
Ao mesmo tempo em que assiste a um dos principais partidos externarem publicamente, propósito de trilhar outro projeto, nas eleições de 2010, Rosalba também encontra resistência até mesmo no seu DEM.

Embora digam que Rosalba é um nome forte para disputar o Governo e, até tenham lançado o nome da senadora, tanto o senador José Agripino, como seu filho, deputado federal Felipe Maia, não escondem que a prioridade do DEM, é outra.

Apoiados pelas demais lideranças do partido que controlam no Estado, Agripino e Felipe, deixam claro que o projeto principal, da agremiação, é a reeleição do senador, presidente do Democratas no Rio Grande do Norte.

Como dificilmente viabilizará uma aliança, com o outro grande partido da política estadual, o PSB, da governadora Wilma de Faria, cumpre à senadora Rosalba Ciarlini, buscar outras alternativas. E tentar reverter o quadro, que começa se tornar inviável.

Fonte: Correio da Tarde

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