O Programa Bolsa Família, instituído pelo Governo Federal, divulgou os dados dos meses de agosto e setembro. O estudo chamou atenção para o Rio Grande do Norte, que ficou em 1° lugar no eixo educacional, que compreende a localização de alunos inscritos no programa.
Segundo o representante da Secretaria Estadual de Educação na coordenação estadual do Bolsa Família, Josafá Rocha, o trabalho de monitoramento vem sendo realizado desde 2006. "Na época, o RN estava em 23º lugar e tinha 40% da localização dos alunos. No levantamento, dois meses atrás, o RN estava em 5º lugar e tinha 50 mil alunos não localizados. Neste último levantamento, passamos ao 1º lugar, com apenas 34 mil alunos não localizados", declarou. O resultado fez com que o nível de alunos acompanhados chegasse a 92,25%.
O coordenador acredita que a diminuição significativa é fruto de uma capacitação feita com os operadores master municipais do Bolsa Família no mês passado, coordenado pela Secretaria Estadual do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS). O encontro deu a chance de falar com todos os municípios de uma vez. "Passamos a trabalhar na perspectiva que os municípios vissem a importância do acompanhamento da freqüência escolar para a queda dos níveis de pobreza", disse o coordenador.
O aluno não localizado consiste naquele que não está freqüentado as aulas e que o programa não consegue encontrar para fazer o monitoramento e resgate. Atualmente, há apenas 22 municípios no RN que possuem os índices entre 20 a 30% no que se diz respeito à falta de localização destes estudantes.
Josafá Rocha ainda destacou que o Bolsa Família não prima apenas por números, busca também a qualidade. Prova disso é a articulação entre o acompanhamento da freqüência com o projeto Amigos da Escola, realizado em parceria com a Rede Globo, formando grupos de estudos entre alunos de diferentes séries.
Segundo o titular da Sethas, Gercino Saraiva, "para que se crie dentro da família conceitos de direito e cidadania, e se dê responsabilidades para ela crescer além do benefício e passar para uma realidade de vida melhor, é necessário que busquem outros recursos". Segundo o secretário, é fundamental "que os beneficiados possam se unir em grupos e associações para desenvolver outras atividades econômicas, que as façam buscar uma sustentabilidade", completou. O secretário aponta a qualificação dos técnicos como à primeira etapa. "Além do esforço de acompanhamento, buscamos gerar outras oportunidades, melhorando as possibilidades dos atendidos pelo programa", finalizou.
O Bolsa Família é composto pelas Secretarias Estaduais da Educação (SEEC), da Saúde (SESAP) e do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS), sendo esta última a coordenadora geral do programa. Segundo a coordenadora estadual do Bolsa Família no que diz respeito à Sethas, Rosângela Medeiros, cada secretaria fica responsável por um eixo. A Sethas, pelo banco de dados; a Sesap pelo acompanhamento médico, como atualização de vacinas e acompanhamento de pré-natal; a Seec monitora a freqüência escolar dos estudantes. Juntas, trabalham para que haja sincronia em e o benefício esteja garantido aos participantes do programa.
Gazeta do Oeste
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