Brasília, 17 (AE) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (17) que a economia brasileira está retomando um novo ciclo de expansão, o qual deve ter um crescimento médio mais forte que o anterior, que foi interrompido pela crise global. Segundo Mantega, de 2010 a 2016, a economia brasileira pode crescer de 6% a 6,5% de forma equilibrada, sem que o governo abandone os compromissos com a estabilidade econômica e a responsabilidade fiscal.Mantega disse que para 2010 já está se desenhando um cenário de crescimento de 5% que, segundo ele, tem sido frequentemente mencionado por analistas do setor privado. "Já conquistamos o patamar de crescimento de 5%", disse. Mantega afirmou que o investimento deve crescer de 13% a 15% em 2010. Segundo ele, esse indicador já vinha crescendo forte desde 2006, mas em 2009 foi prejudicado pela crise. O ministro destacou que, para que o Brasil possa crescer acima de 5% ao ano por muitos anos, é preciso investimento pesado em infraestrutura e logística.De acordo com o ministro, essa nova fase de crescimento mais intenso dependerá do mercado interno, mas também do dinamismo dos investimentos. Ele lembrou que o governo tem um conjunto de projetos para alavancar os investimentos, que começam com as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a exploração do pré-sal, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, além dos investimentos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. "Isso nos dá um horizonte de investimentos muito forte, que vai dinamizar a economia brasileira", disse.Mantega também afirmou que é fundamental reduzir custos tributário e financeiros e afirmou que o governo já está fazendo isso. "Fizemos desonerações, mas temos um caminho a percorrer. Precisamos dar melhores condições de custo para as empresas, precisamos continuar reduzindo os juros para parta toda a economia", disse, lembrando que os juros para os investimentos estão "especialmente baixos."Segundo ele, nos últimos cinco anos, as desonerações tributárias promovidas pelo governo somaram R$ 100 bilhões.
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