Como o professor está vivendo hoje? Essa é uma pergunta para a qual já existe resposta. Os governos sabem disso. Não interferem porque já não conseguem mais. Só existem remendos para o problema, não solução.
O professor vive hoje um período negro da sua história. Se compararmos com os anos da ditadura, em que o professor não tinha o direito de reclamar, veremos que naqueles anos, o professor não reclamava, não reivindicava por medo; hoje não tem é quem o escute, quem atenda as suas súplicas.
Vejamos: as escolas hoje estão abertas para todos, um grande avanço, é verdade. Mas isso trouxe também uma certa falta de qualidade no ensino. Trouxe também a marcação de territórios por grupos rivais, a entrada de armas de fogo na escola, da droga e a extinção de alguns instrumentos que garantiam ao professor dar uma aula sossegado.
Pesquisas vêm mostrando que os professores estão cada vez mais acuados na sua profissão. Sem direito a nada, nem a ter moral em sala de aula, eles vão sendo engolidos pela violência e pelos direitos que os alunos têm. E sem direito a ter deveres. Os governos também não olham para os professores. Estão apenas preocupados em fazer números, em mostrar números, chegando ao absurdo de maquiar números para dizer que têm uma boa educação.
É preciso resgatar, urgentemente, a profissão. E a dignidade do professor. Sem isso, a educação afunda cada vez mais.
Gazeta do Oeste
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