sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Supremo Tribunal Federal rejeita acusação contra Antônio Palocci


Por 5 a 2, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram no julgamento de ontem pela rejeição da denúncia contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) no caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Como dois ministros estão em licença, só nove votaram na sessão de ontem. Com os cinco votos pelo arquivamento, a maioria rejeitou a denúncia contra Palocci.
Palocci era acusado de ter participado da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. A decisão libera Palocci para definir seu futuro político para as eleições 2010. Os ministros também rejeitaram a denúncia contra o ex-assessor de imprensa Marcelo Netto.
O PT tem agora pelo menos três caminhos para o ex-ministro: candidato ao governo de São Paulo, ministro agora ou numa eventual nova gestão petista no Planalto ou até como plano B à pré-candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.
A despeito dos planos futuros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do próprio Palocci, a ala majoritária do PT paulista planeja usar a eventual absolvição do petista na tentativa de enfraquecer o fator Ciro Gomes, deputado federal do PSB-CE que tem a predileção de Lula para liderar uma chapa antitucanos em São Paulo.
À frente da empreitada estão o grupo próximo à ex-prefeita Marta Suplicy, que controla o partido na capital, e o presidente do PT no Estado, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e afilhado político de Palocci.
Em 2006, o caseiro revelou que Palocci frequentava uma casa em Brasília onde havia festas, negócios obscuros e partilha de dinheiro. À CPI dos Bingos, Palocci dissera nunca ter estado no local. O caseiro teve o sigilo violado pela Caixa Econômica Federal, subordinada à Fazenda, dois dias após ter desmentido o então ministro.
O ex-ministro foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de ter encomendado a quebra do sigilo bancário do caseiro. A PF concluiu que a quebra era uma tentativa atabalhoada de altos funcionários do governo de desqualificar o caseiro.
O dinheiro depositado na conta de Francenildo, R$ 25 mil, tinha origem de fácil comprovação: eram pagamentos feitos pelo seu pai biológico, um empresário de ônibus do Piauí, que assumiu a autoria dos depósitos, sem relação com senadores da oposição na CPI. A ação precipitou a queda do ministro. (Folha online).

Jornal de Fato

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