As Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos, por exemplo, têm apoiado a decisão, mas a mídia brasileira tem alimentado a ideia de que o governo brasileiro errou e teria agido de forma "irresponsável" ao garantir a integridade do presidente deposto, que se encontra na embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital hondurenha, desde a última segunda-feira (21).
"A comunidade internacional e os mais respeitados veículos de comunicação do mundo estão apoiando a posição do governo brasileiro e defendem a volta de Zelaya ao poder. No entanto, setores da grande mídia brasileira insistem no viés anti-Lula, fazendo uma cobertura parcial e tendenciosa sobre os acontecimentos que envolvem o caso", afirmou o deputado José Genoíno (PT-SP).
O parlamentar explicou que a posição do governo brasileiro é bastante clara: condena os golpistas que apearam Zelaya do cargo em junho e reconhece o direito do presidente deposto de retornar ao cargo. "O presidente Zalaya entrou na embaixada, que é território intocável brasileiro. Não se trata de nenhuma decisão aventureira, mas sim, de uma postura sensata e prudente do presidente Lula de assegurar a permanência de Zalaya na sede da missão diplomática", disse.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também fez críticas ao inadequado e recorrente comportamento da mídia brasileira no tratamento de assuntos que envolvem o governo Lula. "No Brasil, o maior partido de oposição são as empresas de comunicação, que defendem uma ideologia antinacional e não reconhecem o respeito à soberania brasileira. Eles querem que o País continue com um papel submisso às grandes nações, mesmo em um novo cenário em que a liderança do Brasil é reconhecida por toda a comunidade internacional", afirmou.
Dr. Rosinha, que é vice-presidente do Parlamento do Mercosul, frisou que em Honduras aconteceu a ruptura democrática por meio de um golpe de Estado, implementado pelas Forças Armadas e patrocinado pelo Judiciário e o Legislativo. "O Brasil precisa ser solidário com quem se sente ameaçado", completou.
O deputado Nilson Mourão (PT-AC) explicou que o asilo brasileiro ao presidente deposto não está relacionado a afinidades políticas, como têm dito setores da mídia brasileira. "Não podemos permitir, em nenhuma hipótese, que um golpe de Estado seja perpetrado em Honduras e nada ocorra. O que importa é que Zelaya foi eleito pelo povo do seu país e tem que ser respeitado como o legítimo presidente. Ele continuará sob o abrigo da embaixada brasileira, conforme determinam as convenções internacionais", afirmou Nilson Mourão.
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