O Rio Grande do Norte possui a quinta maior taxa de analfabetismo do país. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008. O RN só fica atrás dos estados das Alagoas, Piauí, Paraíba e Maranhão. Apesar desse dado estarrecedor, a taxa de analfabetismo está em declínio no RN. O índice caiu de 24,57%, em 2002 para 20,74% em 2008. A taxa do Nordeste é a maior entre as regiões brasileiras e chegou a quase o dobro da nacional (19,4%) em 2008. Os nove primeiros lugares do ranking do analfabetismo são ocupados por estados nordestinos e são seguidos por estados da região Norte. A Pnad considerou analfabetos aqueles com cinco anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete.
 Levantamento indica que boa parte da população do Rio Grande do Norte continua sem receber formação adequada Foto: Ana Amarall/DN/D.A Press |
Para o supervisor da Disseminação de Informações do IBGE, Ivanilton Passos de Oliveira, o analfabetismo provoca a exclusão e a marginalização de crianças, jovens e adultos. "Apesar da redução expressiva nas últimas décadas, a taxa ainda está alta, bem acima de outras regiões e da média do país, portanto, precisamos ampliar os programas de alfabetização de jovens e adultos do Ministério da Educação", afirmou.
Analisando os indicadores educacionais do RN, Ivanilton Passos aponta os avanços e melhorias no acesso à rede de ensino. A Pnad 2008 mostra o crescimento do número de estudantes de nível superior - rede particular, a partir da expansão do ensino privado e devido ao rígido processo de seleção da rede pública. "No entanto, temos problemas associados à eficácia das escolas e à evasão escolar, assim como, na qualidade média da educação ministrada no RN e no Brasil. Avaliações internacionais mostram que o nosso país possui um nível educacional bastante inferior aos países desenvolvidos, além disso, o desenvolvimento facilita o processo de educação", analisou.
A taxa de analfabetismo funcional foi estimada em 21%, em 2008, 0,8 ponto percentual abaixo da de 2007. Foram contabilizados 30 milhões de analfabetos funcionais dentre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. De 2007 para 2008, todas as regiões do país apresentaram queda dessa taxa, com destaque para o Nordeste, onde a retração atingiu 1,9 ponto percentual (de 33,5% em 2007 para 31,6% em 2008). A taxa de analfabetismo funcional foi estimada pela proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade, com menos de quatro anos de estudos completos em relação ao total de pessoas desse grupo etário.
Diário de Natal
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