Será jogo de campeonato a eleição para governador(a) no RN
Em jogo de campeonato, sabemos todos quantos amamos o futebol, a estética subordina-se à necessidade imperiosa de somar pontos. Daí porque, se você é uma das pessos que vira as costas para o nobre esporte bretão e para a locução esportiva, os narradores esportivos (que, não raro, torcedores apaixonadas) criaram o bordão impagável: "joga a bola pro mato que o jogo é de campeonato".
E é assim... Em jogo de campeonato vale a catimba (uma enrolação, um "boneco", como diriam os apodienses) e, se o time estiver na frente no campeonato, "deixar o tempo correr".
Por isso mesmo, há sempre a possibilidade de que, ao final, o campeonato revele-se realmente uma "caixinha de surpresas". E aí, time que esteve na frente por muitas rodadas, derrapa na curva. E feio. Foi o que aconteceu, dentre outros, com o time do São Paulo no último brasileirão.
E daí? O que diabos queres dizer, ô meu? O que isso diz sobre as eleições para o governo do Rio Grande do Norte? Daí, meus lindos e lindas, quero apenas chamar-lhes a atenção para o fato de que quem está na ponta, liderando nas pesquisas, ainda terá que fazer muito esforço para levar a taça nas eleições de outubro.
É bom lembrar essa lição simples porque, não raramente, os defensores da candidatura da Senadora Rosalba Ciarline (DEM), líder disparada nas pesquisas de opinião para ocupar o Palácio Potengi, comportam-se como se o campeonato, digo as eleições de outubro próximo, fossem algo assim como um passeio. E, convenhamos, elas nunca são um passeio aqui no RN.
Por outro lado, não existe WO na política. O time adversário nunca falta ao encontro...
O mais provável adversário de Rosalba, o Vice-Governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB), irá para as eleições com a retaguarda da máquina estatal. E isso não é pouco em nenhuma eleição no Brasil. Terá ainda o apoio do PT e do Presidente Lula. Outros elementos tampouco desprezíveis.
Ah, mas estás a subestimar as pesquisas? Eu? Nunquinha... Mas pesquisa eleitoral, caríssimos, não podem ser tratadas como informações estanques e absolutas. Os cenários mudam. E mudam muito, especialmente quando o jogo esquenta. E o jogo vai esquentar. Basta lembrar um dado: mesmo o rosalbismo (e o proto-rosalbismo) jogando na canela contra Iberê na Assembléia Legislativa, ainda assim, ele terá como "agradar" muitas lideranças locais. E isso redefine muitas coisas.
Não, as eleições não terão a beleza estética de um jogo da Seleção de 1982, mas valem bem uma boa cobertura crítica. Tentaremos fazer isso aqui. Pode apostar!
Blog do Prof. Edmilson Lopes
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