Locais sagrados
Três séculos e meios separam a atual comunidade de Cunhaú dos dias de horrores devido a presença de índios bravios e invasores holandeses sob o comando do alemão Jacob Rabbí. Em 1634, quando os holandeses chegaram, Cunháu era o maior engenho em produção na capitania do Rio Grande. Pertencia a Antônio Albuquerque Maranhão.
O local que foi palco do martírio já não está intacto. A capela passou por várias reformas e, do tempo do morticínio, restam apenas os pilares da pequena Igreja. O engenho também está desativado. A população também diminuiu. Hoje, os moradores da fazenda Cunhaú se dedicam ao gado e a agricultura, plantam feijão e jerimum. No total, são oito famílias, cerca de 30 pessoas, que residem no antigo engenho.
A rotina pacata destes moradores muda aos domingos, quando às 10h é celebrada a missa na capela de Nossa Senhora das Candeias. Fiéis de Natal e do interior vão assistir a celebração. O administrador da fazenda, Ademar Rodrigues, confirma o grande movimento de peregrinos para a capelinha.
Diferente dos pontos já famosos de romarias, em outros estados brasileiros, em Cunhaú o comércio de lembrancinhas dos mártires ainda não se instalou nem despertou maiores interesses entre os moradores. Maria Barbosa Soares, que há três anos mora na fazenda, vende o livro "Terra de Mártires", escrito por Auricéia Antunes. A casa onde ela reside é em frente a capela e a senhora destaca que diariamente reza pelos mártires de Cunhaú.
FOnte: T. Norte
FOnte: T. Norte
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