Distribuição de sementes começa mais cedo no Estado

07/03/2009

As chuvas chegaram mais cedo este ano, mas os agricultores familiares do Rio Grande do Norte não podem reclamar do atraso das sementes. O Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape) e Emater-RN, já iniciou o reabastecimento dos bancos de sementes em todas as regiões. Além do milho, do feijão e do sorgo forrageiro - que reabastecem os bancos comunitários - serão distribuídas sementes de algodão diretamente para associações de produtores.

Foram disponibilizadas 50 toneladas de sementes de milho, 50 toneladas de feijão e 30 toneladas de sorgo forrageiro para o reabastecimento dos 607 bancos comunitários de sementes. Atualmente, 20,4 mil agricultores familiares em todo o estado têm acesso aos estoques diretamente em suas comunidades. "O Governo do Estado não entrega sementes a produtores isolados para estimular a participação nos bancos comunitários ou a formação de novos bancos", afirma Antônio Carlos Magalhães, coordenador do programa de sementes na Sape.

Em 2009, serão distribuídas 100 toneladas de sementes de algodão para associações de produtores cadastradas no programa de revitalização da cultura. Além das sementes, o Governo do Estado, através da Emater-RN, realizará capacitações para técnicos e agricultores, além de prestar assistência técnica aos produtores beneficiados.

Sustentabilidade - Desde 2005, a Emater-RN estimula a criação de bancos de sementes em comunidades rurais e assentamentos para garantir a sustentabilidade da produção local. "Com o banco de sementes, o agricultor não fica na dependência de insumos externos, ele consegue a semente na própria comunidade na hora em que precisar plantar", explica Magalhães.

O banco de sementes é um estoque compartilhado pelos agricultores cadastrados. A cada safra, o agricultor retira uma quantidade de sementes com o compromisso de devolver uma quantidade

superior após a colheita. A estratégia também preserva a biodiversidade das sementes crioulas - tradicionalmente cultivadas na comunidade e adaptadas às condições locais de água e solo.