No final de 2010, a avaliação do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) colocou o Rio Grande do Norte na penúltima colocação a nível nacional. Antes, o Estado já havia segurado a lanterna, uma prova de fracasso da rede estadual de ensino. O quadro é o pior possível. Vai desde o sucateamento das escolas, passa pela deficiência do quadro de profissionais (qualidade, quantidade e baixos salários), até a completa falta de planejamento e de investimento do governo. Aliás, o governo há anos não cuida bem da educação. A área se transformou em moeda de troca política, com flagrantes inquestionáveis. Basta observar que em oito anos, no governo da professora Wilma de Faria (PSB), o Estado teve nove secretários de Educação. A troca foi feita de acordo com os conchavos políticos. Os secretários, quase sempre, vestindo a camisa de um partido. Sentaram na cadeira PSB, DEM, PT, PPS e PSDB. Cada um com seus projetos, nenhum deles de interesse da educação. Daí, a situação falimentar da educação. O caos seria inevitável. É essa a situação que exige um novo modelo de gestão da escola pública. O compromisso agora é da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que denunciou o problema em praça pública, durante a campanha eleitoral, prometendo soluções urgentes e definitivas. Hoje, quando se encontrar com os profissionais da educação, na 1º Etapa da Jornada Pedagógica Estadual, a governadora certamente apresentará o seu projeto para o setor. É o mínimo que deve fazer, afinal, a crise não pode e nem deve ser esticada, já que estamos às portas do ano letivo. E como o tema do evento sugere - “Um novo olhar para a prática pedagógica a partir das avaliações nacionais da Educação Básica” - o governo tem a obrigação de processar o novo momento, sob pena de repetir o que os outros fizeram. Não podemos mais continuar perdendo os nossos jovens para o submundo. Só a educação, de qualidade, poderá fazer o resgate.
dejorrnal fato
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