sábado, 20 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO

RN tem 6º maior índice de analfabetismo

Pesquisa revela que população com mais de 15 anos tem estudo abaixo da média nacional.

Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que o Rio Grande do Norte ainda precisa melhorar os níveis de educação, quando comparado com outros estados brasileiros. Na análise da média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais, o RN alcançou a marca da sétima pior colocação junto com o estado do Ceará, com 6,5 anos de estudo - o mínimo previsto pela Constituição Federal é de oito anos. Ainda nessa mesma faixa etária, no Brasil são 14 milhões de analfabetos e o nosso estado ficou com a sexta pior colocação, com cerca de 2,52 milhões de pessoas que não sabem ler ou escrever (18%).

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Dados indicam que número médio de anos de estudo está aquém do ideal.

Os estudos foram baseados em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), no período de 1992 a 2009. As amostras revelam ainda, que apesar de avanços, existe uma grande desigualdade regional no acesso à educação, para ricos e pobres, brancos e negros e população urbana e rural.

No Nordeste, foi onde houve a maior redução da taxa de anafalbetismo de 37,7% em 1992 para 18,7% no ano passado. Mesmo assim, a região ainda concentra mais de 53% do território nacional. São observados maiores índices de pessoas que não sabem ler nem escrever, entre a população negra, em regiões menos desenvolvidas (os municípios de pequenos porte.

Quando analisados os melhores resultados, Distrito Federal e Amapá lideram entre os níveis de educação no Brasil. No Distrito Federal, a média de anos de estudo (para a população de 15 anos ou mais) é 9,2 anos. Enquanto que no Amapá a taxa de anafalbetismo é a menor do país com apenas 2,8%. Já entre os piores índices está o estado de Alagoas, com média de anos de estudo de 5,7 e taxa de analfabetismo de 24,6%.

O estudo indica ainda que grandes diferenças são encontradas entre a população urbana e rural (4,4% contra 22,8%), branca e negra (5,9% contra 13,4%), e das regiões Sul e Sudeste (5,5% contra 18,7%). Quando comparados os 20% mais ricos da população e os 20% mais pobres, a diferença também é grande: 2% contra 18,1%. Quanto à idade, a faixa acima de 40 anos registra o maior percentual: 16,5% de pessoas que não sabem ler e escrever.

Fonte: Diário de Natal

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