segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MONITORAMENTO

Com cuidados simples, água da torneira

pode ser consumida sem riscos

João Bezerra Júnior - ASC

Você sabia que a água da torneira pode ser consumida sem riscos à saúde, desde que sejam tomados alguns cuidados básicos? A última edição da revista Bio, traz algumas dicas sobre a ingestão da água da torneira e informa alguns cuidados sobre como armazená-la de forma correta em garrafas, para que não perca suas propriedades. De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), a água passa por um rigoroso processo de desinfecção antes de chegar às casas dos clientes. Porém é necessário tomar alguns cuidados como lavar a caixa de água a cada seis meses para garantir a qualidade do produto que sai da torneira.

Após algum tempo parada nas canalizações, a água perde algumas qualidades. Ao retirá-la da torneira, o ideal é que o consumidor deixe corrê-la por algum tempo. Para evitar desperdício, a água que corre pode ser utilizada para regar plantas ou outros usos domésticos. Antes de igerir, o ideal é que se lavem corretamente e diariamente as garrafas para que não haja contaminação, pois a água, mesmo sendo bem armazenada, não se mantém com boa qualidade indefinidamente.

As garrafas devem ser conservadas dentro da geladeira, para que não absorva o gosto de alguns alimentos. Caso a água apresente gosto de cloro, a recomendação é que o consumidor deixe a garrafa por alguns minutos no refrigerador, com isso, o cloro é dissolvido e transforma-se em gás, evaporando rapidamente, contribuindo para um melhor sabor. Nutricionistas recomendam que se beba no mínimo dois litros de água por dia em pequenas quantidades e doses regulares, fortalecendo a saúde e o bem estar.

QUALIDADE

A Caern realiza diariamente, através do Laboratório de Análise de Água, acompanhamento sobre a qualidade da rede de abastecimento de todo o Estado. A portaria 518 do Ministério da Saúde exige que todo fornecedor faça análise periódica da água distribuída para o consumo humano, fazendo o controle operacional das unidades de captação, adução, tratamento, reservação e distribuição, além de informar a população sobre a qualidade da água.

O monitoramento de todas as regiões do Estado é realizado através de amostras que são analisadas a partir da concentração de coliformes fecais, cor, resíduos, turbidez e PH, com isso, dependendo da qualidade de cada amostra, o tratamento é diferenciado. Alguns poços de abastecimento de Natal aparecem com concentração de nitrato acima dos 10 miligramas por litro de água, e para diminuir esse índice, a água de outros poços ou adutoras, como a do Jiqui, que dobrou o seu abastecimento, é misturada à água com alto índice de nitrato, diminuindo a concentração. A adutora do Jiqui já está funcionando e a expectativa da Caern é de que nas próximas semanas o teor de nitrato já seja reduzido em toda a zona Sul da cidade. Na Zona Norte, a empresa está concluindo a adutora do rio Doce, que também vai diluir a água.

De acordo com Afonso Holanda, responsável pelo Laboratório de análises, a água fornecida pela Caern é própria para o concurso humano, porém, devem-se tomar alguns cuidados, como a utilização de filtros com carvão ativado em torneiras, para diminuir a concentração do cloro. A lavagem da caixa de água também é fundamental para garantir a qualidade da água consumida. Ferver a água antes de consumi-la também é uma alternativa para retirar as impurezas que possam estar presentes na tubulação residencial.

Assessoria de C. CAERN

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