sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Vereadores aprovam CEI contra Pinheiro

Jotta PaivaDe Campo Grande
Apodi - Os vereadores desse município aprovaram ontem, durante sessão ordinária do Legislativo, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o governo do prefeito José Pinheiro Bezerra (PR). O requerimento pedindo a abertura da CEI foi assinado pelos vereadores Aurindo Gurgel (DEM), Dagmar Suassuna (PR) e Edileuza Pereira (PDT) e foi protocolado na mesa diretora da Câmara Municipal de Apodi na sessão do dia 4, quinta-feira passada.Depois de ser apreciada pela mesa diretora da Casa, o presidente interino do Legislativo apodiense, vereador Tibúrcio Marinho (PPS), colocou o requerimento em votação.Na sessão de ontem o projeto teve aprovação dos vereadores Nilson Fernandes (PMDB), Eliésio Gomes (PSB), Edileuza Pereira (PDT), Aurindo Gurgel (DEM) e Júnior Souza (PPS).Os vereadores Ailton Tenório (PR), Dagmar Suassuna (PR) e Arnaldo Costa (PP) não participaram da sessão. Arnaldo Costa pediu afastamento da presidência da casa, Dagmar Suassuna e Ailton Targino não justificaram suas ausências.A população lotou o auditório da Câmara Municipal para acompanhar o procedimento. Diante da participação de representantes de vários segmentos da sociedade, os vereadores prometeram apurar as denúncias que foram encaminhadas ao vereador Aurindo Gurgel.Segundo os vereadores, será feita uma varredura nas contas do prefeito José Pinheiro Bezerra. Os membros da comissão irão pedir auxílio do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e da Polícia Federal. A intenção é quebrar o sigilo bancário de algumas pessoas ligadas à administração municipal para averiguar todos os indícios de irregularidades apontadas na denúncia. Com a criação da CEI, os vereadores pretendem investigar todos os gastos da Prefeitura do Apodi relacionados à recuperação de estradas vicinais, licitações e algumas obras realizadas no município. Os edis informaram que se a prefeitura não colaborar com a investigação irá buscar todos os mecanismos legais para facilitar o trabalho.
Vereadores vão investigar supostas irregularidades Os vereadores, responsáveis pela instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI), estão levantando supostas irregularidades em licitações e obras no âmbito do município. O núcleo do problema é uma denúncia formulada pelo construtor Paulo Lima, da empresa Serra Verde. Ele aponta possíveis irregularidades na gestão de Pinheiro através de um documento contendo mais de 20 folhas que chegou às mãos do vereador Aurindo Gurgel. Com a confirmação das irregularidades, os vereadores vão pedir o afastamento do prefeito José Pinheiro Bezerra. Os vereadores também estão estudando a possibilidade de solicitar a presença de técnicos dos Tribunais de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Contas da União (TCU), respectivamente, para ajudar nas instigações. Praticamente sozinho, a situação do prefeito José Pinheiro Bezerra fica cada dia mais complicado. Do seu lado, até o momento, só o vereador Ailton Tenório que avisou recentemente que não votaria favorável pela investigação.
Vereadores cobram ações mais sérias do prefeitoOs vereadores Nilson Fernandes (PMDB) e Júnior Souza (PPS) ocuparam a Tribuna da Câmara Municipal para cobrar ações mais sérias por parte do prefeito José Pinheiro nas áreas da educação, saúde e no que desrespeito as vítimas das enchentes. Segundo os vereadores, as estradas da zona rural apodiense estão praticamente intransitáveis, escolas foram desativadas e quem tem pagado o preço com todos os problemas é a população.Paralisação Até a manhã de ontem os servidores da educação e da saúde estavam com suas atividades paralisadas. Ainda ontem as equipes responsáveis pelas negociações com relação à aprovação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCR) ficaram de apresentar uma solução para o caso, porém, até o fechamento dessa edição ainda não havia sido definido nada.Os professores podem voltar a se reunir hoje pela manhã e caso não tenham uma solução pronta para o problema poderão manter a paralisação das atividades de saúde e educação e entrar com processo pedindo que o Ministério Público obrigue o município a cumprir com o PCCR.

Jornal de Fato

12/10/2008

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