A velocidade de conexão do serviço ofertado pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) terá de ser quintuplicada nos próximos três anos.
A partir do início de outubro, as empresas terão de oferecer aos clientes um serviço com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps). Gradativamente, esse valor terá de subir, até chegar a 5 Mbps em 2014, quando o governo espera que o serviço de banda larga popular esteja disponível em todos os municípios do País.
Segundo o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, cerca de 70% dos domicílios que não têm
acesso à internet devem aderir ao plano lançado, oficialmente, ontem.
Atualmente, o serviço só está presente em 27% dos lares brasileiros.
O ministro fez questão de frisar que a oferta de banda larga para o PNBL não terá injeção de dinheiro público.
Bernardo anunciou, no entanto, que a Eletrobrás poderá se associar à
Telebrás para ofertar banda larga em todo o País no atacado.
A possibilidade de associação
das duas estatais para expandir a rede de fibras óticas e explorar
comercialmente o serviço foi bem recebida pela presidente Dilma
Rousseff. "A Eletrobrás pode ser sócia em uma nova empresa para fazer a
expansão e a exploração. A conversa foi bem recebida pela presidenta",
revelou Bernardo.
Segundo o ministro, está sendo
negociada uma proposta de acordo comercial em que a Eletrobrás, em vez
de simplesmente "entregar as fibras" para a Telebrás, fará um "esforço
conjunto" na comercialização. "A Telebrás faria os acordos econômicos,
mas a Eletrobrás seria integrante. Pode ter uma terceira empresa só para
explorar essas fibras. Aí sim justificaria a Eletrobrás colocar
dinheiro (no negócio)", explicou Bernardo.
Preço menor. Ao investir em
redes de fibra ótica para venda de capacidade no atacado, o ministro
estima que haverá uma redução de 30%, em média, dos preços cobrados
atualmente. Bernardo fez questão de esclarecer, no entanto, que a
proposta do governo de investir R$ 1 bilhão por ano em fibras óticas não
foi abandonada.
A oferta de banda larga no
varejo, segundo o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, vai
permitir que vários empreendedores, sobretudo pequenos provedores de
internet, possam se desenvolver no mercado, ao adquirir capacidade de
rede por valores inferiores aos praticados atualmente. No caso da banda
larga no varejo, Valente destacou que o objetivo é "incluir pessoas" que
não têm acesso ao serviço hoje.As empresas que descumprirem o termo de
compromisso assinado com o governo estarão sujeitas a sanções.
Do site migos do presidente
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