Salário continua entre os piores
A função de um professor é
a mesma em qualquer parte do Brasil: ensinar, educar, preparar.
Porém, quando o assunto é o salário dos professores,
existem enormes diferenças entre os estados brasileiros.
Um professor no estado de Roraima ganha mais de quatro mil reais, no Maranhão a remuneração ultrapassa os três mil reais, enquanto que no Tocantins é superior aos dois mil reais. Somente descendo a ladeira salarial da educação é que encontramos o Rio Grande do Norte, que paga o pior salário dos Brasil aos professores.
O salário médio pago a um docente pela atual administração estadual é de R$ 1.157,33. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Apeoc (Sindicato dos Professores no Estado do Ceará) e tem como base a remuneração do professor iniciante com Licenciatura Plena e jornada de 40 horas-aula semanais ou 200 horas-aula mensais (incluindo as gratificações).
Retirada as gratificações, considerando apenas o salário-base "seco", o Rio Grande do Norte passa para a vice-lanterna nacional, mas permanece na lanterninha da região Nordeste. Neste cenário, o RN tem um salário-base de R$ 868,00, ficando à frente apenas do Rio Grande do Sul (R$ 770,64).
Quando se analisa o valor da hora-aula, o quadro continua o mesmo: último lugar, com uma hora-aula valendo R$ 5,79. Na comparação com o salário mínimo, o salário de professor da rede estadual potiguar também fica na última colocação. Enquanto o melhor salário pago ao professor no Brasil representa 7,42 salários-mínimos, no RN, ele vale apenas 2,12 salários.
A diferença entre o maior salário pago ao professor no Nordeste (R$ 3.263,38, pago pelo Maranhão) e o menor (R$ 1.157,33, pago pelo RN) é de R$ 2.106,05.
A diferença entre o maior (R$ 4.047,49, pago por Roraima) e o menor salário (R$ 1.157,33, pago pelo RN) no Brasil é de R$ 2.890,16. Os professores do RN têm um salário abaixo da média nacional e abaixo da média regional. De acordo com os dados da pesquisa, a hora-trabalho/aula do professor no Rio Grande do Norte é muito menor que de outros profissionais do mesmo nível escolar e até de escolaridade inferior.
Os valores apresentados na pesquisa se referem ao pagamento de professores do ensino básico da rede pública em início de carreira, pagos pelos governos estaduais.
Como explicar tamanhas distorções salariais para um profissional que exerce a mesma função? Para o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN), Rômulo Arnor, alguns fatores interferem no rendimento dos professores, sendo que o mais importante "é o compromisso ou não do gestor com a educação".
Rômulo explica que o estado de Roraima, por exemplo, paga o maior salário do país como forma de atrair os professores, devido à sua dificuldade de contratar docentes. Para o sindicalista, a posição de lanterna ocupada pelo Rio Grande do Norte é resultado de anos de gestões desequilibradas na educação, sem investimento e reconhecimento da categoria. Com 18 anos de atuação na educação estadual, Rômulo relata que a categoria enfrenta os mesmos problemas ano após ano. O sindicalista adverte que a má remuneração reflete na qualidade do ensino dispensado no estado. "Não é só a questão salarial. Também falta investimento nas escolas”.
Um professor no estado de Roraima ganha mais de quatro mil reais, no Maranhão a remuneração ultrapassa os três mil reais, enquanto que no Tocantins é superior aos dois mil reais. Somente descendo a ladeira salarial da educação é que encontramos o Rio Grande do Norte, que paga o pior salário dos Brasil aos professores.
O salário médio pago a um docente pela atual administração estadual é de R$ 1.157,33. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Apeoc (Sindicato dos Professores no Estado do Ceará) e tem como base a remuneração do professor iniciante com Licenciatura Plena e jornada de 40 horas-aula semanais ou 200 horas-aula mensais (incluindo as gratificações).
Retirada as gratificações, considerando apenas o salário-base "seco", o Rio Grande do Norte passa para a vice-lanterna nacional, mas permanece na lanterninha da região Nordeste. Neste cenário, o RN tem um salário-base de R$ 868,00, ficando à frente apenas do Rio Grande do Sul (R$ 770,64).
Quando se analisa o valor da hora-aula, o quadro continua o mesmo: último lugar, com uma hora-aula valendo R$ 5,79. Na comparação com o salário mínimo, o salário de professor da rede estadual potiguar também fica na última colocação. Enquanto o melhor salário pago ao professor no Brasil representa 7,42 salários-mínimos, no RN, ele vale apenas 2,12 salários.
A diferença entre o maior salário pago ao professor no Nordeste (R$ 3.263,38, pago pelo Maranhão) e o menor (R$ 1.157,33, pago pelo RN) é de R$ 2.106,05.
A diferença entre o maior (R$ 4.047,49, pago por Roraima) e o menor salário (R$ 1.157,33, pago pelo RN) no Brasil é de R$ 2.890,16. Os professores do RN têm um salário abaixo da média nacional e abaixo da média regional. De acordo com os dados da pesquisa, a hora-trabalho/aula do professor no Rio Grande do Norte é muito menor que de outros profissionais do mesmo nível escolar e até de escolaridade inferior.
Os valores apresentados na pesquisa se referem ao pagamento de professores do ensino básico da rede pública em início de carreira, pagos pelos governos estaduais.
Como explicar tamanhas distorções salariais para um profissional que exerce a mesma função? Para o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN), Rômulo Arnor, alguns fatores interferem no rendimento dos professores, sendo que o mais importante "é o compromisso ou não do gestor com a educação".
Rômulo explica que o estado de Roraima, por exemplo, paga o maior salário do país como forma de atrair os professores, devido à sua dificuldade de contratar docentes. Para o sindicalista, a posição de lanterna ocupada pelo Rio Grande do Norte é resultado de anos de gestões desequilibradas na educação, sem investimento e reconhecimento da categoria. Com 18 anos de atuação na educação estadual, Rômulo relata que a categoria enfrenta os mesmos problemas ano após ano. O sindicalista adverte que a má remuneração reflete na qualidade do ensino dispensado no estado. "Não é só a questão salarial. Também falta investimento nas escolas”.
Fonte: Jornal de Fato
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