Coordenadora do SINTE-RN responde aos ataques de Rosalba
A Governadora afirmou que está estarrecida com os sindicalistas
por não terem orientado a categoria a acatar a ordem do Tribunal de
Justiça para o retorno imediato ao trabalho. Se ela está estarrecida o
que dirão os trabalhadores em educação que assistem a um festival de
desobediência às Leis por parte do governo?
A começar pela Lei do Piso salarial que vem sendo pisoteada pelo
governo desde o dia 06 de abril. A Governadora deve a todos os
professores 20 horas semanais de Trabalho. Ao final do mês, são 80 horas
de trabalho em sala de aula. E agora quem descumpre a Lei?
Tem mais: a Lei 432/2010, da implementação de sua tabela salarial que
será implantada só em dezembro? A lei diz outra coisa. Diz que seria
até setembro. Cadê o pagamento da carga suplementar e dos
contratados que não está em dia?
Os trabalhadores em educação não arredam pé de lutar pelos seus
direitos, nem de denunciar a situação caótica em que se encontra a
escola pública estadual. Estamos falando do direto dos profissionais que
se estende aos alunos e alunas.
Os argumentos de Rosalba não se sustentam em nenhum aspecto. No que
se refere as condições gerais do ensino estado, basta fazer alguns
questionamentos à luz da realidade para se verificar que a situação da
educação estadual beira o colapso: a reforma do Floriano Cavanti
atrasou suas aulas em dois meses. Por que tendo o governo mais de 40
dias para o início das em fevereiro e não providenciou professor para
assumir as salas de aula?
Por que cessou a convocação dos professores selecionados em 2010 para
assumir as salas de aula? Por que vem retardando a realização do
concurso público?
Se fossemos elencar as condições de precariedade das escolas
certamente teríamos que escrever um livro. Mas, podemos sintetizar
dizendo: "Se o Atheneu,- o mais antigo Liceu do Brasil, está abandonado
imagine a resto... e tem resto?
Será que a governadora já parou para pensar que não vai barrar a
insatisfação dos Profissionais? Será que o governo está refletindo que
neste momento pode-se negociar uma política que vai deixar fora do
cenário de 2012 a possibilidade de greve?
O que os trabalhadores em educação exigem é uma política para a
educação e de um ensino de qualidade e não do faz de conta que a
Governadora quer instituir neste momento.
Professora Fátima Cardos - Coordenadora Geral do Sinte-RN
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