Brasil
precisa mudar padrão do Ensino Médio
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Especialistas
apontam modelos norte-americano e europeu como exemplos bem-sucedidos a serem
seguidos
Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostram que cada vez se exige mais a conclusão do Ensino Médio para o ingresso no mercado de trabalho. O levantamento indica que, em 2009, 43,1% da população ocupada tinha essa graduação, contra 41,2% em 2008. Apesar dessa exigência, em 2008, segundo Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco e doutora em Educação, de cada 100 alunos que iniciavam a segunda etapa de estudos, apenas 50 concluíam, ou seja, 50%. O dado é preocupante se analisado cruamente. No entanto, se for levado em conta que em 1998 esse índice era de 30%, o Brasil tem algo a comemorar nesse período de dez anos. Durante o I Fórum de Agentes Jovens, no dia 25 de novembro, em São Paulo, propostas bem-sucedidas de incentivo à conclusão do Ensino Médio em escolas de quatro estados, foram feitas pelo Instituto Unibanco, que promoveu o seminário Como Aumentar a Audiência no Ensino Médio? Dois especialistas em educação abordaram o Ensino Médio no mundo e as perspectivas brasileiras. A ex-diretora-adjunta do International Institute for Educational Planning/Unesco, a francesa Françoise Caillods, abordou a perspectiva da educação para o desenvolvimento de uma nação. Françoise trouxe o exemplo dos Estados Unidos, que foi o primeiro país a tornar o Ensino Médio obrigatório, no início do século XX, para mostrar como uma população que passa mais tempo em sala de aula possui uma perspectiva financeira melhor. Nos EUA, essa porcentagem ultrapassa os 90%. “Lá, quem chega à universidade ganha em média quatro vezes mais do que quem não chega. No Brasil, podem receber de seis a oito vezes mais.” Mas, em relação aos EUA, ainda estamos muito atrasados. Somente 55% dos nossos jovens entre 25 e 29 anos completam o Ensino Médio. (Fonte: Jornal do Comércio) |
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