segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


 
dezembro/2010

Pelo 4º mês consecutivo, carnes
pressionam a inflação

Em novembro, o Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - foi de 1,04% com alta de 0,11 ponto percentual (pp) em relação a outubro (0,93%). O principal fator de pressão foi a Alimentação, que subiu 2,81%. Entre os produtos, o destaque foi a carne bovina que subiu, no mês, 11,01% e que em quatro meses acumula alta de 26,12%. Além da Alimentação, a segunda maior taxa foi detectada no Transporte (0,61%). Somente os dois grupos contribuíram com 0,89 pp no cálculo da inflação deste mês.
Índices por estrato de renda - Além do índice geral, o DIEESE calcula ainda mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em novembro, as taxas por estrato de renda foram altas para os estratos 1 (1,17%) e 2 (1,19%), e menor para o 3º (0,94%). As variações deste mês em relação às de outubro apontaram diferenças positivas para os 2º e 3º estratos, 0,11 pp e 0,15pp, respectivamente. O primeiro estrato apresentou comportamento semelhante ao do mês anterior, com apenas -0,01 pp de diferença.
Inflação acumulada - Nos últimos 12 meses, entre dezembro de 2009 e novembro deste ano, o ICV apresentou alta de 6,31%. Ao se considerar os diferentes estratos, as taxas anuais são maiores para as famílias de menor poder aquisitivo – ou seja, 6,95% para o estrato 1; reduzindo-se com o aumento da renda, ficando em 6,78% para o 2º estrato e em 5,94% para o 3º. O mesmo comportamento pode ser observado para o período de janeiro a novembro, pois a inflação acumulada é de 6,23%, e as taxas por estrato apontaram variações de 7,00% para o 1º estrato; de 6,77%, para o 2º e 5,79% para o 3º.

Alimentos in natura e semielaborados respondem pela inflação - O comportamento dos preços dos produtos in natura e semielaborados, nos últimos 12 meses, apontou forte instabilidade com origem em fatores como: problemas sazonais, questões climáticas e aumento da demanda interna e externa. Em dezembro de 2009, estes alimentos registraram deflação de -0,14%. No entanto, nos quatro meses seguintes, de janeiro a abril, apresentaram altas acentuadas acumulando, neste período, taxa de 7,40%. No quadrimestre seguinte, de maio a agosto, seus preços apontaram queda da ordem de -3,23%, vindo a subir novamente neste último trimestre, em 10,87%.  Com a contribuição destes itens, o índice geral subiu 6,31%, em um ano; a Alimentação, 10,28% e os produtos in natura e semielaborados 15,08%. Veja, no texto, a análise o comportamento dos preços de feijão, carne bovina, aves, óleo de soja e açúcar, ao longo de um ano.

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