"É deplorável para a classe política porque nós já mandamos duas propostas de reforma política para o Congresso e as pessoas não se importam em votar. Se fosse Jânio Quadros, diria que tem um inimigo oculto que não deixa os projetos serem votados".
A declaração acima é do presidente Lula, feita quando ele analisava as denúncias que envolvem o DEM e legendas aliadas da oposição em Brasília, acusadas de recebimento/pagamento de propina.
Pelo segundo dia consecutivo, o chefe do governo voltou a alertar para a necessidade de aprovação urgente de uma reforma política no país, como forma de evitar ou diminuir esses escândalos.
O "inimigo oculto"
O inimigo oculto de que fala o presidente em sua declaração não é assim tão invisível. Tem nome, sigla e endereço. É o PSDB - que junto com o PP, PR, PTB, parte do PMDB, PSB, PDT e PV - impediu a aprovação da reforma política elaborada pelo governo e que o PT, PC do B, a outra parte do PMDB e o DEM se empenhavam em votar.
Foi o PSDB com seus aliados de ocasião que "enterrou" - para usar um termo da própria Folha de S.Paulo - a reforma política, o que não é dito, aliás, na pequena nota incorreta que o jornal publica hoje a respeito.
O Folhão, por lhe ser conveniente, fala genericamente sobre o assunto e sonega de seus leitores que foram os tucanos e os parlamentares dessas outras legendas a eles aliados, que rejeitaram o projeto de reforma política.
Do Blog de Zé Dirceu
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