Incra reforma residências rurais
Apodi - Agricultores de 150 assentamentos da reforma agrária do Rio Grande do Norte tiveram suas casas reformadas e ampliadas através de investimentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). De 2008 até agora, a superintendência regional do Incra/RN investiu R$ 52,2 milhões para reformar 10.452 residências em todas as regiões do Estado.
As casas ganharam piso novo, quarto para os filhos, sala de TV, cozinha arejada e varanda ao redor da residência. Hoje, o Incra vai inaugurar a reforma de 34 casas no assentamento Soledade, em Apodi. A festa está marcada para as 16h, na sede da localidade, contando com o superintendente do Incra, Paulo Sidney Gomes, e representantes de entidades e movimentos sociais que trabalham com o homem do campo.
Foram concluídas reformas em 4.456 casas. Outras 2.615 estão sendo reformadas e 3.387 com recursos liberados para iniciar a recuperação ainda neste ano. São recursos que têm transformado as agrovilas dos assentamentos em verdadeiros canteiros de obra, além de aquecer as vendas no comércio de material de construção no interior do Rio Grande do Norte. "Essa ação do Incra é tão grande e importante quanto as de políticas habitacionais realizadas pelo Governo e mercados imobiliários", afirmou Paulo Sidney.
Construídas no final dos anos 80 e início dos anos 90, as primeiras unidades habitacionais dos assentamentos apresentavam problemas de infraestrutura. Muitas estavam rachadas, sem piso, portas danificadas, sem pintura e outros tipos de acabamento. No período do inverno a situação era agravada em função de infiltração nas paredes e goteiras no telhado. A grande maioria dessas residências foi construída com crédito no valor de R$ 2,5 mil a 3,5 mil.
A partir de 2007, o Incra criou o crédito Recuperação/Material de Construção, objetivando assegurar aos beneficiários da reforma agrária meios necessários para desenvolvimento e recuperação dos assentamentos, no valor de R$ 5 mil para cada família. A partir daí, os assentamentos mais antigos, que apresentavam residências mais deterioradas, foram contemplados com a reforma das casas.
As 10.452 famílias estão tendo a oportunidade de recuperar suas residências. Cada uma opinou sobre o modelo das casas, atendendo os padrões e projeto de engenharia e arquitetura. A maioria aumentou no tamanho da área construída, com novos cômodos, varanda, banheiros e área de serviço.
Toda essa ação está sendo acompanhada por um técnico do Incra, que participa desde a primeira reunião sobre a forma correta de aplicação do crédito até a qualidade do material de construção escolhido. O dinheiro não vai direto para o assentado; ele é repassado pelo Incra, mediante apresentação da nota fiscal, através de pagamento bancário, para a loja de material de construção contratada.
"Depois de reformada, a recuperação representa mais qualidade de vida e melhora da autoestima das pessoas, além da concretização de sonho, de ter suas casas do jeito que sempre desejaram", disse Paulo Sidney. O superintendente informou que, para o próximo ano, está prevista a recuperação de mais 4.047 casas. Os recursos já estão assegurados.
Jornal de Fato
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