Críticas revelam preconceito contra ascensão de Lula, avalia pesquisadora
A
notícia de que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva passará por um
tratamento contra câncer na laringe no hospital Sírio Libanês foi
recebida com protestos em redes sociais. Na internet, um grupo pede que o
petista utilize hospitais públicos e o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Sandra Regina
Nunes, "as críticas se apoiam no fato de Lula ter sido analfabeto e se
tornado presidente, de ele ter ascendido".
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Por que não se faz uma manifestação para que todo mundo use o SUS? A
questão é menos de fidelidade com os ideais políticos e mais um
preconceito. É como se questionassem: "Por que Lula tem que se tratar no
Sírio Libanês? O lugar de onde ele veio não permite que isso aconteça" -
questiona Sandra, membro do Laboratório de Estudos da Intolerância e
professora de comunicação da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
Uma
campanha no Facebook pedindo que Lula se trate no SUS já ganhou mais de
800 adeptos. Os internautas também se organizam para divulgar as
críticas em sites de notícias. A rede de TV internacional CNN, por
exemplo, publicou a informação sobre a doença do ex-presidente e recebeu
uma série de comentários irônicos de brasileiros sobre o sistema de
saúde nacional.
Do Blog da Dilma
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