PT-SP quer que Ministério Público apure escândalo envolvendo licitação do Metrô
O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) informou nesta terça-feira (26) que a bancada estadual do PT entrará com uma representação no Ministério Público (MP) para investigar o vazamento, seis meses antes, do resultado da licitação para a construção de novos trechos do Metrô de São Paulo.
Os parlamentares querem apurar as suspeitas de fraude no processo licitatório, que só foi publicamente conhecido na ultima quinta-feira (21). No entanto, o jornal Folha de S.Paulo já conhecia os consórcios vencedores há seis meses.
"Desde que os tucanos assumiram a administração do estado de São Paulo surgiram várias denúncias de fraude e corrupção em licitações no estado. No entanto, nenhuma das denúncias foi investigada por meio de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) porque os tucanos barraram todas. Já que a Assembléia legislativa não apura, vamos pedir ao MP que investigue", disse Jilmar.
O episódio do vazamento dos vencedores da licitação do metrô, associado aos demais escândalos envolvendo os tucanos, disse Jilmar Tatto, são uma pista de como poderia ser a gestão de Serra, na hipótese de ocupar o cargo de presidente.
Fachada
Na avaliação do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o vazamento antecipado dos consórcios vencedores do processo de licitação demonstra que todo o procedimento serviu apenas como fachada para encobrir os acordos entre as empreiteiras e o governo. "Isso é um importante indício de fraude. Se a licitação foi suspensa por um período, e mesmo assim os vencedores continuaram os mesmos, é prova de que as empreiteiras fizeram uma combinação para manter as margens altíssimas de lucro e provavelmente levar algum benefício para pessoas ligadas ao governo", denunciou.
O parlamentar também reclamou da falta de investigação das fraudes tucanas, tanto pelo MP, quanto pela Assembléia Legislativa do Estado.
Fraude
Entre os dias 20 e 23 de abril deste ano, o jornal Folha de S.Paulo registrou o nome dos vencedores da licitação em um vídeo e também no 2º Cartório de Notas de SP. A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB), que no início de abril deste ano entregou o governo para o seu vice, o tucano Alberto Goldman, para disputar a Presidência da República.
O resultado da licitação foi conhecido previamente pela Folha apesar de o Metrô ter suspendido o processo em abril e mandado todas as empresas refazerem suas propostas. A suspensão do processo licitatório ocorreu três dias depois do registro dos vencedores em cartório. O valor dos lotes de 2 a 8 passa de R$ 4 bilhões.
Site PT
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