O que está acontecendo em telecomunicações
Foi-se o tempo em que o consumidor brasileiro ficava maravilhado com os
avanços tecnológicos disponíveis no exterior. Finalmente, afirmam
especialistas em tecnologia, o Brasil está recebendo as mais recentes
novidades em acessibilidade móvel simultaneamente com os mercados
maduros. Segundo Jesper Rhode, vice-presidente de inovação da Ericsson
para a América Latina, a multinacional sueca já testa, em parceria com
universidades locais, as tecnologias "5G" que está desenvolvendo.
O que virou o jogo e abreviou o tempo de espera do brasileiro pelas novas tecnologias foi o espantoso crescimento do mercado local nos últimos anos, especialmente quando o assunto é telefonia celular. "Sempre se tentou estabelecer um teto para o mercado de telefonia celular no Brasil, mas todas as previsões se mostraram conservadoras. E a tendência é que o mercado continue a surpreender", diz Rhode.
Expansão acelerada.
O que virou o jogo e abreviou o tempo de espera do brasileiro pelas novas tecnologias foi o espantoso crescimento do mercado local nos últimos anos, especialmente quando o assunto é telefonia celular. "Sempre se tentou estabelecer um teto para o mercado de telefonia celular no Brasil, mas todas as previsões se mostraram conservadoras. E a tendência é que o mercado continue a surpreender", diz Rhode.
Expansão acelerada.
O Brasil fechou o ano passado com 261,8 milhões de linhas de telefonia
móvel, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A
multinacional americana Cisco afirma que 157 milhões de brasileiros têm
telefone celular. Mesmo assim, nos próximos cinco anos, o mercado
seguirá crescendo 2,2% ao ano.
Esses aparelhos estarão nas mãos de 175 milhões de pessoas até 2017. A exigência por conectividade cresce junto com o acesso a aparelhos mais sofisticados, como smartphones e tablets. A venda de tablets, aliás, deve crescer 90% no País só este ano, segundo a consultoria IDC.
Para quem entende de tecnologia, a popularização desses aparelhos deverá obrigar as provedoras de serviço de internet móvel a investir mais na rede para não perder clientes. "O que vai acontecer, em breve, é que cada pessoa vai ter não apenas um, mas até dez aparelhos conectados à web. A internet estará presente no telefone, no carro, na televisão e até na geladeira. E será necessário adaptar o serviço atual a essa realidade", diz Rhode.
Além disso, a banda larga móvel cumprirá, a exemplo do que ocorreu com os telefones celulares, uma função social no Brasil. Segundo Anderson de Almeida André, diretor de operações em telecomunicações da Cisco Brasil, como ocorria no caso da telefonia, a banda larga fixa cobre só cerca de 300 cidades entre os mais de 5,5 mil municípios brasileiros. "O real acesso da maioria da população à banda larga vai se dar pela rede móvel, pelo celular", diz o especialista.
Quando se analisa a evolução da telefonia celular nos últimos dez anos, fica claro que o Brasil está subindo nas prioridades das grandes multinacionais. A tecnologia europeia GSM, que introduziu a troca de operadora só com a mudança de chip e o roaming automático, chegou ao Brasil com 12 anos de atraso em relação a seu lançamento internacional, em 1990.
Essa diferença começou a ser reduzida com a internet 3G, que aportou no País quatro anos após o lançamento mundial. No caso do 4G, aponta Rhode, da Ericsson, a espera foi de apenas um ano. A tendência, a partir de agora, é que as novas tecnologias de acesso cheguem de forma simultânea.
E o grande desafio dos próximos anos será expandir o serviço de dados. Agora que já fala à vontade no celular, o brasileiro quer navegar na internet com qualidade. Estatísticas da Cisco apontam que o tráfego de dados em aparelhos móveis no País cresceu 67% somente em 2012.
Para os próximos cinco anos, a expectativa é que o volume de dados transmitidos na rede móvel brasileira continue a se expandir 65% ao ano, um ritmo superior ao dos Estados Unidos e da Europa, mercados onde o acesso à internet móvel é bem mais disseminado.
Gastos.
Esses aparelhos estarão nas mãos de 175 milhões de pessoas até 2017. A exigência por conectividade cresce junto com o acesso a aparelhos mais sofisticados, como smartphones e tablets. A venda de tablets, aliás, deve crescer 90% no País só este ano, segundo a consultoria IDC.
Para quem entende de tecnologia, a popularização desses aparelhos deverá obrigar as provedoras de serviço de internet móvel a investir mais na rede para não perder clientes. "O que vai acontecer, em breve, é que cada pessoa vai ter não apenas um, mas até dez aparelhos conectados à web. A internet estará presente no telefone, no carro, na televisão e até na geladeira. E será necessário adaptar o serviço atual a essa realidade", diz Rhode.
Além disso, a banda larga móvel cumprirá, a exemplo do que ocorreu com os telefones celulares, uma função social no Brasil. Segundo Anderson de Almeida André, diretor de operações em telecomunicações da Cisco Brasil, como ocorria no caso da telefonia, a banda larga fixa cobre só cerca de 300 cidades entre os mais de 5,5 mil municípios brasileiros. "O real acesso da maioria da população à banda larga vai se dar pela rede móvel, pelo celular", diz o especialista.
Quando se analisa a evolução da telefonia celular nos últimos dez anos, fica claro que o Brasil está subindo nas prioridades das grandes multinacionais. A tecnologia europeia GSM, que introduziu a troca de operadora só com a mudança de chip e o roaming automático, chegou ao Brasil com 12 anos de atraso em relação a seu lançamento internacional, em 1990.
Essa diferença começou a ser reduzida com a internet 3G, que aportou no País quatro anos após o lançamento mundial. No caso do 4G, aponta Rhode, da Ericsson, a espera foi de apenas um ano. A tendência, a partir de agora, é que as novas tecnologias de acesso cheguem de forma simultânea.
E o grande desafio dos próximos anos será expandir o serviço de dados. Agora que já fala à vontade no celular, o brasileiro quer navegar na internet com qualidade. Estatísticas da Cisco apontam que o tráfego de dados em aparelhos móveis no País cresceu 67% somente em 2012.
Para os próximos cinco anos, a expectativa é que o volume de dados transmitidos na rede móvel brasileira continue a se expandir 65% ao ano, um ritmo superior ao dos Estados Unidos e da Europa, mercados onde o acesso à internet móvel é bem mais disseminado.
Gastos.
À medida que o brasileiro entra em contato com conteúdos disponíveis na
web não só pelo smartphone, mas também pelo "velho" aparelho de TV, a
disposição do consumidor de classe média em gastar com tecnologia também
cresce. Para André, da Cisco, o brasileiro vê na tecnologia uma forma
de diminuir a diferença entre seu padrão de consumo e o modo de viver
das camadas mais ricas. "As pessoas descobrem que, investindo em
tecnologia, podem ter acesso a serviços e melhorar sua qualidade de
vida", diz o especialista. "Isso acaba criando um círculo virtuoso para o
setor."
O grande teste das operadoras, segundo o executivo da Cisco, virá na Copa de 2014. "Estamos nos aproximando de um cenário em que a qualidade do vídeo é vital", afirma. "Não adianta o serviço funcionar a maior parte do tempo. Ele não pode falhar nunca, especialmente na hora em que a pessoa quer ver o gol da seleção brasileira."
O grande teste das operadoras, segundo o executivo da Cisco, virá na Copa de 2014. "Estamos nos aproximando de um cenário em que a qualidade do vídeo é vital", afirma. "Não adianta o serviço funcionar a maior parte do tempo. Ele não pode falhar nunca, especialmente na hora em que a pessoa quer ver o gol da seleção brasileira."
Do B. Amigos do presidente Lula
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