Cuidado com
“o alarmismo climático”
Ninguém precisa ficar com complexo de culpa porque usa automóvel.
O programa Entrevista Record, que vai ao ar nesta segunda-feira, às 22h15, na RecordNews, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, exibe importante depoimento do professor José Bueno Conti, doutor em Geografia Física e Livre-docente em Climatologia da USP, autor do livro “ Clima e Meio Ambiente”.
O professor Conti é um dos cientistas e professores signatários da Carta Aberta enviada à Presidenta Dilma, às vésperas da Rio+20:
http://agfdag.wordpress.com/2012/05/19/carta-aberta-a-presidente-dilma-rousseff/
A Carta começa por endossar a tese da Presidenta de que “a fantasia” não tem lugar em discussão sobre meios de promover o crescimento econômico.
Também repudia “as motivações ideológicas, políticas, econômicas e acadêmicas” que tem pautado a discussão sobre o Clima, e se afastaram “dos princípios basilares da prática cientifica”.
Assim, o professor Conti concorda com a Presidenta ao estabelecer a erradicação da pobreza como a prioridade da Rio+20.
Primeiro, Conti refutou que o Homem mude o clima da Terra.
A ação do homem tem efeito limitado, circunscrito – e, não, global.
Ninguém precisa ficar com complexo de culpa porque usa automóvel.
Conti lembra que há 88 vulcões no mundo em atividade, com muito maior impacto sobre o clima global do que o homem.
Que o vapor da água é muito mais importante – e não hã como controlá-lo.
As grandes metrópoles juntas, somadas, com sua poluição localizada, são apenas um por cento da superfície da Terra.
Conti lamenta esse furor contra o petróleo e a proposta alternativa – energia do vento, do sol.
É tudo muito caro, que o pobre não pode consumir.
O petróleo e a energia hidrelétrica são muito mais baratas e acessíveis ao pobre.
A discussão sobre a “descarbonização”, como diz a Carta Aberta, é “desnecessária e economicamente deletéria”.
Conti levou um recorte da Folha, dos anos 50, que anunciava para os proximos 50 anos o derretimento da calota polar e o alagamento de Tóquio pelo aumento do volume da água.
Nos anos 70, foi a ameaça da “dessertificação”.
Como diz a Carta à Presidenta, “o alarmismo ambientalista … terá de ser apeado do atual pedestal de privilégios imerecidos e substituído por uma estratégia que privilegie os princípios cientificos, o bem comum e o bom senso.”
Como disse o professor Conti, os pobres da África, da China, do Brasil não estão preocupados com o “meio ambiente”, mas com comida.
Ninguém deve sair por aí a derrubar árvores.
Mas, o homem não está com essa bola toda.
Não é ele quem aquece a Terra – disse Conti.
E, se daqui a algum tempo, como prevêem Conti e a Ciência, houver um esfriamento da Terra, que papel caberá ao Homem ?
Por Paulo H. Amorim