quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



Pesquisas apontam viabilidade do cultivo de uva na região do oeste potiguar


O clima do semiárido potiguar é propício para o cultivo da uva. “A escassez de chuva e a temperatura média constante, em torno de 32º graus, são condições favoráveis ao cultivo”, diz Django Dantas, Mestre e Doutor em Fruticultura. O estudioso está no segundo ano de vigência do experimento que está sendo montado na Fazenda Rafael Fernandes, pertencente à Universidade Federal Rural do Semiárido, Ufersa.
A pesquisa tem o objetivo de conhecer o comportamento das videiras nas condições climáticas do Rio Grande do Norte. Segundo o pesquisador,  as condições possibilitam duas colheitas anuais, o que não ocorre em regiões de clima frio que possibilita apenas uma colheita. Outra vantagem apontada por Django Dantas é a vida produtiva do parreiral que pode alcançar até 25 anos.
Outro diferencial da pesquisa é a forma de produção com baixo impacto ambiental, ou seja, com menor uso de defensivos.
Serão avaliadas os tipos: Itália Melhorada, Isabel Precoce e Niagra Rosada.  A uva tipo Isabel Precoce tem grande aceitação para mesa, vinho e sucos. Já a Itália Melhorada para mesa e, a Niagra Rosada tem boa aceitação na mesa e para a produção de vinho.
O experimento ocupa uma área de 2.500 m², totalizando 360 plantas irrigadas por micro aspersão. “Observamos que o desenvolvimento ocorreu semelhante às videiras cultivadas no Vale São Francisco”, ressalta o pesquisador. As mudas, estacas e garfos vieram de Juazeiro, na Bahia, e foram produzidas aqui na região.
Análise
A segunda etapa da pesquisa vai acontecer com a pós-colheita prevista para os próximos dias onde serão avaliadas a produtividade, a qualidade do fruto (peso e tamanho do cacho) e o teor de açúcar (Brix). “Nessa etapa vamos obter o ciclo produtivo das três cultivares e comparar com as das uvas produzidas em outras regiões do país”, afirma, acrescentando que a uva é uma fruta de grande produtividade.
O pesquisador acredita ainda que a pesquisa com uva irá contribuir para uma mudança na cultura dos produtores da região. “A uva tem excelente produtividade podendo chegar a 30 toneladas por safra com apenas um hectares plantado”, afirma. O investimento inicial adianta o pesquisador fica em torno de R$ 40 mil. “Na segunda colheita o produtor já tira o investimento”, assegura Django.
Fonte: Jornal de Fato

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