quarta-feira, 30 de julho de 2014


Plano Real do "FHC" e o projeto de nação do PT desenvolvido pelo presidente Lula



PAntonio Ibiapino da Silva - especial para o Blog da Dilma - Fortaleza/CE:
Essência do plano real:
Alguns economistas impudicos e outros atores tentam de forma sorasteira ludibriar a nação ao dizerem que o Plano Real foi a base para o sucesso econômico alcançado pelo governo Lula. Quem afirma isso, não pode ser outra coisa além de sínico. Na verdade o Plano Real foi exatamente oposto ao projeto político de nação desenvolvido pelo ex-presidente Lula e agora pela presidenta Dilma Rousseff.
Para entendimento do leitor vamos tentar descrever o Plano Real e o Projeto de nação do PT. A primeira coisa a ser levada em consideração é o fato de que um plano é sempre uma coisa puntual ou tática; enquanto que um projeto é muito mais amplo, ou seja, tem valor estratégico. Assim sendo, o Plano Real do "governo FHC", na sua proposição pontual, tinha como objetivo apenas conter a inflação e para tanto os meios usados foram os mais absurdos possíveis. FHC fez uso de três pontos primordiais em seu plano. O primeiro foi a elevação dos juros, o segundo o arrocho salarial e o terceiro a capitação frenética de dólares para administrar as despesas da divida externa. Estes três pontos ou tripé do Plano Real constituiu um dos maiores crimes já cometido contra o Brasil e ao seu povo.
Vejamos qual era o princípio fundamental do Plano desenvolvido por essas vias. Em economia existe uma lei geral e natural; conhecida como lei da procura e da oferta. Com base nesta lei, FHC e seus técnicos elevaram os juros e reduziram os salários, porque sabiam sem nenhuma sombra de dúvida que através dessas medidas reduziriam o consumo e com isso continham pontualmente a inflação. É claro que tinha como pano de fundo o princípio fundamental da referida lei. Todos sabem que ao faltar um determinado produto no mercado o preço do mesmo sobe imediatamente, por outro lado, se um determinado produto estiver sobrando, seu preço tende a cair num fenômeno contrário a situação anterior.
Então, o que fez FHC? Diminuiu o valor dos salários e em consequência a renda dos brasileiros, especialmente da classe média. essas medida diminuiu o poder de compra e em consequência diminuir a procura no mercado; forçando a sobra de mercadorias, o que ensejou uma oferta superior a procura, proporcionando portanto a queda dos preços. Ao mesmo tempo o governo aumentou a taxa de juros como meta coercitiva contra os produtores que por sua vez suprimiram significativamente o processo produtivo. Se por um lado essas duas medidas iniciais foram suficiente para conter temporariamente a inflação, por outro foram nefastas ao país. Com a taxa de juro que chegou a 85,74%, FHC elevou a dívida interna de 63 bilhões em 2995 para 720 bilhões somente em oito anos. Até hoje o Brasil paga um preço muito alto em virtude de um erro cometido ainda em 1996. Na época tivemos o maior desemprego da história do Brasil e, era muito natural que esse fenômeno acontecesse, porque os empresários preferiram reduzir a produção a correr risco de tomar dinheiro emprestado a juros altíssimos sabendo que o poder de compra do povo brasileiro não permitiria comprar quase nada. Como se vê o Brasil aumentou exageradamente a sua dívida e desempregou milhões de trabalhadores. Em consequência aguçou a miséria em todo o país. Segundo o senso; em 2002, mais de 52 milhões de brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza.
O terceiro ponto em questão diz respeito as medidas adotadas para captação de dólares a fim de administrar a dívida externa. Como isso foi feito? Para administrar uma dívida de tamanho vulto e que crescia assustadoramente, o governo só disponha de um recurso, ou seja, a capitação frenética de dólares. Para isso FHC já havia arquitetado a primeira armadilha, que correspondia a redução do poder de compra dos brasileiros, cuja a finalidade era ensejar sobras da produção, com as quais se realizavam as transações cambiais.
Um dos grandes erros do governo do PSDB foi a falta de observação da natureza dos nossos produtos de exportação, que são gravosos especialmente naquela época. Esta falha foi realmente um ato de ignorância, ou de mar fé. Em virtude da não observação desse fenômeno, FHC inexoravelmente se obrigou a subsidiar as exportações, aprofundando a crise e levando milhões de brasileiros à miséria.
O subsidio foi necessário para cobrir a diferença dos preços das mercadorias entre os dois mercados (interno e externo). Essas medidas não deram conta do problemas então o governo foi obrigado a cometer outra irresponsabilidade que foi a fabricação a fabricação de papel moeda através do Tesouro Nacional e, essa era mais uma medida sem sentido, por conseguinte absurda, haja vista, que a fabricação de papel moeda sem lastro econômico é um dos fatores preponderante para desencadear os processos inflacionários nas economias. Em suma o resultado do Plano Real do FHC foi unicamente o empobrecimento do Brasil, que pode ser visto através de três fenômenos claros a saber: 1) aumento das dívidas externa e interna; 2) aumento da miséria no Brasil e 3) venda das empresas brasileiras a preços muito baixos. De tal modo que podemos afirmar categoricamente que o Plano Real foi um atentado criminoso contra os interesses e a soberania do país.
Os desmandos do PSDB, através de seu indouto presidente FHC e outros colaboradores, como: Ciro Gomes, Sergio Moto etc, foram tão nefastos, que se fossem contra uma nação, onde os políticos e também o poder judiciário são mais comprometidos com os interesses da nação; certamente muitos desses criminosos estariam condenados e presos.
Projeto de nação desenvolvido pelo PT, a partir de 2002:
Diferentemente do Plano Real o Projeto de Nação do PT contrariou completamente os princípios fundamentais do Plano do FHC. Em primeiro lugar o presidente Lula tratou de recuperar o poder de compra dos brasileiros aumentando o valor nominal dos salários e por conseguinte a massa salarial no país; o fez como não poderia ser diferente em virtude da situação caótica de pobreza que encontrou no Brasil. Então teve que resolver os problemas gradativamente em frequente diálogo com o movimento social organizado. A segunda medida fora a redução dos juros, que caíram de 85,74% para os atuais 7,25%. E a terceira medida levada a cabo pelo presidente Lula fora a retomada do desenvolvimento da economia nacional; ao mesmo tempo em que se buscava incessantemente o fortalecimento do mercado interno. Estas três ações do governo Lula do PT são diretamente contrárias ou opostas ao Plano Real e serviram como uma espécie de antídoto para salvar o Brasil, tanto da situação em que se encontrava, como em relação as crises econômicas do sistema capitalista, que na época se aproximavam e hoje, afeta todo o globo.
Para além das medidas econômicas, o PT trabalhou em outras áreas importantes. Em relação a educação estabeleceu a Lei do Piso dos profissionais da educação, coisa impensada em governos anteriores, especialmente no governo do PSDB. Nos últimos dez anos foram criadas inúmeras universidades, escolas técnicas e Programas. Isso dar ao Brasil a possibilidade concreta de em poucos anos se transformar numa potência tecnológica, econômica e cultural sem precedentes nas Américas.
Infra-Estrutura: em números reais, nem os Estados Unidos, maior potência econômica do mundo investiu tanto quanto o Brasil. Os recursos foram empregados em todas as áreas imagináveis. A meta era em curto prazo retirar o Brasil do atraso e prepará-lo para o futuro. Outa questão que deve ser destacada diz respeito ao esforço do governo Lula para preservar as empresas nacionais importantes que sobraram do desmonte do governo anterior. A Petrobras é um exemplo claro, cujos os lucros são destinados ao progresso da nação, através do desenvolvimento social e humano; como deve ser a finalidade de toda empresa pública.
Com o projeto de nação do PT o Brasil é um país que cresse sobretudo em ideias, como: o princípio republicano de proporcionar oportunidades para todos, democracia, liberdade, justiça social etc. Esses valores são a negação da negação do neoliberalismo imposto pelas elites, cujo representante maior no Brasil contemporâneo foi o renegado Fernando Henrique Cardoso, um dos palatinos do neoliberalismo.
Blog da Dilma

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