Pequenos comerciantes estabelecidos em
frente ao paredão da Barragem de Santa Cruz se veem amedrontados com a
falta de segurança em que se encontra aquele ponto turístico distante 15
quilômetros do centro da cidade de Apodi. O ambiente, por mais
agradável que possa se constituir, está à mercê de pessoas que vão de
encontro a lei. Inexiste, por sua vez, um aparato policial que possa
garantir tranquilidade a turistas que procurem o local a fim de se
divertir ou com outras finalidades.
Em conversa com a equipe de reportagem da GAZETA DO OESTE, alguns
comerciantes chegaram a reclamar do estado de abandono do local. Eles
cobram dos poderes públicos uma maior atenção no sentido de dotar aquele
ponto turístico em algo melhor aproveitável. “Aqui, quando dá quatro
horas da tarde temos que fechar as portas e ir embora. Alguns clientes
querem demorar um pouco mais, mas não aceitamos. Isso aqui se transforma
em um lugar sem nenhuma segurança”, garante o proprietário de um dos
estabelecimentos comerciais do local.
Na área onde as várias barracas estão instaladas não existe nenhum
tipo de iluminação pública, já que é proibido pelo Departamento Nacional
de Obras Contra as Secas (DNOCS), mas alguns comerciantes, cotados
entre si, adquiriram um gerador objetivando estender mais a presença de
turistas no referido local. Isso não é mais dado como possível em
virtude de não existir segurança. A equipe de reportagem da GAZETA DO
OESTE esteve no local e durante cerca de quatro horas não conseguiu
registrar a presença de uma viatura policial sequer. A área de lazer é
visitada por pessoas não só residentes no município de Apodi, mas de
todas as regiões do Estado do Rio Grande de
Norte.
Esticar o atendimento a clientela do Balneário de Santa Cruz, como
também é conhecido aquele local, pelo menos até as 20 horas, apenas nos
finais de semana, é um desejo coletivo, mas que fica emperrado quando se
faz necessária a presença do poder público com o investimento na defesa
social. No município de Apodi, se encontra instalada uma Companhia de
Polícia Militar (CPM), mas o efetivo humano é pequeno para garantir a
segurança. São cerca de oito municípios subordinados à mencionada
corporação.
Prova contundente do quanto o balneário da Barragem de Santa Cruz, a
segunda maior do Estado do Rio Grande do Norte, se encontra abandonado, é
o Complexo Turístico que estava sendo construído e há cerca de três
anos as obras estão paradas. O imóvel se acha transformado em um enorme
‘elefante branco’ e aos poucos sendo depredado pela ação de vândalos.
“Isso aí foi feito sem consultar a nós os mais interessados e hoje vive
entregue a viciados em droga ou casais de namorados que transformam os
boxes em uma espécie de quarto de motel”, reclamou um morador da região.
Há cerca de uma semana, a polícia conseguiu identificar, através de
um vídeo, um dos suspeitos de destruir o patrimônio público. Um jovem
aparece jogando pedras nas lâmpadas até conseguir quebrá-las. Em outro
trecho, um rapaz retira um vazo sanitário e o arremessa no chão. Os
responsáveis pela depredação parecem se divertir com a destruição do
local.
Gazeta de Oeste
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