sábado, 8 de março de 2014

Posições de Wilma e Fátima definem chapas majoritárias no pleito de 2014


Ex-governadora e deputada são cobiçadas por pré-candidatos para composição das chapas majoritárias

No Dia da Mulher, comemorado internacionalmente neste sábado, uma realidade está visível para todos: duas mulheres vão definir os rumos da política potiguar nos próximos meses, Wilma de Faria (PSB) e Fátima Bezerra (PT). Com popularidade em alta junto ao eleitorado, as duas podem ser colocadas como as “noivas” do pleito e, não por acaso, estão sendo disputadas de forma acirrada pelos partidos e pré-candidatos para a composição de chapas majoritárias. Os caminhos escolhidos por elas poderão confirmar candidaturas e, até mesmo, vencedores da disputa política que está por vir.
Para quem duvida, a confirmação é simples e pode ser facilmente testada pelas condições políticas que as duas atravessam. Fátima Bezerra, deputada federal mais votada em 2010, vive a expectativa de disputar pela primeira vez o Senado Federal, apoiada por um grande número de potenciais eleitores, graças aos trabalhos feitos no setor da educação, sobretudo, com a conquista de diversos IFRNs para o interior do Estado.
Dessa forma, a candidatura dela, por sinal, é quase uma imposição do PT nacional para aumentar o número de senadores do partido em 2015. Agora, a aproximação dela do PSD começa a fortalecer a candidatura do vice-governador e pré-candidato ao Governo, Robinson Faria. Afinal, acaba por ser o “apoio de peso” que Robinson procurava desde que afirmou que tinha interesse em disputar o governo, ainda em 2013.
Ainda há dúvida de que Fátima é forte? Pois bem: na última pesquisa de intenção de voto publicada pela Consult, em dezembro de 2013, a ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, ganharia com boa margem de votos de todos os adversários – incluindo o ministro Garibaldi Filho, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, o empresário Fernando Bezerra e o vice-governador Robinson. A vitória mais apertada, quase um empate técnico, seria, justamente, se ela disputasse o Senado contra Fátima.
Essa situação, inclusive, pode ser um dos fatores que atrasa a definição sobre o destino da própria Wilma de Faria. Ela aceitaria disputar o Senado contra Fátima, desde que não seja para compor uma chapa contra um candidato “fraco” para o Governo. Porque se isso for acontecer, para Wilma, é melhor disputar o próprio Governo, onde teria mais chances de ganhar.
E se a ex-governadora não se decide, o PMDB – partido que já confirmou que lançará um nome ao Governo, mas não disse quem – não escolhe o candidato. Isso porque, para a sigla, ter o apoio de Wilma de Faria (ou melhor, tirá-la da disputa para o Governo) é fundamental para que o projeto possa ser confirmado. Hoje, o partido de Henrique, Garibaldi e Fernando Bezerra sabe que uma disputa direta contra a ex-governadora significa uma redução das chances de vitória.
Dessa forma, pode-se dizer que está nas mãos de Wilma e Fátima Bezerra a definição do pleito de 2014 – ou, pelo menos, de quem serão os candidatos. Se confirmar o apoio a Robinson e a composição da chapa disputando o Senado, Fátima confirma a candidatura do PSD. Consequentemente, deixa Wilma mais “exigente” com relação a quem ela vai escolher para ficar ao lado dela na disputa deste ano (e se vai escolher alguém para disputar o Governo ou vai ela mesmo para o pleito). Se a ex-governadora for para a disputa pelo Senado, deixa o caminho livre para o PMDB. Se for para o Governo, pode forçar os peemedebistas a lançarem (a contra gosto) o ministro e ex-governador Garibaldi – e pode até fazer Robinson Faria pensar duas vezes antes de concorrer ao Executivo.
EFEITO DILMA
A pergunta que pode ser feita diante disso é: se Wilma e Fátima são tão fortes, porque as duas não se juntam para a disputa de 2014? Porque há outra mulher impedindo isso, a presidente da República, Dilma Rousseff. Tendo o PSB pré-lançado a candidatura própria à Presidência e o PT decidido proibir o “fortalecimento do palanque adversário”, as duas siglas estariam proibidas de se aliar para o pleito deste ano.

Sendo assim, o PT no Rio Grande do Norte veta a presença de Wilma numa chapa majoritária, o que impede uma eventual composição entre Fátima para o Senado e Wilma para o Governo. Ou mesmo uma composição de Wilma para o Senado e outro nome para o Governo, apoiado pelos petistas (com indicação de vice-governador ou suplente de senador).
Ext.do  j. de hoje

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