Defesa Civil contabiliza prejuízo de
R$ 7 milhões; 1.500 precisam de ajuda
Apodi - A água no Vale do Apodi começou a baixar. Porém, o coordenador da Defesa Civil do município, Marcílio Reginaldo, disse que ainda é preciso ter cautela, pois a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) alerta que haverá mais chuvas nos próximos dias. Até o momento, os prejuízos deixados pela cheia em Apodi passam dos R$ 7 milhões.
O trabalho da equipe de Defesa Civil, formada por mais de 40 pessoas, usando 3 lanchas, 5 carros, 12 canoas, além do Corpo de Bombeiros, se concentra em prestar assistência a mais ou menos 1.500 famílias, que perderam toda a safra e são de baixa renda. Ele disse que a principal necessidade é de atendimento médico. "Apareceram muitas crianças doentes e estamos diligenciando atendimento para todas", diz.
No município, entre as vítimas da cheia, 250 pessoas precisaram de atendimento médico só nesta semana. Três crianças foram internadas com pneumonia. Ontem, os enfermeiros e médicos que estão atendendo as vítimas aguardavam a chegada de kits de medicamentos solicitados ao Governo do Estado. "Pedimos mil kits e não sabemos quantos eles vão enviar", diz Marcílio.
É preocupação da Defesa Civil de Apodi o fato das cestas básicas enviadas pelo Governo do Estado estarem se acabando. "Recebemos 1.500 e estas já estão no fim e não sabemos se vem mais. E este é o momento de maior preocupação", diz o coordenador da Defesa Civil, lembrando que os produtores de caprinos na região da chapada do Apodi estão enfrentando dificuldades devido ao solo encharcado.

ESTRAGOS
Os estragos da cheia neste ano em Apodi passam dos sete milhões. Segundo Marcílio Reginaldo, as estradas de acesso à zona rural estão intransitáveis e em pelo menos três casos a passagem é somente em canoas. Neste caso, o município recebeu promessa do Departamento Nacional de Obras Contra (DNOCS) de três pontes metálicas. "Precisamos e eles prometeram, agora estamos aguardando", conclui.

Jornal de Fato