quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Centrais lançam nota sobre terceirização: regular sem precarizar


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Da Redação
As centrais sindicais mais uma vez se reuniram em Brasília com representantes do Congresso Nacional, do governo federal e com empresários, na última terça-feira (13), para dar continuidade às negociações a respeito do PL 4.330/2004, que trata da regulamentação da terceirização. CTB, CUT, FS, CGTB, NCST e UGT conseguiram convencer os líderes partidários a adiar a votação do projeto, a fim de que a matéria seja mais bem debatida.
Terça e quarta-feira (14), o movimento sindical compareceu às reuniões de CCJ para acompanhá-las e não ser surpreendido com a votação da matéria de forma sorrateira, já que o tema é muito polêmico e ainda não há acordo para votação do relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA).
Em princípio, o acordo na CCJ foi adiar a votação do texto para o dia 3 de setembro. Até lá, a comissão quadripartite continuará se reunindo para tentar construir um acordo equilibrado que permite votar o projeto.
Leia mais:
Terceirização: sem acordo na CCJ votação é adiada para setembro
Diante da intransigência demonstrada pelos representantes do empresariado durante a reunião, as centrais decidiram elaborar um documento por meio do qual reafirmam sua posição: regular a terceirização, porém sem precarizar as relações trabalhistas existentes no país.
Leia a nota divulgada pelas centrais sindicais:
Regular sem precarizar
Diante dos males que a terceirização impõe à classe trabalhadora no Brasil, com maior jornada de trabalho, menores salários, volume expressivo de acidentes de trabalho e forte rotatividade, as centrais sindicais mantêm um longo histórico de luta com o objetivo de barrar esse modelo de contratação que suprime direitos e precariza as condições de trabalho no Brasil.
Em 2009, construímos uma proposta a partir de um Grupo de Trabalho criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que iniciou de forma tripartite, mas finalizou a construção de um projeto sem a presença dos empregadores, que abandonaram a discussão. O texto permanece parado na Casa Civil.
Ao contrário, o Projeto de Lei 4.330, de 2004, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), avançou até a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara e aguarda votação, após a elaboração do substitutivo do relator, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA).
Devido à ação conjunta das centrais sindicais, empresários, parlamentares e o governo federal aceitaram construir em conjunto com os trabalhadores a Mesa Quadripartite de Negociação para definir uma proposta de regulamentação da terceirização, alternativa à proposta pelo relator. Segundo a visão dos trabalhadores, a regulamentação deve restringir a abrangência da terceirização de modo a evitar que se atinja a “atividade-fim”; impedir a pejotização e a quarteirização; garantir informação prévia para as entidades sindicais; garantir responsabilidade solidária com as obrigações trabalhistas, previdenciária e em relação às condições de saúde e segurança; garantir a instalação de processo de negociação coletiva entre a contratante e os sindicatos; assegurar a igualdade de remuneração, direitos e condições de trabalho e garantir a representação sindical na contratação e fiscalização.
Com a experiência de quem acumula conquistas históricas para os trabalhadores, as centrais sindicais sabem que um processo de negociação não avança sem a pressão das ruas e dos trabalhadores das nossas bases.
Pela continuidade da negociação!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Técnico Ambiental fala a respeito das obras do DNOCS na chapada de Apodi

 



Na noite dessa sexta (23) estivemos com o Técnico Ambiental, Cleiton Verde, que relatou sobre a execução das
 obras do DENOCs na chapada de Apodi durante um jantar.

De acordo com Cleiton o projeto de irrigação da chapada custará 300 milhões e abrangerá uma extensão de
 4.800 hectares que beneficiarão milhares de famílias assentadas naquela região.

A finalidade do projeto seria para a produção de frutas tropicais, em grande parte destinadas ao mercado
 internacional.

Em conversa Cleiton ainda disse que apesar de todo empecilho que o sindicato impõe sobre o projeto os 
agricultores estão começando, aos poucos, a ceder ao projeto e que, segundo ele, alguns vereadores e o
 prefeito de Apodi além de outros deputados estaduais também são a favor do projeto. "Com a implantação
 do projeto de irrigação da chapada os apodienses poderão usufruir de uma renda bem maior rolando na cidad
 pois todo o recurso sairá aqui na cidade", relatou.

Abaixo um mapa geral da localização do projeto e de sua área de influência.
Abaixo um mapa detalhando a localidade do projeto, mostrando como o mesmo fica encravado no entorno do famoso Lajedo de Soledade e da comunidade.
Os movimentos sociais e os agricultores da região fazem uma série de críticas a esse modelo proposto
 pelo DNOCS. Dentre essas críticas destacamos: 1) o projeto promove a desapropriação de uma grande 
área e desaloja inúmeros pequenos agricultores de suas terras; 2) existe na chapada inúmeros projetos
 de assentamentos de reforma agrária e estes estariam excluídos desse projeto; 3) também estariam excluídos 
inúmeros produtores locais, que já atuam naquela áreas e que não seriam beneficiados pelo projeto 
(muitos inclusive podendo ser prejudicados em função das desapropriações); 4) há uma certa descrença nos modelos de perímetros irrigados e os Projetos de irrigação do DONCS.

Cleiton realiza um programa na Rádio Vale do Apodi todos os sábados das 10:00 às 11:00 da manhã relatando
 a respeito do projeto e está a disposição para quem tiver interesse de conhecer mais sobre a obra conversar.

Fonte: 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Pesquisa Band TV/Consult

 

Wilma de Faria lidera pesquisa ao Governo do Estado


Da Band TV/Portal Nominuto.com
A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) venceria as eleições em todos os cenários em que ela aparece na pesquisa Band Natal e Consult.
A pesquisa colocou quatro cenários diferentes para os entrevistados optarem e nos três cenários em que aparece, Wilma desponta com mais de 30% dos votos. Se fosse candidata e se as eleições fossem hoje com esses candidatos, Wilma venceria Carlos Eduardo (PDT), Robinson Faria (PSD) e Garibaldi Alves (PMDB).
No primeiro cenário para o Governo, Wilma de Faria (PSB) tem 30,41% dos votos, seguida de Carlos Eduardo (PDT) com 11,59%, Henrique Alves (PMDB) 9,41%, Robinson Faria (PSD) com 7,06%, Fernando Mineiro (PT) com 6,24% e Rosalba Ciarlini (DEM) com 5,06%.
Os números da pesquisa foram divulgados nesta sexta-feira (23) no programa RN Acontece com o jornalista Diógenes Dantas na Band Natal em parceria com o instituto de pesquisa Consult.
No cenário dos 1.700 entrevistados, 18,82% afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos e 14,41% ainda não decidiram o candidato para as eleições de 2014.
A pesquisa foi feita nos dias 14 à 18 de Agosto em todas as regiões do Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 2,3 pontos para mais ou para menos.
Nota do Blog – Mesmo com números favoráveis, não vejo Wilma de Faria (PSB) como favorita.
Mesmo com Rosalba inexistindo como governante e provavelmente já alijada da reeleição, a ex-governadora não demonstra até aqui poder para galvanizar a massa de insatisfeitos.
Cenário é ainda muito confuso, bem diferente do que ocorria na pré-campanha à Prefeitura do Natal, quando Carlos Eduardo Alves (PDT) desde muito tempo era favoritíssimo, principalmente em face da administração também desastrosa de Micarla de Sousa (PV).
Rosalba talvez não seja a Micarla de Wilma.
Aguardemos, pois a política de alianças dirá muito sobre o futuro e montagem de chapas.
 
                   
 
Pesquisa Band TV/Consult

Aprovação do Governo Dilma Rousseff atinge 55,76%


Da Band TV/Portal Nominuto.com
Os norteriograndenses entrevistados pela pesquisa Band/Consult nos dias 14 à 18 de Agosto afirmaram que aprovam a gestão da petista Dilma Rousseff (PT) na Presidência do Brasil.
Os números foram apresentados pelo jornalista Diógenes Dantas no programa RN Acontece desta sexta-feira (23).
Dos 1.700 entrevistados do Rio Grande do Norte, 55,76% aprovam o Governo Federal enquanto 34,06% desaprovam.
De acordo com a pesquisa do Instituto Consult, o percentual de 10,18% não têm opinião formada.
A pesquisa coletou as informações dos dias 14 à 18 de Agosto em todas as regiões do Rio Grande do Norte.
Nota do Blog – A presidente já teve índices bem mais cevados num passado não muito remoto.
                       
 
Pesquisa Band TV/Consult

Fátima Bezerra desponta como favorita ao Senado


Da Band TV/Portal Nominuto.com
A corrida eleitoral para ocupar uma vaga no Senado Federal foi motivo de pergunta na pesquisa da Band/ Consult que entrevistou 1.700 pessoas em todas as regiões do Rio Grande do Norte. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (23) pelo jornalista Diógenes Dantas no programa RN Acontece da Band.
De acordo com a pesquisa, a atual deputada federal Fátima Bezerra (PT) venceria os dois cenários da pesquisa com mais de 23%. No primeiro cenário, a petista vence a disputa com Wilma de Faria (PSB), Henrique Alves (PMDB), João Maia (PR) e Robinson Faria (PSD).
Fátima Bezerra (PT) aparece com 23,35%, seguida de Wilma de Faria (PSB) com 22,12%, Henrique Alves (PMDB) 12,76% e Robinson Faria (PSD) com 4,41%.
No primeiro cenário, 14,06% dos entrevistados não votariam em nenhum dos candidatos e 15,94% ainda não sabem em que irão votar em 2014.
No segundo cenário, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) aparece empatada tecnicamente com a atual líder da disputa, Fátima Bezerra (PT) que tem 25,94% das intenções de votos, seguida de Wilma com 25,76%. Em terceiro lugar aparece Henrique Alves (PMDB) com 16,88%.
A pesquisa ouviu 1.700 pessoas nos dias 14 à 18 de Agosto e dos entrevistados, 13,24% não votariam em nenhum desses candidatos e 18,18% ainda não sabem responder.
                           
 
Pesquisa Band TV/Consult

Rosalba é reprovada por 83,45% da população


Da Band TV/Portal Nominuto.com
As crises enfrentadas pelo Governo do Estado na atual gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem refletido no índice de desaprovação da gestora que alcança 83,35%. A desaprovação foi constatada pela pesquisa Band/Consult feita nos dias 14 à 18 de Agosto no Rio Grande do Norte.
De acordo com a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23) no programa RN Acontece com o jornalista Diógenes Dantas apenas 11,53% da população aprova a gestão de Rosalba Ciarlini (DEM) no Governo do Estado.
Dos 1.700 entrevistados, 5,12% não tem “opinião formada” sobre a gestão de Rosalba Ciarlini (DEM).
Nota do Blog - Confesso: pensei que Rosalba fizesse gestão à la prefeita de Mossoró, pelo menos convencional, com obras de visibilidade e propaganda maciça. É um fracasso em tudo.
Uma pena. Está “na cola” da ex-prefeita natalense Micarla de Sousa que deixou a prefeitura além dos 90 pontos percentuais de rejeição.
Resta esperar. Qual o novo Átila que a sucederá em nosso Apocalipse?
Por onde ela tem passado, nem macambira tem sobrevivido.
Lamentável.
Blog C. Santos

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O desfile golpista

 

 
 
Quem são os organizadores de um protesto contra Dilma Rousseff no Dia da Independência
 
 
Bolsonaro. O problema é que parte dos organizadores da manifestação anda com problemas na Justiça e no MP
s manifestações de junho começaram com a defesa do transporte público gratuito e de qualidade por militantes do Movimento Passe Livre (MPL), mas depois tomaram rumos novos e uma proporção inesperada. Aglutinados pelas redes sociais da internet, milhares de jovens foram às ruas contra “tudo isso que está aí”, sobretudo os partidos políticos. Nas mesmas redes sociais há quem tente articular outra explosão de protestos, agora no Dia da Independência. Não se sabe se o plano vai funcionar, mas uma coisa é certa: ao contrário dos acontecimentos de junho, o movimento nada tem de apartidário.
O alvo da “Operação Sete de Setembro” é a presidenta Dilma Rousseff. O caráter político-ideológico da “operação” fica claro quando se identificam alguns de seus fomentadores pela internet. Entre os mais ativos consta uma ONG simpatizante de uma conhecida família de extrema-direita do Rio de Janeiro, os Bolsonaro. E um personagem ligado ao presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB paranaenses, Valdir Rossoni. É uma patota e tanto. Envolvidos em algumas denúncias de corrupção, não surpreenderia se eles mesmos virassem alvo de protestos.
A ONG em questão é a Brazil No Corrupt – Mãos Limpas, sediada no Rio. Seus principais integrantes são dois bacharéis em Direito, Ricardo Pinto da Fonseca e seu filho, Fábio Pinto da Fonseca. Há cinco anos eles brigam nos tribunais contra a Ordem dos Advogados do Brasil na tentativa de acabar com a exigência de uma prova para obter o registro de advogado. Os dois foram reprovados no exame da OAB. Em sua página na internet e no Twitter, a ONG promove a “Operação Sete de Setembro” e a campanha Eu não voto em Dilma: Eleição 2014, Brasil sem PT.
Um dos principais parceiros da entidade nas redes sociais é o deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro, do PP. Pelo Twitter, ele compartilha informações, opiniões e iniciativas da ONG. A dobradinha extrapola o mundo ­virtual. Bolsonaro comanda na Assembleia do Rio uma frente para acabar com a prova da OAB. Em Brasília, a ONG conseguiu um neoaliado, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que encampou a ideia de extinguir o exame.
Filho do deputado federal Jair Bolsonaro, Flávio tem as mesmas posições do pai, célebre representante da extrema-direita nacional. Os Bolsonaro são contra o casamento gay, as cotas raciais nas universidades e os índios. Defendem a pena de morte e a tortura. Chamam Dilma de “terrorista” por ter ela enfrentado a ditadura da qual eles sentem saudade. “Naquele tempo havia segurança, havia saúde, educação de qualidade, havia respeito. Hoje em dia, a pessoa só tem o direito de quê? De votar. E ainda vota mal”, declarou o Bolsonaro mais jovem não faz muito tempo.
A ONG adota posturas parecidas com aquela dos parlamentares. Em sua página na internet, um vídeo batiza de “comissão da veadagem” alguns dos críticos da indicação do pastor Marco Feliciano para o comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Divulga ainda um vídeo de ­teor racista contra nordestinos, no qual o potencial candidato do PT ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias, nascido na Paraíba, é chamado de... “paraibano”.
A agressividade no trato com os semelhantes custou aos Fonseca uma denúncia à Justiça elaborada pelo Ministério Público Federal no ano passado. Pai e filho foram acusados de caluniar o juiz federal Fabio Tenenblat. Em 2009 e 2010, ambos entraram na Justiça com ­duas ações populares contra o exame da OAB e o então presidente da entidade no Rio, Wadih Damous. A segunda ação parou nas mãos de Tenenblat, que a arquivou em julho de 2011. Na sentença, o juiz acusa os autores de “litigância de má-fé”, pelo fato de manterem outra ação semelhante. “O dolo, a deslealdade processual e a tentativa de ludibriar o Poder Judiciário são evidentes”, anotou.
Na apelação levada ao juiz para tentar reabrir o caso, os Fonseca e seu advogado, José Felicio Gonçalves e Souza, acusaram Tenenblat de favorecer a OAB “por tráfico de influência ou por desconhecimento”, o que “demonstra claramente sua parcialidade e má-fé como magistrado”. Em maio de 2012, os três foram denunciados pela procuradora Ana Paula Ribeiro Rodrigues por crime contra a honra. Em novembro, um acordo suspendeu o processo por dois anos. Os acusados foram obrigados a se retratar publicamente, a se apresentar à Justiça de tempos em tempos e a pedir autorização sempre que pretenderem deixar o Rio por mais de 30 dias. Também levaram uma multa. Se descumprirem o acordo, o processo será retomado.
Ari Cristiano Nogueira, outro ativo incentivador nas redes sociais da “Operação Sete de Setembro”, também está na mira do Ministério Público. Morador de Curitiba, é investigado por promotores estaduais por supostamente ser funcionário fantasma do gabinete do deputado Rossoni.
Nogueira é um ativo militante na internet sob o pseudônimo Ary Kara. Por meio do Twitter, foi o primeiro a circular, em meados de julho, a notícia de que Dilma teria recebido na eleição de 2010 uma doação de 510 reais de uma ex-beneficiária do Bolsa Família, chamado por ele de “bolsa preguiça”. Dias depois, a doação, registrada na prestação de contas de Dilma entregue à Justiça eleitoral, virou notícia nos meios de comunicação. O Ministério do Desenvolvimento Social acionou a doa­dora, Sebastiana da Mata, para saber se a contribuição era dela mesmo. Ela negou.
Por Twitter e Facebook Nogueira é um dos difusores da convocação para o “maior protesto da história do Brasil”, em 7 de setembro. Sua página no Twitter é ilustrada com o dizer “Partido Anti Petralha”, forma depreciativa de se referir aos militantes petistas bastante difundida na rede de computadores. No Orkut, define-se como “conservador de direita” e manifesta preferência pelo PSDB. Até junho de 2012, era assessor do presidente do partido no Paraná, como contratado na Assembleia. Deixou o gabinete para trabalhar na campanha à reeleição do então prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, que concluía o mandato herdado em 2010 do atual governador do Paraná, o tucano Beto Richa.
Em 2010, uma série de denúncias levou o MP estadual a abrir um inquérito para apurar uma lista com mais de mil supostos funcionários fantasmas na Assembleia. Nogueira a integrava. Desde então, alguns suspeitos foram denunciados e julgados. O caso de “Ary Kara” segue em aberto. O promotor Rodrigo Chemim aguarda uma autorização judicial para quebrar o sigilo bancário do investigado. Espera ainda por respostas de empresas de segurança onde Nogueira teria trabalhado, enquanto deveria dar expediente no Parlamento estadual.

Rossoni, antigo patrão de Nogueira, foi investigado pelo Ministério Público por uso de caixa 2 na eleição de 2010, pois parte dos gastos de sua campanha não estava comprovada. Ao julgar o caso em agosto do ano seguinte, o Tribunal Regional Eleitoral reconheceu a existência de despesas de pagamento sem a devida comprovação, mas os valores foram considerados baixos e o deputado acabou absolvido por 4 votos a 2.
Reeleito à presidência da Assembleia, o tucano foi recentemente acusado de receber benefícios de empresas donas de contratos de rodovias privatizadas no Paraná. Durante mais de dois anos, o parlamentar conseguiu barrar a criação de uma CPI do Pedágio no estado. Perdeu, porém, a guerra. A comissão parlamentar de inquérito foi instalada no mês passado. •
Carta Capital
 
 
   

sábado, 17 de agosto de 2013

IstoÉ: Todos os homens que operaram o propinoduto paulista


por Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas, em IstoÉ
Na última semana, as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público mostraram a abrangência nacional do cartel na área de transporte sobre trilhos. A tramoia, concluíram as apurações, reproduziu em diversas regiões do País a sistemática observada em São Paulo, de conluio nas licitações, combinação de preços superfaturados e subcontratação de empresas derrotadas.
As fraudes que atravessaram incólumes 20 anos de governos do PSDB em São Paulo carregam, no entanto, peculiaridades que as diferem substancialmente das demais que estão sendo investigadas pelas autoridades. O esquema paulista distingue-se pelo pioneirismo (começou a funcionar em 1998, em meio ao governo do tucano Mário Covas), duração, tamanho e valores envolvidos – quase meio bilhão de reais drenados durante as administrações tucanas.
Porém, ainda mais importante, o escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais.
Ao contrário do que afirmaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra na quinta-feira 15, servidores de primeiro e segundo escalões da administração paulista envolvidos no escândalo são ligados aos principais líderes tucanos no Estado. Isso já está claro nas investigações.
Usando a velha e surrada tática política de despiste, Serra e FHC afirmaram que o esquema não contou com a participação de servidores do Estado nem beneficiou governos comandados pelo PSDB. Não é o que mostram as apurações do Ministério Público e do Cade.
Pelo menos cinco autoridades envolvidas na engrenagem criminosa, hoje sob investigação por terem firmado contratos irregulares ou intermediado o recebimento de suborno, atuaram sob o comando de dois homens de confiança de José Serra e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: seus secretários de Transportes Metropolitanos. José Luiz Portella, secretário de Serra, e Jurandir Fernandes, secretário de Alckmin, chefiaram de perto e coordenaram as atividades dos altos executivos enrolados na investigação.
O grupo é composto pelos técnicos Décio Tambelli, ex-diretor de operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Transportes Metropolitanos, José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da CPTM, Ademir Venâncio, ex- diretor de engenharia da estatal de trens, e os ex-presidentes do metrô e da CPTM, José Jorge Fagali e Sérgio Avelleda.
Segundo documentos em poder do CADE e Ministério Público, estes cinco personagens, afamados como bons quadros tucanos, se valeram de seus cargos nas estatais paulistas para atender, ao mesmo tempo, aos interesses das empresas do cartel na área de transporte sobre trilhos e às conveniências políticas de seus chefes.
Em troca de benefícios para si ou para os governos tucanos, forneciam informações privilegiadas, direcionavam licitações ou faziam vista grossa para prejuízos milionários ao erário paulista em contratos superfaturados firmados pelo metrô. As investigações mostram que estes técnicos do Metrô e da CPTM transitaram pelos governos de Serra e Alckmin operando em maior ou menor grau, mas sempre a favor do esquema.
Um dos destaques do quinteto é José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em um documento analisado pelo CADE, datado de 2008, Lavorente é descrito como o encarregado de receber em mãos a propina das empresas do cartel e distribuí-las aos políticos do PSDB e partidos aliados.
O diretor da CPTM é pessoa da estrita confiança de Alckmin. Foi o governador de São Paulo que o promoveu ao cargo de direção na estatal de trens, em 2003. Durante o governo Serra (2007-2008), Lavorente deixou a CPTM, mas permaneceu em cargos de comando da estrutura administrativa do governo como cota de Alckmin. Com o regresso de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes, em 2011, Lavorente reassume o posto de direção na CPTM.
Além de ser apontado como o distribuidor da propina aos políticos, Lavorente responde uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que aponta superfaturamento e desrespeito à lei de licitações. O processo refere-se a um acordo fechado por meio de um aditivo, em 2005, que possibilitou a compra de 12 trens a mais do que os 30 licitados, em 1995 e só seria válido até 2000.
OS 5 TUCANOS ATENDERAM AOS INTERESSES DO CARTEL NOS GOVERNOS DO PSDB PAULISTA
O ex-diretor de Operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da secretaria de Transportes Metropolitanos, Décio Tambelli, é outro personagem bastante ativo no esquema paulista. Segundo depoimentos feitos por ex-funcionários da Siemens ao Ministério Público de São Paulo, Tambelli está na lista dos servidores que receberam propina das companhias que firmaram contratos superfaturados com o metrô e a CPTM.
Tambelli é muito próximo do secretário de Transportes, Jurandir Fernandes. Foi Fernandes que o alçou ao cargo que ocupa atualmente na administração tucana. Cabe a Tambelli, apesar de estar na mira das investigações, acompanhar e fiscalizar o andamento da linha quatro do metrô paulista, a primeira obra do setor realizada em formato de parceria público-privada. Emails obtidos por ISTOÉ mostram que, desde 2006, Tambelli já agia para defender e intermediar os interesses das empresas integrantes do cartel.
Na correspondência eletrônica, em que Tambelli é mencionado, executivos da Siemens narram os acertos entre as companhias do cartel no Distrito Federal e sugerem que o acordo lá na capital seria atrelado “à subcontratação da Siemens nos lotes 1+2 da linha 4” em São Paulo. “O Ramos (funcionário do conglomerado francês Alstom) andou dizendo ao Décio Tambelli do metrô SP, que não pode mais subcontratar a Siemens depois do caso Taulois/Ben-hur (episódio em que a Siemens tirou técnicos da Alstom para se beneficiar na pontuação técnica e vencer a licitação de manutenção do metrô de Brasília)”, dizia o e-mail trocado entre os funcionários da Siemens.
INTEGRANTES DO ESQUEMA OCUPARAM POSTOS ESTRATÉGICOS NAS GESTÕES ALCKMIN E SERRA
Outro homem do propinoduto tucano que goza da confiança de Jurandir Fernandes e de Alckmin é Sérgio Avelleda. Ele foi nomeado presidente do Metrô em 2011, mas seu mandato durou menos de um ano e meio. Avelleda foi afastado após a Justiça atender acusação do Ministério Público de improbidade administrativa. Ele era suspeito de colaborar em uma fraude na concorrência da Linha 5 do Metrô, ao não suspender os contratos e aditamentos da concorrência suspeita de formação de cartel.
“Sua permanência no cargo, neste atual momento, apenas iria demonstrar a conivência do Poder Judiciário com as ilegalidades praticadas por administradores que não respeitam as leis, a moral e os demais princípios que devem nortear a atuação de todo agente público”, decretou a juíza Simone Gomes Casorretti, ao determinar sua demissão. Após a saída, Avelleda obteve uma liminar para ser reconduzido ao cargo e pediu demissão. Hoje é consultor na área de transporte sobre trilhos e presta serviços para empresas interessadas em fazer negócios com o governo estadual.
De acordo com as investigações, quem também ocupou papel estratégico no esquema foi Ademir Venâncio, ex-diretor da CPTM. Enquanto trabalhou na estatal, Venâncio cultivou o hábito de se reunir em casas noturnas de São Paulo com os executivos das companhias do cartel para fornecer informações internas e acertar como elas iriam participar de contratos com as empresas públicas. Ao deixar a CPTM, em meados dos anos 2000, ele resolveu investir na carreira de empresário no setor de engenharia. Mas nunca se afastou muito dos governos do PSDB de São Paulo.
A Focco Engenharia, uma das empresas em que Venâncio mantém participação, amealhou, em consórcios, pelo menos 17 consultorias orçadas em R$ 131 milhões com as estatais paulistas para fiscalizar parcerias público-privadas e andamento de contratos do governo de Geraldo Alckmin.
Outra companhia em nome de Venâncio que também mantém contratos com o governo de São Paulo, o Consórcio Supervisor EPBF, causa estranheza aos investigadores por possuir capital social de apenas R$ 0,01. O Ministério Público suspeita que a contratação das empresas de Venâncio pela administração tucana seja apenas uma cortina de fumaça para garantir vista grossa na execução dos serviços prestados por empresas do cartel. As mesmas que Venâncio mantinha relação quando era servidor público.
A importância da secretaria Transportes Metropolitanos e suas estatais subordinadas, Metrô e CPTM, para o esquema fica evidente quando se observa a lógica das mudanças de suas diretorias nas transições entre as gestões de Serra e Alckmin.
Ao assumir o governo em 2007, José Serra fez questão de remover os aliados de Alckmin e colocar pessoas ligadas ao seu grupo político. Um movimento que seria revertido com a volta de Alckmin em 2011. Apesar dessa dança de cadeiras, todos os integrantes do esquema permaneceram em postos importantes das duas administrações tucanas. Quem sempre operou essas movimentações e trocas de cargos, de modo a assegurar a continuidade do funcionamento do cartel, foram os secretários de Transportes Metropolitanos de Serra e Alckmin, José Luiz Portella e Jurandir Fernandes.
Homem forte do governador Geraldo Alckmin, Fernandes começou sua trajetória política no PT de Campinas, interior de São Paulo. Chegou a ocupar o cargo de secretário municipal dos Transportes na gestão petista, mas acabou expulso do partido em 1993 e ingressou no PSDB. Por transitar com desenvoltura pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jurandir foi guindado a diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) em 2000. No ano seguinte, aproximou-se do então governador Alckmin, quando assumiu pela primeira vez o cargo de secretário estadual de Transportes Metropolitanos. Neste primeiro período à frente da pasta, tanto a CPTM quanto o Metrô firmaram contratos superfaturados com empresas do cartel. Quando Serra assume o governo paulista em 2007, Jurandir é transferido para a presidência da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), responsável pela formulação de políticas públicas para a região metropolitana de São Paulo. Com o retorno de Alckmin ao governo estadual em 2011, Jurandir Fernandes também volta ao comando da disputada pasta.
Nos últimos dias, o secretário de Transportes tem se esforçado para se desvincular dos personagens investigados no esquema do propinoduto. Fotos obtidas por ISTOÉ, no entanto, mostram Jurandir Fernandes em companhia de Lavorente e de lobistas do cartel durante encontro nas instalações da MGE Transporte em Hortolândia, interior de São Paulo. Um dos fotografados com Fernandes é Arthur Teixeira que, segundo a investigação, integra o esquema de lavagem do dinheiro da propina. Teixeira, que acompanhou a solenidade do lado do secretário Fernandes, nunca produziu um parafuso de trem, mas é o responsável pela abertura de offshores no Uruguai usadas pelo esquema.
Outro companheiro de solenidades flagrado com Fernandes é Ronaldo Moriyama ex-diretor da MGE, empresa que servia de intermediária para o pagamento das comissões às autoridades e políticos. Moriyama é conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade ao subornar diretores do Metrô e CPTM, segundo depoimentos obtidos pelo Ministério Público.
JURANDIR E PORTELLA DESEMPENHARAM O MESMO PAPEL POLÍTICOS NAS GESTÕES TUCANAS
No governo Serra, quem exercia papel político idêntico ao de Jurandir Fernandes no governo Alckmin era o então secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Serrista de primeira hora, ele ingressou na vida pública como secretário na gestão Mário Covas. Portelinha, como é conhecido dentro do partido, é citado em uma série de e-mails trocados por executivos da Siemens. Num deles, Portella, assim como Serra, sugeriram ao conglomerado alemão Siemens que se associasse com a espanhola CAF em uma licitação para compra de 40 novos trens.
O encontro teria ocorrido em um congresso internacional sobre ferrovias realizado, em 2008, na cidade de Amsterdã, capital da Holanda. Os dois temiam que eventuais disputas judiciais entre as companhias atrasassem o cronograma do projeto. Apesar de o negócio não ter se concretizado nestas condições, chama atenção que o secretário sugerisse uma prática que resulta, na maioria das vezes, em prejuízos aos cofres públicos e que já ocorria em outros contratos vencidos pelas empresas do cartel.
Quem assinava os contratos do Metrô durante a gestão de Portella era José Jorge Fagali, então presidente do órgão. Ex-gerente de controle da estatal, ele teve de conviver com questionamentos sobre o fato de o seu irmão ser acusado de ter recebido cerca de US$ 10 milhões da empresa francesa Alstom. A companhia, hoje envolvida nas investigações do cartel, é uma das principais vencedoras de contratos e licitações da empresa pública.
Viomundo

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Supremo Tribunal Federal afirma que governos não podem descontar os dias parados por motivo de greve no serviço público

 


 O Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que todos os Tribunais do País sigam a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que declarou a ilegalidade do desconto de greve. E isso há tempos. A decisão está valendo desde março de 2012.
A sentença do TJ-RJ, acolhida pelo STF, favoreceu os servidores da Faetec que aderiram a uma greve ainda em 2006. Para o tribunal fluminense, o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do próprio direito de greve, na medida em que retira dos servidores seus meios de subsistência.
Além disso, segundo a decisão colegiada, não há norma legal autorizando o desconto na folha de pagamento do funcionalismo, tendo em vista que até hoje não foi editada uma lei de greve específica para o setor público.
O entendimento do TJ-RJ afirma ainda que, não havendo lei específica acerca de greve no setor público, não se pode falar em corte ou suspensão de pagamento de salários dos servidores por falta de amparo no ordenamento jurídico. 

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Notícias STF

Sexta-feira, 23 de março de 2012

Desconto em vencimentos por dias parados em razão de greve tem repercussão geral

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do Plenário Virtual, reconheceu a existência de repercussão geral em matéria discutida no Agravo de Instrumento (AI) 853275, no qual se discute a possibilidade do desconto nos vencimentos dos servidores públicos dos dias não trabalhados em virtude de greve. Relatado pelo ministro Dias Toffoli, o recurso foi interposto pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) contra decisão da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que declarou a ilegalidade do desconto.
Para o TJ-RJ, o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do próprio direito de greve, na medida em que retira dos servidores seus meios de subsistência. Além disso, segundo o acórdão (decisão colegiada), não há norma legal autorizando o desconto na folha de pagamento do funcionalismo, tendo em vista que até hoje não foi editada uma lei de greve específica para o setor público.
De acordo com o ministro Dias Toffoli, a discussão acerca da efetiva implementação do direito de greve no serviço público, com suas consequências para a continuidade da prestação do serviço e o desconto dos dias parados, é tema de índole eminentemente constitucional, pois diz respeito à correta interpretação da norma do artigo 37, inciso VII, da Constituição Federal.
O ministro reconheceu que a discussão pode se repetir em inúmeros processos, envolvendo interesses de milhares de servidores públicos civis e da própria Administração Pública, circunstância que recomenda uma tomada de posição definitiva do Supremo sobre o tema.
“A questão posta apresenta densidade constitucional e extrapola os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as categorias de servidores públicos civis existentes no país, notadamente em razão dos inúmeros movimentos grevistas que anualmente ocorrem no âmbito dessas categorias e que fatalmente dão ensejo ao ajuizamento de ações judiciais”, afirmou o ministro Dias Toffoli.
No caso em questão, servidores da Faetec que aderiram à greve, realizada entre os dias 14 de março e 9 de maio de 2006, impetraram mandado de segurança com o objetivo de obter uma ordem judicial que impedisse o desconto dos dias não trabalhados. Em primeiro grau, o pedido foi rejeitado. Porém, a 16ª Câmara Cível do TJ-RJ reformou a sentença, invocando os princípios do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana.
O entendimento do TJ-RJ foi o de que, não havendo lei específica acerca de greve no setor público, não se pode falar em corte ou suspensão de pagamento de salários dos servidores por falta de amparo no ordenamento jurídico. “Na ponderação entre a ausência de norma regulamentadora e os princípios do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana, devem prevalecer estes últimos”, diz o acórdão.

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Cidades
Por Redação em 13/08/2013 às 19:05
Grevistas não temem ameaça de corte de ponto
LENILTON LIMA
http://www.gazetadooeste.com.br/sistema/imagens_conteudo/14157b.jpgProfessores do Estado durante caminhada até a Governadoria, em Natal
Os trabalhadores em Educação da rede estadual de ensino, em greve desde segunda-feira passada, iniciaram as visitas aos estabelecimentos de ensino para prestar esclarecimentos e convidar a comunidade escolar para aderir ao movimento grevista.
As atividades da categoria estão suspensas e os números da adesão dos professores deverão ser divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (SINTE/RN) nos próximos dias.
Os sindicalistas reagiram às declarações da Secretaria de Estado de Educação de que os professores grevistas terão o ponto cortado.
Segundo a coordenadora geral do Sinte/RN, Fátima Cardoso, o governo empurrou a categoria para a greve. “Buscamos todas as formas de negociação. Usamos todos os métodos de pressão, da denúncia social à ação na Justiça, mas este é um Governo que nem respeita o Sindicato, nem os servidores e muito menos respeita a Justiça, por isso tivemos que recorrer à greve”, afirmou Fátima.
O também coordenador geral Rômulo Arnaud, lembra que a greve já nasce fortalecida pela participação expressiva de todo o interior do Estado na decisão. “Fizemos assembleias em todas as regionais. Em todas, a compreensão foi uma só: para enfrentar o desmantelo desse Governo só nos resta mesmo a greve’, reforçou Rômulo.
Já o coordenador José Teixeira lembrou a importância da participação de toda a sociedade neste movimento. Ele se referiu ao VT divulgado pelo Sinte-RN que denuncia o colapso da educação estadual: “No nosso VT mostramos a situação caótica em que se encontra a educação do Estado. Estamos mostrando para a sociedade potiguar que esta não é uma luta apenas da categoria, mas de todos os que entendem a importância da educação pública”, ressaltou.
Em entrevista coletiva, a secretária da Educação do Estado, Betânia Ramalho, anunciou que irá acionar a Justiça, por meio da Procuradoria Geral do Estado, para pedir a ilegalidade da greve dos professores. Também foi anunciado o corte do ponto de todos os professores que aderirem à paralisação.
Para Betânia Ramalho, os motivos alegados pelo sindicato não justificam uma paralisação. “O Sinte está promovendo uma greve política e o que está por trás disso é a decisão da secretaria de suspender as cessões de 46 servidores da Educação para a entidade. Embora o sindicato acuse o Estado de perseguição, o fato é que precisávamos cumprir a recomendação do Ministério Público, sob o risco de sofrermos sanções por improbidade administrativa”.
Durante a coletiva, a secretária voltou a reconhecer a importância do sindicato para as conquistas da classe trabalhadora e que nenhuma democracia se consolida sem uma força como essa. “A entidade é forte, tem uma arrecadação indiscutível, de R$ 4,5 milhões por ano, somente com a consignação dos servidores da Educação do Estado e, por isso, tem condições de se organizar sem as cessões”.
Sobre a entrevista da secretária de Educação, o coordenador do Sinte, Rômulo Arnaud, afirmou que “lamento a falta de habilidade do Governo em negociar com a categoria. É de se espantar também que a secretária de Educação venha falar em corte de ponto dos professores antes mesmo da greve ser deflagrada. Nunca vi isso acontecer. Sem falar que se o Estado fizer isso estará descumprindo uma determinação do Supremo Tribunal de Justiça, que proíbe o corte do ponto de professores grevistas. Além de não querer negociar, parece que o Governo sequer conhece as leis em vigência”, declarou o sindicalista.
A pauta da categoria é dividida em três pontos: a primeira é falta de investimentos nas estruturas das escolas, a segunda é a falta de professores para completar a carga horária e o descumprimento da hora atividade e do plano de carreiras.
xpressa em um ofício interno expedido em maio durante a greve do Departamento Nacional de Trânsito (DETRAN/RN), e, segundo o secretário, continua valendo. “O servidor que faltar o dia de trabalho terá o ponto cortado”, enfatiza o secretário, que foi nomeado pela governadora Rosalba Ciarlini para negociar com as categorias em greve.

Atualmente estão em greve os servidores da saúde, da Polícia Civil, do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e professores da rede estadual de ensino. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

GREVE





QUERIDOS ALUNOS, PAIS DE ALUNOS, COLEGAS PROFESSORES...
Em GREVE!!
Motivos não faltam. Considerando todas as reivindicações feitas pelo SINTE/RN justas e necessárias, ainda ouso acrescentar os meus motivos para aderir a essa paralisação.
Por direito, e de todos, inclusive dos que estão em estagio probatório;
Por direito de não me constranger a cada aula dada sobre cidadania, direitos e democracia;
Por direito de dizer não ao mandonismo dos caciques que insistem em se fazer presentes;
Por direito de reclamar contra o autoritarismo que se impõe contra a autonomia das escolas em ameaças desveladas sobre corte de ponto e férias;
Por direito a uma carga horaria que seja compatível com a minha formação;
Por direito de ser ouvida, ou comunicada, quando da mudança de escola;
Por direito de sentir vergonha de não termos na escola um banheiro para uso dos professores;
Por direito de me envergonhar mais ainda por não termos na escola um banheiro que atenda as necessidades dos alunos do MAIS EDUCAÇAO, que tomam banhos utilizando baldes e bacias;
Por direito de não me conformar com o (des)serviço que sou forçado a prestar;
Por direito de adoecer e ser cuidada sem que isso custe ser apontada como vagabundos;
Por direito ao tratamento respeitoso entre funcionários da escola, sendo entendido que todos são corresponsáveis pelo processo educativo e não somente o professor;
Por direito a participação, a politica e a critica, que devem ser próprias do nosso oficio;
Por direito de não ter medo!!
Patrícia Lorena Raposo