terça-feira, 30 de julho de 2013

Cidade do RS oferece estrutura e R$ 10 mil por mês, mas faltam médicos




Localizada na Serra Gaúcha, a cidade de Carlos Barbosa é a segunda melhor no Brasil em distribuição de renda e tem o 23º maior PIB per capita do Rio Grande do Sul. Com 25 mil habitantes, o município tem um centro de saúde, inaugurado em dezembro de 2004, e cinco unidades para atender a população. A prefeitura oferece exames laboratoriais, de raio-X, tomografias, mamografias, ecografias, endoscopias, colonoscopias, eletrocardiogramas, ressonâncias magnéticas, ecocardiogramas. Os médicos recebem salário de R$ 4.630,31 (20 horas semanas) e R$ 9.260,61 (40 horas), além de um adicional de insalubridade de R$ 529,55. Mesmo assim, faltam médicos para atender a população. 
A cidade gaúcha recentemente encerrou as inscrições para preencher as vagas de médicos. Mesmo com o salário de quase R$ 10 mil e a infraestrutura oferecidos, com quatro vagas ofertadas para contratação imediata, somente uma pessoa se inscreveu.
"Aqui, nós estamos muito bem posicionados. Estamos a 100 quilômetros de Porto Alegre, 40 km de Caxias (do Sul), 15 km de Bento Gonçalves. Nós temos uma boa estrutura física. Nós temos um centro de saúde que o (Fernando) Lucchese (cardiologista famoso por seus livros para o público leigo) esteve aqui e disse que 'parece mais um apart-hotel do que um centro de saúde'. Temos toda uma infraestrutura aqui", diz o prefeito Fernando Xavier da Silva (PDT).
Segundo Silva, se não é a estrutura nem qualidade de vida na cidade que afastam os médicos, sobra uma explicação: os salários. Para ele, os médicos na região conseguem mais dinheiro com consultórios privados e planos de saúde e a remuneração não é atraente para esses profissionais da saúde.
"Acredito que o valor-hora oferecido pela cidade não seja atraente para os médicos, pela própria concorrência do mercado ao redor, principalmente de Caxias (do Sul) e Bento (Gonçalves)", diz Fernando Matos, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). Para ele, a região da Serra Gaúcha oferece uma remuneração muito alta, principalmente os planos de saúde, e os profissionais da saúde não escolhem trabalhar no setor público.
E para pagar um salário maior? Os cofres públicos aguentariam? "Aí vai depender da capacidade gestora de quem tem a obrigação de fazer a administração pública. Eu acho que nós teremos que fazer algum tipo de corte em algum lugar e repassar para a área da saúde algum recurso para tentar via remuneração melhor (atrair médicos), e eu estou fazendo um estudo para passar para R$ 6 mil para 20 horas e, consequentemente, R$ 12 mil para 40 horas para ver se torno mais atrativo esse serviço aqui no município", diz o prefeito.
Extaido do Blog Amigos do Presidente Lula

domingo, 28 de julho de 2013

Trens e Metrô superfaturados em 30%

Ao analisar documentos da Siemens, empresa integrante do cartel que drenou recursos do Metrô e trens de São Paulo, o Cade e o MP concluíram que os cofres paulistas foram lesados em pelo menos R$ 425 milhões

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas

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PROPINODUTO
Segundo integrantes do MP e do Cade, seis projetos de
trem e metrô investigados apresentaram sobrepreço de 30%
Na última semana, ISTOÉ publicou documentos inéditos e trouxe à tona o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã Siemens ao Ministério Público. Segundo as revelações, o esquema montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas durante os sucessivos governos do PSDB nos últimos 20 anos contou com a participação de autoridades e servidores públicos e abasteceu um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para políticos tucanos. Toda a documentação, inclusive um relatório do que foi revelado pelo ex-funcionário da empresa alemã, está em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para quem a Siemens – ré confessa por formação de cartel – vem denunciando desde maio de 2012 as falcatruas no Metrô e nos trens paulistas, em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos. Até semana passada, porém, não se sabia quão rentável era este cartel.
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Ao se aprofundarem, nos últimos dias, na análise da papelada e depoimentos colhidos até agora, integrantes do Cade e do Ministério Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos firmados entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de trens e da construção de linhas do Metrô e de trens. Uma das autoridades envolvidas na investigação chegou a se referir ao esquema como uma fabulosa história de achaque aos cofres públicos, num enredo formado por pessoas-chaves da administração – entre eles diretores do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) –, com participação especial de políticos do PSDB, os principais beneficiários da tramoia. Durante a apuração, ficou evidente que o desenlace dessa trama é amargo para os contribuintes paulistas. A investigação revela que o cartel superfaturou cada obra em 30%. É o mesmo que dizer que os governantes tucanos jogaram nos trilhos R$ 3 de cada R$ 10 desembolsado com o dinheiro arrecadado dos impostos. Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. De acordo com o MP e o Cade, os prejuízos aos cofres públicos somente nesses negócios chegaram a RS 425,1 milhões. Os valores, dizem fontes ligadas à investigação ouvidas por ISTOÉ, ainda devem se ampliar com o detalhamento de outros certames vencidos em São Paulo pelas empresas integrantes do cartel nesses e em outros projetos.
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Entre os contratos em que o Cade detectou flagrante sobrepreço está o de fornecimento e instalação de sistemas para transporte sobre trilhos da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô paulista. A licitação foi vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela empresa francesa Alstom, pela alemã Siemens juntamente com a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram orçados em R$ 615 milhões. De acordo com testemunhos oferecidos ao Cade e ao Ministério Público, esse contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal. Isso significa algo em torno de R$ 46 milhões só em propina. “A Alstom coordenou um grande acordo entre várias empresas, possibilitando dessa forma um superfaturamento do projeto”, revelou um funcionário da Siemens ao MP. Antes da licitação, a Alstom, a ADtranz, a CAF, a Siemens, a TTrans e a Mitsui definiram a estratégia para obter o maior lucro possível. As companhias que se associaram para a prática criminosa são as principais detentoras da tecnologia dos serviços contratados.
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O responsável por estabelecer o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados pelas empresas nesse contrato era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Sua empresa, no entanto, não foi a principal beneficiária do certame. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos no contrato da fase 1 da Linha 5 Lilás do Metrô paulista foi a Alstom, que comandou a ação do cartel durante a licitação. Mas todas as participantes entraram no caixa da propina. Cada empresa tinha sua própria forma de pagar a comissão combinada com integrantes do PSDB paulista, segundo relato do delator e ex-funcionário da Siemens revelado por ISTOÉ em sua última edição. Nesse contrato específico, a multinacional francesa Alstom e a alemã Siemens recorreram à consultoria dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira. Documentos apresentados por ISTOÉ na semana passada mostraram que eles operam por meio de duas offshores localizadas no Uruguai, a Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Para não deixar rastro do suborno, ambos também se valem de contas em bancos na Suíça, de acordo a investigação.
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PEDIDO DE CPI
Líder do PT na Assembleia Legislativa,
Luiz Claudio Marcolino, trabalha pela abertura de inquérito
No contrato da Linha 2 do Metrô, o superfaturamento identificado até agora causou um prejuízo estimado em R$ 67,5 milhões ao erário paulista. As licitações investigadas foram vencidas pela dupla Alstom/Siemens e pelo consórcio Metrosist, do qual a Alstom também fez parte. O contrato executado previa a prestação de serviços de engenharia, o fornecimento, a montagem e a instalação de sistemas destinados à extensão oeste da Linha 2 Verde. Orçado inicialmente em R$ 81,7 milhões, só esse contrato recebeu 13 reajustes desde que foi assinado, em outubro de 1997. As multinacionais francesa e alemã ficaram responsáveis pelo projeto executivo para fornecimento e implantação de sistemas para o trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens receberam pelo menos R$ 143,6 milhões para executar esse serviço.
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O sobrepreço de 30% foi estabelecido também em contratos celebrados entre as empresas pertencentes ao cartel e à estatal paulista CPTM. Entre eles, o firmado em 2002 para prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva de dez trens da série 3000. A Siemens ganhou o certame por um valor original de R$ 33,7 milhões. Em seguida, o conglomerado alemão subcontratou a MGE Transportes para serviços que nunca foram realizados. A MGE, na verdade, serviu de ponte para que a Siemens pudesse efetuar o pagamento da propina de 5% acertada com autoridades e dirigentes do Metrô e da CPTM. O dinheiro da comissão – cerca de R$ 1,7 milhão só nessa negociata, segundo os investigadores – mais uma vez tinha como destino final a alta cúpula da estatal e políticos ligados ao PSDB. A propina seria distribuída, segundo depoimento ao Cade ao qual ISTOÉ teve acesso, pelo diretor da CPTM, Luiz Lavorente. Além da MGE, a Siemens também recorreu à companhia japonesa Mitsui para intermediar pagamentos de propina em outras transações. O que mais uma vez demonstra o quão próxima eram as relações das empresas do cartel que, na teoria, deveriam concorrer entre si pelos milionários contratos públicos no setor de transportes sobre trilhos. O resultado da parceria criminosa entre as gigantes do setor pareceu claro em outros 12 contratos celebrados com a CPTM referentes às manutenções dos trens das séries 2000 e 2100 e o Projeto Boa Viagem, que já foram analisados pelo CADE. Neles, foi contabilizado um sobrepreço de aproximadamente R$ 163 milhões.
Não é por acaso que as autoridades responsáveis por investigar o caso referem-se ao esquema dos governos do PSDB em São Paulo como uma “fabulosa história”. O superfaturamento constatado nos contratos de serviços e oferta de produtos às estatais paulistanas Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos [CPTM] supera até mesmo os índices médios calculados internacionalmente durante a prática deste crime. Cálculos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, por exemplo, apontam que os cartéis ocasionam um prejuízo aos cofres públicos de 10% a 20%. No caso destes 16 contratos, a combinação de preços e direcionamentos realizados pelas companhias participantes da prática criminosa levaram a um surpreendente rombo de 30% aos cofres paulistas.

Diante das denúncias, na última semana o PT e outros partidos oposicionistas em São Paulo passaram a se movimentar para tentar aprovar a instalação de uma CPI. “O governador Geraldo Alckmin diz querer que as denúncias do Metrô e da CPTM sejam apuradas. Então, que oriente a sua bancada a protocolar o pedido de CPI, pelo menos, desta vez”, propôs o líder do PT na Assembleia paulista, Luiz Cláudio Marcolino. “É flagrante que os contratos precisam ser revisados. Temos de ter transparência com o dinheiro público independente de partido”, diz ele. Caso a bancada estadual do PT não consiga aprovar o pedido, por ter minoria, a sigla tentará abrir uma investigação na Câmara Federal. “Não podemos deixar um assunto desta gravidade sem esclarecimentos. Ainda mais quando se trato de acusações tão contundentes de desvios de verbas públicas”, afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). O que se sabe até agora já é suficiente para ensejar um inquérito. Afinal, trata-se de um desvio milionário de uma das principais obras da cidade mais populosa do País e onde se concentra o maior orçamento nacional. Se investigada a fundo, a história do achaque de 30% aos cofres públicos pode trazer ainda mais revelações fabulosas.
Queima de arquivo
Uma pasta amarela com cerca de 200 páginas guardada na 1ª Vara Criminal do Fórum da cidade de Itu, interior paulista, expõe um lado ainda mais sombrio das investigações que apuram o desvio milionário das obras do metrô e trens metropolitanos durante governos do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Trata-se do processo judicial 9900.98.2012 que investiga um incêndio criminoso que consumiu durante cinco horas 15.339 caixas de documentos e 3.001 tubos de desenhos técnicos. A papelada fazia parte dos arquivos do metrô armazenados havia três décadas. Entre os papeis que viraram cinzas estão contratos assinados entre 1977 e 2011, laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas, empenhos, além de relatórios de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009. Sob segredo de Justiça, a investigação que poderá ser reaberta pelo Ministério Público, diante das novas revelações sobre o caso feitas por ISTOÉ, acrescenta novos ingredientes às já contundentes denúncias feitas ao Cade pelos empresários da Siemens a respeito do escândalo do metrô paulista. Afinal, a ação dos bandidos pode ter acobertado a distribuição de propina, superfaturamento das obras, serviços e a compra e manutenção de equipamentos para o metrô paulista.

Segundo o processo, na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, nove homens encapuzados e armados invadiram o galpão da empresa PA Arquivos Ltda, na cidade de Itu, distante 110 km da capital paulista, renderam os dois vigias, roubaram 10 computadores usados, espalharam gasolina pelo prédio de 5 mil m² e atearam fogo. Não sobrou nada. Quatro meses depois de lavrado o boletim de ocorrência, nº 1435/2012, a polícia paulista concluiu que o incêndio não passou de um crime comum. “As investigações não deram em nada”, admite a delegada de Policia Civil Milena, que insistiu em se identificar apenas pelo primeiro nome. “Os homens estavam encapuzados e não foram identificados”, diz a policial. Investigado basicamente como sumiço de papéis velhos, o incêndio agora ganha ares de queima de arquivo. O incidente ocorreu 50 dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação, que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias a quem solicitar de qualquer documento que não seja coberto por sigilo legal, e quatro meses depois de começarem as negociações entre o Cade e a Siemens para a assinatura do acordo de leniência, que vem denunciando as falcatruas no metrô e trens paulistas. “Não podemos descartar que a intenção desse crime era esconder provas da corrupção”, entende o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado.
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Além das circunstâncias mais do que suspeitas do incêndio, documentos oficiais do governo, elaborados pela gerência de Auditoria e Segurança da Informação (GAD), nº 360, em 19 de setembro passado, deixam claro que o galpão para onde foi levado todo o arquivo do metrô não tinha as mínimas condições para a guarda do material. Cravado em plena zona rural de Itu, entre uma criação de coelhos e um pasto com cocheiras de gado, o galpão onde estavam armazenados os documentos não tinha qualquer segurança. Poderia ser facilmente acessado pelas laterais e fundos da construção.

De acordo com os documentos aos quais ISTOÉ teve acesso, o governo estadual sabia exatamente da precariedade da construção quando transferiu os arquivos para o local. O relatório de auditoria afirma que em 20 de abril de 2012 - portanto, três dias depois da assinatura do contrato entre a PA Arquivos e o governo de Geraldo Alckmin - o galpão permanecia em obras e “a empresa não estava preparada para receber as caixas do Metrô”. A comunicação interna do governo diz mais. Segundo o laudo técnico do GAD, “a empresa não possuía instalações adequadas para garantir a preservação do acervo documental”. Não havia sequer a climatização do ambiente, item fundamental para serviços deste tipo.

O prédio foi incendiado poucos dias depois da migração do material para o espaço. “Não quero falar sobre esse crime”, disse um dos proprietários da empresa, na época do incêndio, Carlos Ulderico Botelho. “Briguei com o meu sócio, sai da sociedade e tomei muito prejuízo. Esse incêndio foi estranho. Por isso, prefiro ficar em silêncio”. Outra excentricidade do crime é que o fato só foi confirmado oficialmente pelo governo seis meses depois do ocorrido. Em 16 páginas do Diário do Diário Oficial, falou-se em “sumiço” da papelada. Logo depois da divulgação do sinistro, o deputado estadual do PT, Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo, representou contra o Governo do Estado no Ministério Público Estadual. “Acredita-se que os bandidos tenham provocado o incêndio devido o lugar abrigar vários documentos”. Para o parlamentar, “esse fato sairia da hipótese de crime de roubo com o agravante de causar incêndio, para outro crime, de deliberada destruição de documentos públicos”, disse Simão, em dezembro passado. Procurados por ISTOÉ, dirigentes do Metrô de SP não quiseram se posicionar.
Revista Isto É

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dr. Joaquim e a Globo: tudo a ver, nada a falar


O jornalista Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo, publica hoje um artigo irrepreensível – ou irretorquível, como diriam os advogados –  sobre as palavras e os atos do Dr. Joaquim Barbosa. Nele, lembra as palavras do presidente do Supremo Tribunal Federal e a incoerência do seu comportamento diante do que ele próprio diz.
Nogueira também trata da postura de Barbosa em relação à Globo, com a qual mantém um convívio pra lá de amistoso e de quem vem recebendo o presente do silêncio sobre os recentes embrulhos quem que se vê envolvido.
É um texto que, infelizmente, só ira enrubescer as faces da Ética, não a de seus personagens.

“O presidente Joaquim Barbosa não comentará”

Paulo Nogueira
“A vida pública deve ser e tem que ser vigiada pela imprensa.”
Joaquim Barbosa disse isso ao receber um prêmio do Globo, em março passado.
“Não consigo ver a vida do Estado e de seus agentes e personagens sem a vigilância da imprensa. Na minha concepção, a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra. Não se deve ter mistério para aqueles que exercem a atividade pública que eu exerço atualmente”, acrescentou.
Devia ser assim. Mas é assim?
Vamos aos poucos. Algumas semanas depois, JB usou um avião da FAB para uma viagem inútil à Costa Rica.
Onde estava a imprensa para vigiá-lo no uso abusivo do avião e do dinheiro do contribuinte?
Bem, estava a bordo. Uma jornalista do Globo participou da boca livre da Costa Rica, conforme revelado na ocasião pelo Diário.
E então você vai ler, depois, no próprio Globo: “A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu investigação preliminar para apurar supostas irregularidades no uso de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).”
JB é poupado não apenas pelo Globo como pela Procuradoria da República.
É um jornalismo estranho, e uma estranha justiça.
O vôo de Costa Rica é significativo. Longe de se vigiarem, Globo e JB, na verdade, gozam de uma proximidade cúmplice e nociva para a sociedade.
Desde o prêmio, um filho de JB foi admitido na Globo, para trabalhar no programa de Luciano Huck.
É legal? É.
É imoral? É.
No código de ética dos juízes americanos, está escrito que algum tipo de vínculo pessoal como este que acabou unindo JB e a Globo por um filho desqualifica um magistrado para julgar causas em que a Globo, no caso, seja o réu.
Imaginemos que o processo de sonegação bilionária da Globo na operação dos direitos de transmissão da Copa de 2002 chegue ao STF.
Joaquim Barbosa se declarará impedido?
O código de ética dos juízes americanos também determina que os magistrados dêem as informações requeridas quando surge dúvida em relação a aspectos financeiros de sua vida.
Recentemente, soube-se que JB comprou um apartamento em Miami mediante o uso de uma empresa de fachada para não pagar impostos.
Para os que gostam de curiosidades, a empresa de JB recebeu o nome de Assas por causa da conhecida faculdade de direito de Paris em que ele gastou quatro anos em pós-graduação bancada pelo dinheiro público do brasileiro.
Quatro anos, repito. JB foi um estudante moroso: fez a faculdade de direito em Brasília em sete anos e meio.
O Globo foi atrás de informações sobre o apartamento?
Pausa para rir.
Depois que se soube que o valor da transação registrado no contrato foi zero, o jornalista Luís Nassif enviou uma mensagem ao STF pedindo explicações.
A resposta: “Prezado Nassif, o presidente Joaquim Barbosa não comentará.”
Voltemos a JB na premiação do Globo. (Em si um absurdo pela proximidade que traz a pessoas que devem manter uma distância intransponível pelo bem da sociedade.)
“Na minha concepção, a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra. Não se deve ter mistério para aqueles que exercem a atividade pública que eu exerço atualmente.”
Pausa para rir.
Transparência? Ausência de mistério?
É realmente estranha a noção de transparência de JB. Vale, provavelmente, para os outros.
Com ou sem avião da FAB, mas sempre com vôos bancados pelo contribuinte, Joaquim Barbosa gosta de viajar. Isso, infelizmente, não o faz produtivo.
Em Santa Catarina, com empresários, não deu para ler o processo da Varig, que se arrasta há sete anos
Um dia depois de uma manifestação que parou Florianópolis, ele se ausentou de Brasília e foi para Santa Catarina, a convite da Fiesc, associação de empresários locais.
O encontro foi noticiado num site local. Foi memorável a resposta de um leitor.
“Com todo respeito à pessoa do ministro Joaquim Barbosa, mas será que não tem coisas mais importantes a fazer em Brasília? Como por exemplo: Analisar o processo do caso Varig ao qual o ministro pediu vistas? Já são 7 anos de espera, 7 anos de desespero, 7 anos esperando que a justiça seja feita, 7 anos que os aposentados do Aérus estão esperando seus salários, 7 anos de humilhação, aposentados sem dinheiro para alimentação, remédio e o mínimo para suas subsistência, Será que isto não é importante para o ministro?”
Clap, clap, clap para o atento leitor.
Por: Fernando Brito do Tijolaço do Brizola

quarta-feira, 24 de julho de 2013

REUNIÃO DO PT

          
O partido dos Trabalhadores de Apodi, já fez duas reuniões este mês para tirar os encaminhamentos e legalizar o partido que deverá concorrer ao processo de eleições direta na escolha da  nova diretoria municipal. O único partido que escolha o diretório democraticamente pelo voto  dentro dos seu quadro de filiados é o PT, e dessa vez não vai ser diferente, dia 10 de novembro em todo Brasil, na cidade que tiver um diretório formado haverá  ped, mas para isso haverá algumas normas interna a seguir, por exemplo: 05 a 12 de agosto de 2013

Último prazo para o filiado quitar a sua contribuição semestral através do SACE.

12 de agosto de 2013  


Último prazo para a realização da Plenária de Filiação e das Atividades Partidárias.
Último prazo para o filiado solicitar por escrito ao Diretório Municipal de origem, a transferência de domicílio eleitoral e votar no PED 2013.
  • Solicitação por escrito ao Diretório Municipal ou Comissão Provisória.
  • Apresentar o título de eleitor com a mudança de domicílio eleitoral ou protocolo da solicitação ao TRE ou verificara a condição pelo site do TSE.

16 de agosto de 2013  


Último prazo para os municípios sem Sisfil enviar a Lista de Participação em Atividades Partidárias para o Diretório Estadual.
    Semana passa dia 16, a executiva municipal do PT de apodi se reuniu e tirou algumas deliberaçõe, cada filiado terá até o dia 31 de julho para colocar sua filiação em dias, os filiados que desejarem participar do processo do ped  2013, procure a secretaria do partido Luzia Pinto em sua residência a partir da 15hs, na rua João Pessoa numero 235, a mesa está com todo material e documentação de todos os filiados do município.


Uern é pressionada a criar campus, mas freia cerco



O Conselho Universitário da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (CONSUNI/UERN) decidiu, após ampla discussão realizada nesta terça-feira (23), por 17 votos a 16, formar uma comissão para discutir e elaborar a minuta de resolução para a criação do Campus Avançado de Apodi.
Milton presidiu reunião: pressão
A reunião durou cerca de 6 horas. Ao final, manifestantes oriundos do Apodi, em sua maioria estudantes, criaram dificuldades para saída dos membros do colegiado, mas tudo foi contornado sem maiores atritos.
Durante a reunião, estiveram presentes vereadores de Apodi e o prefeito Flaviano Monteiro (PCdoB); os deputados federais Fábio Faria (PSD) e Sandra Rosado (PSB); os deputado estaduais Larissa Rosado (PSB), Gilson Moura (PV); Getúlio Rêgo (DEM) e Kelps Lima (PR); estudantes universitários e secundaristas; professores; o reitor Milton Marques de Medeiros e o reitor eleito e nomeado Pedro Fernandes.
Também estiveram presentes o vice-reitor Aécio Cândido e vice-reitor eleitor eleito e nomeado Aldo Gondim.
O reitor Milton Marques de Medeiros presidiu a reunião e abriu espaço para que as autoridades e representantes dos estudantes se pronunciassem. Também foi aberto espaço para que os conselheiros pudesse se pronunciar e fazer questionamento às autoridades presentes.
Ponderação
Para Milton, não houve um voto contra a criação do campus, mas uma ponderação, à cata de mais informações. “Acreditamos que no prazo máximo de 30 dias, a comissão já terá condições de ter um posicionamento sobre essas questões e saber se a UERN tem condições de criar um campus com qualidade”, justificou o reitor.
A Construção do Campus de Apodi tem atualmente R$ 1 milhão de emenda ao Orçamento Geral da União (OGU) de autoria do deputado federal Fábio Faria. Os recursos foram liberados, mas servem apenas para o início da obra.
O líder do governo Getúlio Rêgo chegou a garantir que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) deu a palavra de que colocará mais recursos para a obra.
A comissão é composta pelos professores João Freire, Kelânia Mesquita, Ivonete Soares, Zezineto Mendes, a TNS Rita de Cássia Vidal Negreiros e o estudante Petrônio Andrade.
Nota do Blog – O resultado apertado no Consuni mostra como o tema é delicado. A Uern está asfixiada sem recursos financeiro para terminar diversas obras, o próprio custeio básico e expansão.
Não basta apenas criar o Campus, se o Estado não assegurar sua manutenção.
No momento, é pura balela a promessa da governadora de dar apoio ao campus de Apodi. Ela não garante o elementar e aperta mais ainda o cinto da Uern.
A classe política joga para a “torcida”, mas sabe que só blá-blá-blá não sustenta a Uern como está nem com expansão.
Blog Carlos Santos

terça-feira, 23 de julho de 2013

Produtores de Apodi se interessam pela técnica de produzir uva desenvolvido na Ufersa


Uva desenvolvida por professores da UFERSA
Produtores rurais do município de Apodi visitaram neste domingo (21) a área experimental de plantação de uva na Estação Experimental da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).
Veja o projeto AQUI.
A ação faz parte de um conjunto maior capitaneado pelo Dr. Renato Dantas, visando estimular o plantio de cultivos alternativos no polo irrigado de Apodi.
O Prof. Celso Pommer e o pesquisador Dr. Django Dantas receberam os visitantes e puderam mostrar as vantagens do cultivo da uva. A exigência em mão de obra para os tratos culturais é amplamente superada pelo retorno financeiro esperado, mesmo para pequenos produtores. A iniciativa conta com o apoio do Sebrae.
Com informações Ufersa.
Jornal de Fato

sábado, 20 de julho de 2013

O esquema que saiu dos trilhos

Um propinoduto criado para desviar milhões das obras do Metrô e dos trens metropolitanos foi montado durante os governos do PSDB em São Paulo. Lobistas e autoridades ligadas aos tucanos operavam por meio de empresas de fachada

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas

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PROTEÇÃO GARANTIDA
Os governos tucanos de Mario Covas (abaixo), 
Geraldo Alckmin
José Serra (acima) nada fizeram para conter o esquema de corrupção
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Ao assinar um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos. Para vencerem concorrências, com preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de alto escalão. O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições pelas administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, já era alvo de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse. Pelo contrário. Desde que foram feitas as primeras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa.
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SUSPEITOS
Segundo o ex-funcionário da Siemens, Ronaldo Moriyama (foto menor),
diretor da MGE, e Décio Tambelli, ex-diretor do Metrô, integravam o esquema
As provas oferecidas pela Siemens e por seus executivos ao Cade são contundentes. Entre elas, consta um depoimento bombástico prestado no Brasil em junho de 2008 por um funcionário da Siemens da Alemanha. ISTOÉ teve acesso às sete páginas da denúncia. Nelas, o ex-funcionário, que prestou depoimento voluntário ao Ministério Público, revela como funciona o esquema de desvio de dinheiro dos cofres públicos e fornece os nomes de autoridades e empresários que participavam da tramoia. Segundo o ex-funcionário cujo nome é mantido em sigilo, após ganhar uma licitação, a Siemens subcontratava uma empresa para simular os serviços e, por meio dela, realizar o pagamento de propina. Foi o que aconteceu em junho de 2002, durante o governo de Geraldo Alckmin, quando a empresa alemã venceu o certame para manutenção preventiva de trens da série 3000 da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). À época, a Siemens subcontratou a MGE Transportes. De acordo com uma planilha de pagamentos da Siemens obtida por ISTOÉ, a empresa alemã pagou à MGE R$ 2,8 milhões até junho de 2006. Desse total, pelo menos R$ 2,1 milhões foram sacados na boca do caixa por representantes da MGE para serem distribuídos a políticos e diretores da CPTM, segundo a denúncia. Para não deixar rastro da transação, os saques na boca do caixa eram sempre inferiores a R$ 10 mil. Com isso, o Banco Central não era notificado. “Durante muitos anos, a Siemens vem subornando políticos, na sua maioria do PSDB, e diretores da CPTM.
A MGE é frequentemente utilizada pela Siemens para pagamento de propina. Nesse caso, como de costume, a MGE ficou encarregada de pagar a propina de 5% à diretoria da CPTM”, denunciou o depoente ao Ministério Público paulista e ao ombudsman da empresa na Alemanha. Ainda de acordo com o depoimento, estariam envolvidos no esquema o diretor da MGE, Ronaldo Moriyama, segundo o delator “conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade quando se fala em subornar o pessoal do Metrô de SP e da CPTM”, Carlos Freyze David e Décio Tambelli, respectivamente ex-presidente e ex-diretor do Metrô de São Paulo, Luiz Lavorente, ex-diretor de Operações da CPTM, e Nelson Scaglioni, ex-gerente de manutenção do metrô paulista. Scaglioni, diz o depoente, “está na folha de pagamento da MGE há dez anos”. “Ele controla diversas licitações como os lucrativos contratos de reforma dos motores de tração do Metrô, onde a MGE deita e rola”. O encarregado de receber o dinheiro da propina em mãos e repassar às autoridades era Lavorente. “O mesmo dizia que (os valores) eram repassados integralmente a políticos do PSDB” de São Paulo e a partidos aliados. O modelo de operação feito pela Siemens por meio da MGE Transportes se repetiu com outra empresa, a japonesa Mitsui, segundo relato do funcionário da Siemens. Procurados por ISTOÉ, Moriyama, Freyze, Tambelli, Lavorente e Scaglioni não foram encontrados. A MGE, por sua vez, se nega a comentar as denúncias e disse que está colaborando com as investigações.
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Além de subcontratar empresas para simular serviços e servir de ponte para o desvio de dinheiro público, o esquema que distribuiu propina durante os governos do PSDB em São Paulo fluía a partir de operações internacionais. Nessa outra vertente do esquema, para chegar às mãos dos políticos e servidores públicos, a propina circulava em contas de pessoas físicas e jurídicas em paraísos fiscais. Uma dessas transações contou, de acordo com o depoimento do ex-funcionário da Siemens, com a participação dos lobistas Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira, através de suas respectivas empresas Procint E Constech e de suas offshores no Uruguai, Leraway Consulting S/A e Gantown Consulting S/A. Neste caso específico, segundo o denunciante, a propina foi paga porque a Siemens, em parceria com a Alstom, uma das integrantes do cartel denunciado ao Cade, ganhou a licitação para implementação da linha G da CPTM. O acordo incluía uma comissão de 5% para os lobistas, segundo contrato ao qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, e de 7,5% a políticos do PSDB e a diretores da área de transportes sobre trilho. “A Siemens AG (Alemanha) e a Siemens Limitada (Brasil) assinaram um contrato com (as offshores) a Leraway e com a Gantown para o pagamento da comissão”, afirma o delator. As reuniões, acrescentou ele, para discutir a distribuição da propina eram feitas em badaladas casas noturnas da capital paulista. Teriam participado da formação do cartel as empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui. Coube ao diretor da Mitsui, Masao Suzuki, guardar o documento que estabelecia o escopo de fornecimento e os preços a serem praticados por empresa na licitação.
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Além de subcontratar empresas que serviram de ponte para o desvio
de dinheiro público, o esquema valeu-se de operações em paraísos fiscais
Os depoimentos obtidos por ISTOÉ vão além das investigações sobre o caso iniciadas há cinco anos no Exterior. Em 2008, promotores da Alemanha, França e Suíça, após prender e bloquear contas de executivos do grupo Siemens e da francesa Alstom por suspeita de corrupção, descobriram que as empresas mantinham uma prática de pagar propinas a servidores públicos em cerca de 30 países. Entre eles, o Brasil. Um dos nomes próximos aos tucanos que apareceram na investigação dos promotores foi o de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nomeado pelo então governador tucano Mário Covas. No período em que as propinas teriam sido negociadas, Marinho trabalhava diretamente com Covas. Proprietário de uma ilha paradisíaca na região de Paraty, no Rio de Janeiro, Marinho foi prefeito de São José dos Campos, ocupou a coordenação da campanha eleitoral de Covas em 1994 e foi chefe da Casa Civil do governo do Estado de 1995 a abril de 1997. Numa colaboração entre promotores de São Paulo e da Suíça, eles identificaram uma conta bancária pertencente a Marinho que teria sido abastecida pela francesa Alstom. O MP bloqueou cerca de US$ 1 milhão depositado. Marinho é até hoje alvo do MP de São Paulo. Procurado, ele não respondeu ao contato de ISTOÉ. Mas, desde que estourou o escândalo, ele, que era conhecido como “o homem da cozinha” – por sua proximidade com Covas –, tem negado a sua participação em negociatas que beneficiaram a Alstom.
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Entre as revelações feitas pela Siemens ao Cade em troca de imunidade está a de que ela e outras gigantes do setor, como a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, reuniram-se durante anos para manipular por meios escusos o resultado de contratos na área de transporte sobre trilhos. Entre as licitações envolvidas sob a gestão do PSDB estão a fase 1 da Linha 5 do Metrô de São Paulo, as concorrências para a manutenção dos trens das Séries 2.000, 3.000 e 2.100 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a extensão da Linha 2 do metrô de São Paulo. Também ocorreram irregularidades no Projeto Boa Viagem da CPTM para reforma, modernização e serviço de manutenção de trens, além de concorrências para aquisição de carros de trens pela CPTM, com previsão de desenvolvimento de sistemas, treinamento de pessoal, apoio técnico e serviços complementares.
Com a formação do cartel, as empresas combinavam preços e condicionavam
a derrota de um grupo delas à vitória em outra licitação superfaturada
Com a formação do cartel, as empresas combinavam preços e condicionavam a derrota de um grupo delas à vitória em outra licitação também superfaturada. Outra estratégia comum era o compromisso de que aquela que ganhasse o certame previamente acertado subcontratasse outra derrotada. Tamanha era a desfaçatez dos negócios que os acordos por diversas vezes foram celebrados em reuniões nos escritórios das empresas e referendados por correspondência eletrônica. No início do mês, a Superintendência-Geral do Cade realizou busca e apreensão nas sedes das companhias delatadas. A Operação Linha Cruzada da Polícia Federal executou mandados judiciais em diversas cidades em São Paulo e Brasília. Apenas em um local visitado, agentes da PF ficaram mais de 18 horas coletando documentos. Ao abrir o esquema, a Siemens assinou um acordo de leniência, que pode garantir à companhia e a seus executivos isenção caso o cartel seja confirmado e condenado. A imunidade administrativa e criminal integral é assegurada quando um participante do esquema denuncia o cartel, suspende a prática e coopera com as investigações. Em caso de condenação, o cartel está sujeito à multa que pode chegar a até 20% do faturamento bruto. O acordo entre a Siemens e o Cade vem sendo negociado desde maio de 2012. Desde então, o órgão exige que a multinacional alemã coopere fornecendo detalhes sobre a manipulação de preços em licitações.
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Só em contratos com os governos comandados pelo PSDB em São Paulo, duas importantes integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões. “Os tucanos têm a sensação de impunidade permanente. Estamos denunciando esse caso há décadas. Entrarei com um processo de improbidade por omissão contra o governador Geraldo Alckmin”, diz o deputado estadual do PT João Paulo Rillo. Raras vezes um esquema de corrupção atravessou incólume por tantos governos seguidos de um mesmo partido numa das principais capitais do País, mesmo com réus confessos – no caso, funcionários de uma das empresas participantes da tramoia, a Siemens –, e com a existência de depoimentos contundentes no Brasil e no Exterior que resultaram em pelo menos 15 processos no Ministério Público. Agora, espera-se uma apuração profunda sobre a teia de corrupção montada pelos governos do PSDB em São Paulo. No Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin disse que espera rigor nas investigações e cobrará o dinheiro que tenha sido desviado dos cofres públicos.
Fonte: revista ISTO É

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Lula diz que boatos de câncer na internet são 'canalhice'



O ex-presidente Lula  criticou há pouco, em evento na Universidade Federal do ABC, a onda de boatos nas redes sociais sobre a suposta volta de um câncer. "Não é correto que algum canalha fique na internet falando essas mentiras. Vou fazer exame em agosto e, seu eu tiver (câncer), eu serei o primeiro a falar para a imprensa", afirmou Lula
Nos últimos dias, circularam vários comentários em redes sociais sobre uma possível internação de Lula no Hospital Sírio-Libanês para um novo tratamento de câncer. O presidente do PT, Rui Falcão, e vários políticos ligados ao ex-presidente rechaçaram as informações.
Lula anunciou em 29 de outubro de 2011 que tinha um tumor na laringe. Ele foi submetido a um longo tratamento no Hospital Sírio-Libanês. No fim de março de 2012 os médicos que trataram o ex-presidente informaram que os exames revelavam a ausência de câncer (tumor) na laringe. Em junho, os assessores de Lula confirmaram que não havia mais vestígios de câncer.
2014.
 O ex-presidente, dando prosseguimento à palestra, reafirmou o apoio à candidatura de Dilma Rousseff à reeleição presidencial em 2014. "Eu não serei candidato. Eu tenho uma candidata", disse.
 Lula  disse que , Dilma é uma "extraordinária presidenta e extraordinária candidata". "Tenho certeza que  a presidente está dentro do que prometeu fazer e vai fazer muito mais."Presidente do Brasil entre 2003 e 2010, ele afirmou também que não vê "ninguém com as qualidades dela (Dilma) para assumir a presidência".Agência Estado.
 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cafezinho: Sem trabalhar, Barbosa recebeu R$700 mil


Segundo o blog O Cafezinho, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, usufrui desde 2008 "de uma bela sinecura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): ganha sem trabalhar"; "O Estado do Rio já gastou mais de R$ 700 mil em salários para um cidadão que ganha muito bem no Supremo Tribunal Federal", diz o blog, expondo documentos que comprovariam os pagamentos 247 - Depois de revelar documentos que indicam tentativa de sonegação fiscal das Organizações Globo, o blog O Cafezinho apresenta agora documentos que indicam que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, recebeu R$700 mil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj) desde 2008 sem trabalhar. Leia: Barbosa recebeu R$ 700 mil da UERJ sem trabalhar Primeiro ele pagou, com dinheiro público, as passagens de avião da repórter da Globo que foi à Costa Rica cobrir a sua palestra. Depois pagou, de novo com verba pública, passagens para vir ao Rio assistir o jogo entre Brasil e Inglaterra. Não precisou pagar ingresso porque ficou no camarote do Luciano Huck. Logo em seguida descobriu-se que seu filho arrumou um emprego na Globo, no programa de... Luciano Huck. Henrique Alves e Renan Calheiros, apanhados usando jatinho da FAB pra ver jogo de futebol, devolveram o dinheiro usado. No caso de Barbosa, a imprensa continua quieta. Ninguém quer decepcionar o "gigante" que, segundo o Datafolha, idolatra o Barbosão. Ninguém quer arranhar a imagem do "menino que mudou o Brasil", criada pela grande mídia para endeusar o homem que se vendeu ao sistema, que rasgou a Constituição para acusar e condenar, mesmo sem provas, os réus da Ação Penal 470. A coisa não pára por aí. O laudo 2424, que investiga a relação entre o fundo Visanet, funcionários do Banco do Brasil e as empresas de Marcos Valério, traz uma denúncia séria: o filho de Barbosa teria trabalhado numa empresa que recebeu milhões da DNA Propaganda. Barbosa manteve o laudo em sigilo absoluto, apesar do mesmo trazer documentos que poderiam provar a inocência de Pizzolato – e prejudicar toda a denúncia do mensalão. E agora, uma outra novidade: desde 2008, Barbosa usufrui de uma bela sinecura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): ganha sem trabalhar. O Estado do Rio já gastou mais de R$ 700 mil em salários para um cidadão que ganha muito bem no Supremo Tribunal Federal. O Cafezinho, como de praxe, mata a cobra e mostra o pau. Estão aí os documentos que comprovam a situação de Barbosa. Ele deu aula na Uerj normalmente de 1998 a 2002. Em 2003, pede licença-prêmio e permanece até 2008 em licença não-remunerada. A partir desta data, porém, a vida sorri para Joaquim. Além do empregão no STF, da paixão súbita da mídia por sua pessoa, o reitor da UERJ lhe oferece uma invejável situação: passar a receber salários e benefícios mesmo sem dar aulas ou fazer pesquisas. Consta ainda que Barbosa estaria brigando para receber reatroativamente pelos anos que permaneceu de licença não remunerada, de 2003 a 2008. Para quem acabou de receber R$ 580 mil em benefícios atrasados, não seria nada surpreendente se também conseguisse isso. Ah, que vida boa! Os meninos do Movimento Passe Livre estão certos: definitivamente, não são apenas 20 centavos!
O cafezinho

Votação dos royalties do petróleo fica para agosto





Brasília (ABr) - Os líderes partidários da Câmara dos Deputados não chegaram a um acordo sobre o projeto de lei que distribui os recursos do royalties do petróleo para educação e saúde e a votação só será retomada depois de agosto. Na semana passada, os deputados rejeitaram praticamente todo texto aprovado pelo Senado mas, por falta de acordo, a votação foi encerrada quando ainda restavam cinco destaques a serem analisados.
Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique afirma que hora é de cautela, paciência e responsabilidade dos parlamentares

Se os destaques fossem aprovados, pontos do texto aprovado pelos senadores poderiam ser retomados à proposta.  De acordo com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a decisão de adiar a votação foi tomada para aprimorar a proposta e evitar vetos.

“Acho que era uma coisa que esta Casa deveria finalizar hoje. Mas não adianta fazer uma reunião, convocar se não há o entendimento. É uma matéria muito importante, complexa, o Senado mudou pontos essenciais e a Câmara quer discutir melhor porque é um texto que será finalizado. A partir de agora, todos sabem, qualquer veto que qualquer matéria venha sofrer, o veto volta para apreciação da Casa. Temos que ter muita responsabilidade na hora de finalizar o projeto. É hora de paciência, cautela e responsabilidade”, disse o presidente.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), também defendeu mais diálogo em torno do projeto. “Ficou para agosto para aprofundarmos mais o debate”, disse Guimarães à Agência Brasil.

O principal impasse em relação ao texto está no uso dos recursos do Fundo Social. O governo defende a aplicação obrigatória de 50% dos rendimentos do fundo em saúde e educação, já a oposição e alguns deputados da base aliada reivindicam que metade das verbas totais do fundo seja investida nos setores.

Pelo texto aprovado nas duas Casas, a divisão será 75% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação pública e 25% para a saúde. O governo queria que todos os recursos fossem destinados à educação. O texto aprovado estabelece que será obrigatória a aplicação dos royalties na educação e na saúde pela União, pelos estados e municípios.

Pressão dos aliados embola a votação da LDO

Brasília (AE) - O recesso parlamentar começou ontem sem que fosse votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Não houve consenso entre os parlamentares para a votação. Também a votação do projeto que destina royalties do petróleo para a educação e a saúde foi adiada. Até a base aliada faz pressão ao governo. Aliados defenderam que a votação da LDO fique atrelada à apreciação do orçamento impositivo, ou seja, à proposta de emenda constitucional que obriga o governo a liberar automaticamente as verbas de emendas parlamentares. O governo Dilma Rousseff é frontalmente contrário à obrigatoriedade de liberação de recursos.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), marcou a votação da PEC do orçamento impositivo no dia 6 de agosto na comissão mista e, um dia depois, no plenário da Casa. Alves evitou usar o termo “recesso branco” para a antecipação da folga dos parlamentares e destacou que a Comissão Mista de Orçamento continuará a funcionar no mês de julho. “É hora de paciência, cautela e, sobretudo, responsabilidade em cada votação desta Casa.”
Fonte: Tribuna do Norte

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Educação

Apenas 20% dos aprovados no SiSU se matriculam na Ufersa

Curso mais procurado foi Ciência e Tecnologia noturno nos quatro campi
A Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) encerrou na segunda-feira, 24, o prazo das matrículas para os aprovados no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Das 1.190 vagas oferecidas para o segundo semestre, apenas 20% foram preenchidas.
O curso que efetuou mais matrículas foi o de Ciência e Tecnologia noturno em todos os quatro campi da Ufersa. Em Mossoró, o preenchimento foi de 35%, em Pau dos Ferros foi de 22%, em Caraúbas foi de 26% e em Angicos foi de 22%.
O pró-reitor-adjunto de Graduação da Ufersa, Walter Martins Rodrigues, informou que o preenchimento foi menor que o registrado durante as matrículas no início do ano. “Em relação ao mesmo período do ano passado [segundo semestre], o índice foi quase o mesmo”, explica.
A concorrência com universidades próximas como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade Federal do Ceará pode ser um fator que contribui para a baixa procura pela Ufersa, como comenta o pró-reitor. “O aluno com nota alta tem mais opção de escolha entre as universidades. Muitos estudantes colocaram a Ufersa como segunda opção e passaram na UFRN que agora está selecionando pelo SiSU e UFC que ampliou o número de vagas. Como boa parte dos nossos estudantes são do Ceará, por exemplo, eles preferem ficar mais próximos de casa”, avalia Walter.
A instituição espera que na segunda chamada do SiSU que tem as matrículas previstas para acontecer nos dias 5, 8 e 9 de julho, haja um comparecimento de cerca de 50% dos aprovados.
Caso ainda restem vagas, as instituições ficam responsáveis por elaborar Listas de Espera. As pessoas que não forem aprovadas nas duas chamadas feitas pelo SiSU podem se inscrever. As universidades podem realizar quantas listas forem necessárias até que o preenchimento de vagas chegue aos 100%.

OPORTUNIDADES - Na primeira chamada foram oferecidas 690 vagas para o Campus de Mossoró, 200 vagas para Angicos, 150 para Caraúbas e 150 para o Campus de Pau dos Ferros.
Gazeta do Oeste

quinta-feira, 11 de julho de 2013

FRUSTRADA= Bandidos tentam estourar banco do Brasil de Apodi e impedir a saída dos policiais da companhia.


Apodi- Na madrugada de hoje 11, por volta das 02:20, cerca de 10 bandidos encapuzados armados de fuzil e em dois carros, uma Pajero prata, e um golf preto, tentaram estourar o banco do Brasil.
A ação teve início quando os policiais observaram pelas câmeras de monitoramento da companhia de Policia Militar uma movimentação estranha do lado de fora, e foram averiguar, ao abrirem o portão, os policiais foram logo recebidos a bala, que de imediato revidaram, havendo uma intensa troca de tiros, frustrando a ação dos bandidos que empreenderam fuga deixando pra traz um coquetel molotov. Em seguida os policiais receberam a informação de que o banco do Brasil estava sendo alvo dos meliantes, e logo o GTO e Rádio Patrulha saíram em diligência, e ao chegar no banco perceberam que as portas estavam quebradas, e no interior da agência foi encontrado uma marreta e uma alavanca (ferramenta usada para arrombar porta), mas não foi levado nada de valor da agência. Segundo informações repassadas para a Policia Militar dizia que os elementos fugiram em direção ao estado do Ceará, pela estrada que da acesso ao Sítio Córrego.
Ao final do ocorrido deu a entender que no momento em que um grupo de elementos estavam no banco tentando arrombar, o outro grupo estava em frente a companhia de policia para impedir a saída dos policiais, o que não aconteceu frustrando a ação dos assaltantes. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

HOMEM DA CAPA PRETA

Muito interessante esse momento. Será que o prefeito descobriu que a coisa não é bem do jeito que ele queria e agora com seus auxiliares estão tentando levar para as ruas uma luta quase impossível (porque não dizer impossível?)para que o povo possa protestar. Eu acho que isso é empurrar suas responsabilidade para os outros. sempre foi assim, desde o começo do finado Fórum das Entidades quando ele não conseguiam nada a culpa não era dele e sim de todos, mas quando conseguiam algo ele era o responsável pelo acontecido. Desde já não sou contra a UERN em Apodi. Essa bandeira é velha e arcaica, não passa de manipulação de votos para alguém na próxima eleição. Já vou adiantando aqui que vão liberar o milhão que existe e vai ter um deputado herói pra esse fato, ai, o pessoal que diz que não vai votar em ninguém corre e votam todo mundo nele, e a obra para e começa a luta de novo, o deputado votado não lembra mais de nós e ai dedo nas ventas dos apodienses. Temos o campus do IFRN que poderá ser transformado numa universidade voltado para a agricultura que é o nosso maior potencial econômico. Trazer uma UERN para Apodi é trazer os problemas dela também, é trazer dividas, falta de professores, falta de investimento em pesquisas, falta de equipamentos, emfim na UERN tudo é reduzido a pó, ou quem puder me mostre o contrário? O IFRN é a solução para todos os nosso problemas a nível de ensino superior, já tem o curso de Química, vamos exigir mais do governo federal, cursos nas áreas de agricultura: agronomia, veterinária, gestão de produção agrícola, emfim uma gama de cursos que poderá transformar nosso futuro com a vinda da irrigação para a nossa chapada. Apodi não está precisando de professores de educação física e matemática não, nós queremos mais do que isso, merecemos muito mais e caminhar em direção a UERN é mesmo que caminhar para traz. O IFRN é o caminho, já está construído e funcionando quase 100% de sua capacidade. Pense e reflita. SERÁ QUE ESTÃO USANDO ESSA LUTA DA UERN PARA BENEFICIAR ALGUÉM? COM QUE PROPÓSITO ESSA LUTA AGORA DESENCADEADA PELOS NOSSOS REPRESENTANTES? SERÁ QUE ESTÃO FAZENDO NOSSO POVO DE BOBO MAIS UMA VEZ? ACORDA APODI, NADAR CONTRA A MARÉ É IMPOSSÍVEL

O IFRN JÁ ESTÁ AI, OLHE O EXEMPLO DE MOSSORÓ QUE SÓ VEIO SE DESENVOLVER MAIS QUANDO SEU JOVENS FORAM CAPACITADOS COM CURSOS TÉCNICOS E QUE GANHAM MUITO MAIS QUE CERTOS FORMADOS PELA UERN. 

PENSE! REFLITA! 
Do blog RN Apodi News

Todo mundo quer mais saúde, mas quem ajuda?


AGE20130708247 1024x594 Todo mundo quer mais saúde, mas quem ajuda?
A irada reação das entidades médicas brasileiras ao projeto da presidente Dilma Rousseff de levar mais médicos ao interior e às periferias do País mostra como o Brasil continua sendo, acima de tudo, um país corporativista e patrimonialista.
Nas recentes manifestações de protesto que varreram o País, a situação da saúde foi um dos temas mais criticados em faixas e cartazes. O governo resolveu agir rapidamente e "ouvir a voz das ruas", mas agora que toma providências para melhorar o atendimento médico, quem está disposto a ajudar para se encontrar uma solução que diminua o sofrimento de tanta gente nas filas dos hospitais e nos postos de saúde?
Sem entrar no mérito das medidas propostas, o fato é que importar médicos de outros países e estender de seis para oito anos a duração dos cursos de medicina (os últimos dois trabalhando no SUS) podem ser formas emergenciais de atacar o problema a curto e médio prazos. Quem tiver propostas melhores que as apresente.
Todo mundo quer mais saúde, educação de qualidade, transporte coletivo farto e eficiente, o que é justo. Só que tudo isso custa dinheiro, os orçamentos públicos são finitos e ninguém está disposto a pagar mais impostos. Então, qual é a mágica se a conta não fecha, a situação da economia brasileira é delicada e ninguém está disposto a abrir mão dos seus privilégios para ajudar a quem mais precisa?
Tempos atrás, ao final de uma reunião do "Todos Pela Educação", movimento que ajudei a fundar e do qual participo, criado para prover o País de uma educação pública de qualidade até 2022, ano do bicentenário da Independência, um empresário comentou no elevador que seus filhos só estudaram em escolas públicas.
Fiquei curioso em saber onde, em que escola eles haviam estudado. "Em escolas americanas, claro", respondeu, sorrindo, o meu interlocutor. A questão é que nos Estados Unidos não cabe só ao governo financiar educação e saúde. A maior parte dos recursos vem de fundações privadas mantidas por grandes empresas. Aqui, só se espera que o governo providencie tudo e são raros os exemplos de donos de grandes fortunas dispostos a doar parte delas para diminuir as desigualdades sociais.
Se é para citar sempre o exemplo americano, então é bom lembrar também que lá os pais ajudam a cuidar das escolas públicas onde seus filhos estudam e os alunos mais adiantados ajudam os mais fracos, doando algumas horas por dia para que eles possam acompanhar os demais. O trabalho voluntário é uma tradição cultural, não está previsto em nenhuma lei.
Exceção à regra, em vez de apenas criticar o governo, o cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene presidiu uma comissão que auxiliou no projeto para mudanças no ensino médico e defendeu a proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff. "O médico precisa se transformar num especialista em gente", disse ele em entrevista à Folha desta terça-feira.
Na outra ponta, Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), disse que as medidas do governo são autoritárias. "Isto nunca foi discutido com ninguém. Nem com as entidades médicas nem com as escolas de medicina. Vão obrigar as pessoas, mesmo as de universidades privadas, a trabalhar em determinado lugar. E a liberdade individual onde fica?", pergunta Azevedo, para quem a proposta é um "serviço civil obrigatório com outras palavras".
E qual é o problema? O serviço militar não é obrigatório? Cabe outra pergunta: E o direito do cidadão de ter atendimento médico quem é que garante? Que solução o Cremesp propôs aos diferentes níveis da administração para melhorar a saúde pública, que propostas as entidades médicas e as escolas de medicina elaboraram para enfrentar a dura realidade em que trabalham os profissionais da área e são atendidos seus pacientes?
A crise na saúde exige soluções urgentes, não dá para virar um seminário permanente. Enquanto cada setor da nossa sociedade pensar só nos seus próprios interesses, eternizando o corporativismo e o patrimonialismo seculares, não haverá nunca governo capaz de atender a todas as demandas da população.
 Extraído do B. do Kotoscho

sábado, 6 de julho de 2013

Presidente do Supremo voa para jogo com recurso público


O Estado de São Paulo e portal R7
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, usou recursos da Corte para se deslocar ao Rio de Janeiro no final de semana de 2 de junho, quando assistiu ao jogo Brasil e Inglaterra no estádio do Maracanã. O STF diz que a viagem foi paga com a cota que os ministros têm direito, mas não divulgou o valor pago nem qualquer regulamento sobre o uso da cota.
O tribunal confirmou à reportagem que não havia na agenda do presidente nenhum compromisso oficial no Rio de Janeiro durante o final de semana do jogo no Maracanã. Barbosa tem residência na cidade e acompanhou o jogo ao lado do filho Felipe no camarote do casal de apresentadores da TV Globo Luciano Huck e Angélica.
Segundo a Corte, porém, apenas o ministro viajou de Brasília com as despesas pagas pelo STF. Os voos de ida e de volta foram feitos em aviões de carreira.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de maio deste ano mostrou que ministros têm usado recursos da Corte para viagens durante o recesso forense, quando estão de férias, e para levar as mulheres em diversos voos internacionais. O total gasto em passagens para ministros do STF e suas mulheres entre 2009 e 2012 foi de R$ 2,2 milhões.
Neste período, Barbosa utilizou recursos da Corte para passagens enquanto estava de licença médica e não participava dos trabalhos em Brasília. Os dados oficiais foram retirados do portal da transparência do Supremo após a reportagem por supostas “inconsistências”.
Veja matéria completa AQUI.
Leonardo Souza (Folha de São Paulo)

Sem recursos, campus da Uern pode ficar novamente na vontade



Mais uma vez, o projeto de implantar o campus da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) em Apodi ficou na vontade. O prefeito Flaviano Monteiro reuniu pelo menos 20 assessores para participar nesta quinta-feira, 4, de uma reunião com o reitor Milton Marques na Reitoria, em Mossoró, sobre o assunto, mas as notícias que levou foram pouco animadoras. Não por falta de vontade do magnífico, mas por ausência de interesse do sistema que reduziu a verba prevista em 20 vezes.

Para este ano, a Uern trabalhava com uma perspectiva de R$ 20 milhões, conquistada através de emenda coletiva, indicada pelo deputado Fábio Faria. Porém, quando atravessou a burocracia, passou pelo Ministério da Educa-ção e chegou à Casa Civil, o dinheiro foi reduzido para apenas R$ 1 milhão. Esse é o orçamento que a Universida-de dispõe para dar início ao projeto.

Diante da dificuldade, Milton Marques convocou o Conselho Universitário (CONSUNI) para o dia 23, já que são seus membros que decidirão sobre o início, ou não, do projeto em Apodi. O reitor disse também já ter conversado com o reitor eleito, Pedro Fernandes, para continuar a discussão, já que seu mandato se encerra no mês de setembro.

Desde o início de seu mandato, Milton Marques peleja para conseguir o campus de Apodi, mas nunca conseguiu avançar. Mesmo antes de ser prefeito, Flaviano também pelejava com esse luta, mas é outro que não consegue passar da vontade. Aliás, no quesito universidades, Apodi não dispõe de nenhuma força política capaz de emplacar um projeto desse porte. Fora o núcleo avançado da Uern, com dois cursos, e a iniciativa da deputada Fátima Bezerra de levar uma unidade do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRN), o resto na cidade é promessa.

Quando a Universidade Federal Rural do Semiárido (U-FERSA) iniciou o processo de expansão, Apodi foi uma das primeiras cidades a entrar na luta. Mas, primeiro perdeu a briga para Pau dos Ferros, depois para Angicos, Caraúbas e agora para Assú, que fica a 37km de Angicos e a 73km de Mossoró, onde está o campus central da Universidade Federal.

A alternativa é conquistar esse campus da Uern, mas com o tanto de contingenciamento do governo sobre os recursos da Universidade e a falta de força política, o projeto vai sendo novamente engavetado. O prefeito Flaviano Monteiro reclama que Apodi está sendo injustiçado e que não estão olhando para o município como ele merece, mas essa reclamação também é antiga.

Da Redação do Jornal de Fato: JOSÉ DE PAIVA REBOUÇAS